Teste: como está sua relação com a comida?

Você já parou para notar como está sua relação com a alimentação? Muitas vezes, não recorremos à comida apenas por fome, mas para silenciar o que está difícil de sentir, como uma emoção, culpa, rotinas e até expectativas sociais.

Em seguida, você vai encontrar um teste para avaliar como está sua relação com a comida. Mas muito além do resultado, a ideia é te ajudar a entender os significados que você atribui à comida e como eles podem impactar sua saúde e bem-estar.

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Teste: como está sua relação com a comida?

Responda as perguntas abaixo com sinceridade para descobrir qual é o seu estilo de alimentação e como você pode transformar sua relação com a comida. Não se julgue, apenas se permita refletir.

1. Como você percebe sua relação com a comida?

• ( ) Como se fosse uma tarefa a ser resolvida logo.
• ( ) Vejo a comida como uma recompensa por algo que fiz. “Eu mereço…”
• ( ) Sinto que a comida é uma forma de punição ou compensação por algo.
• ( ) Uso a comida como entretenimento quando não tenho nada para fazer.
• ( ) Procuro a comida como uma companhia em momentos de solidão.
• ( ) Associo a comida a momentos de lazer, como assistir a uma série.
• ( ) Busco algo reconfortante para aliviar o estresse ou a dor emocional.
• ( ) Percebo uma relação leve e saudável com a comida.

2. Como você se sente durante as refeições?

• ( ) Sinto-me apressado e como sem saborear.
• ( ) Como como forma de me recompensar ou me punir.
• ( ) Como sem prestar atenção no que estou comendo, apenas engolindo.
• ( ) Estou distraído, comendo enquanto faço outras atividades ou assistindo algo na TV, celular.
• ( ) Tento usar a comida para preencher uma sensação de vazio ou solidão.
• ( ) Vejo as refeições como momentos de prazer e relaxamento.
• ( ) Estou sempre tentando controlar a comida de maneira rígida, sem espaço para prazer.
• ( ) Sinto alegria e prazer em comer e me nutrir.

3. Quando está comendo, você presta atenção no que está sentindo?

• ( ) Não, geralmente estou mais focada(o) nas tarefas do que no momento de comer.
• ( ) Sim, mas com culpa ou medo de comer “errado”.
• ( ) Sim, percebo minhas necessidades e procuro escolher o que comer de forma tranquila.
• ( ) Não, como sem pensar no que realmente preciso ou no que estou sentindo.
• ( ) Não, como distraída(o) e às vezes nem percebo o que estou sentindo.
• ( ) Sim, mas procuro apenas aliviar a dor emocional com a comida.
• ( ) Eu tento controlar minha alimentação o tempo todo, sem espaço para flexibilidade.

Como pontuar:

• Cada resposta negativa (por exemplo, sentir-se apressado, comer por compulsão, buscar a comida para aliviar emoções, etc.) vale 1 ponto.
• Cada resposta positiva (como prestar atenção no que está comendo, tentar comer de forma equilibrada, etc.) vale 0 pontos.

Resultado

• Entre 0 e 2 pontos: Parabéns! Você já tem uma relação consciente e equilibrada com a comida. Assim, continue ouvindo seu corpo e mantendo esse cuidado nas suas refeições.
• Entre 3 e 5 pontos: Você está no caminho certo, mas pode melhorar a forma como se relaciona com a comida. Pode ser útil explorar mais sobre a alimentação consciente, bem como prestar atenção nos sinais do seu corpo, buscando um equilíbrio saudável.
• Entre 6 e 8 pontos: Sua relação com a comida pode estar sendo influenciada por emoções e pressões externas. Por isso, é importante refletir sobre como as escolhas alimentares estão conectadas ao seu estado emocional. Considerar acompanhamento profissional pode ser útil para entender e melhorar seus hábitos alimentares e como contribuir para uma relação mais harmônica.
• Acima de 8 pontos: Pode ser hora de buscar apoio especializado. Sua relação com a comida parece estar fortemente influenciada por padrões emocionais, que podem estar impactando seu bem-estar. Um profissional pode ajudar a lidar com esses hábitos de forma mais saudável e consciente, promovendo mudanças duradouras.

Vamos relfetir um pouco?

Reconhecer que usamos a comida como uma variedade de significados pode ser como acender uma lanterna em um cômodo escuro.

Muitos hábitos e condicionamentos nos acompanham há anos, e trazer luz para eles nos ajudam a encontrar outras formas de nos relacionarmos com a alimentação.

Nossa relação com a comida é um microcosmo exato da nossa relação com a própria vida. Acredito que nossos atos expressam as nossas convicções mais profundas; expressam tudo aquilo em que acreditamos a respeito de amor, medo, transformação, e Deus revela-se no como, no quando e no que comemos.” Geneen Roth

Nessa relação ainda temos outros ingredientes, por exemplo, a idealização de como deveríamos comer, o que pode ou não pode comer e as inúmeras regras que criamos e seguimos, sem nem saber se é o que verdadeiramente você quer.

Nesse caldo, junta-se a idealização do corpo que quer ter. Essa luta pelo controle da alimentação cria uma guerra interna que é difícil de se relacionar e sustentar.

Assim, essa guerra interna acaba sendo uma forma de abafar o que tem por trás dela.

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Talvez você se pergunte: “e o que faço com tudo isso?”

Primeiramente, não tem fórmula mágica e nenhuma receita que mude rapidamente, como as dietas prometem.

Te convido a explorar com curiosidade e gentileza a próxima vez que for comer.

• De onde percebo essa fome? É física? Emocional? Ou pensamentos?
• Como sinto meu corpo agora?
• O que realmente estou precisando?

Às vezes, vamos buscar na alimentação uma forma de lidar com o que sentimos, e saber disso é o primeiro passo. Não é comer da forma “certa”, mais uma regra a ser seguida, mas sim trazer mais presença e escuta para o momento de comer.

É possível desenvolver uma relação mais leve e harmônica com a comida. A mudança acontece em vários passos e de dentro para fora. Esse é um caminho a ser percorrido no seu ritmo, e você precisa querer seguir essa jornada.

Quando abrimos esse caminho de escutar as necessidades do corpo e reconhecer os sinais, mudamos a forma de perceber também as nossas emoções. Não existe diferença da dor física para a dor emocional.

Criar essa abertura de reconhecer e acolher a emoção pode ser uma transformação nessa relação.

A comida pode ser um gesto de amor

Te convido a fazer das suas refeições pequenos rituais:

• Escolher um local para comer e sentar-se para sua refeição.
• Checar sua barriga e seus sinais de fome: como estou me sentindo? Tenho fome agora?
• Apreciar a comida: sentir os aromas, observar as cores, texturas, formas dos alimentos.
• Saborear cada garfada.
• Mastigar devagar.
• Respirar entre uma garfada e outra.
• Estar presente! Desligue qualquer eletrônico que possa te distrair.

Não é para seguir mais uma regra, mas sim para abrir espaço para se relacionar com mais presença com a comida. Esse é o convite.

Não é sobre perfeição, se fiz certo ou errado. É sobre um compromisso com a sua escuta interna.

Talvez, com o tempo, a comida volte a ser o que sempre foi: uma forma de nutrir a vida. Um momento de cuidado e escuta.

É uma jornada de descobrir um relacionamento harmônico com a comida.

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