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Os tipos de Menopausa e dicas para amenizar os sintomas

Informações são importantes para mulheres de todas as idades, pois é uma consciência que devemos ter desde muito cedo

Atualizado em

Embora seja um evento biológico espontâneo e natural, existem diferentes tipos de menopausa e, embora o período seja muito conhecido pelos sintomas negativos, estes não devem ser prejudiciais.

A palavra menopausa significa “dar um tempo na menstruação” e de fato se refere ao último período menstrual, tempo em que a capacidade reprodutiva da mulher finda.

Neste artigo, você aprende quais são os tipos de Menopausa e quais são os sintomas que ocorrem no corpo em cada um, além de saber como pode amenizá-los.

As informações são válidas para mulheres de todas as idades, e não só para quem já alcançou a menopausa ou recebe os sinais do corpo. Isso porque é uma consciência que todas nós, mulheres, devemos ter desde muito cedo.

Deve ser uma filosofia de vida do modo como interpretamos nossa natureza.

Tipos de menopausa

Menopausa iatrogênica

Esse primeiro dos tipos de Menopausa se trata do cessar da menstruação devido à remoção cirúrgica dos ovários, quimioterapia ou radiação.

Menopausa precoce

Quando a menstruação cessa antes da idade comum, cuja referência é de 40 a 50 anos, essa manifestação pode acontecer por:

  • doença autoimune
  • alterações genéticas
  • medicação forte
  • exposição a radiações
  • cirurgias que interfiram de alguma forma na fisiologia da menstruação
  • forma idiopática, ou seja, sem causa definida

Nestes tipos de Menopausa precoce, é muito comum ter um fundo emocional, no qual o corpo reage de acordo com a mente, porque já se acha velha demais, madura demais.

Isso acontece, por exemplo, quando a mulher precisou abdicar de sua infância, de suas alegrias e prazeres para assumir responsabilidades logo cedo. Esta é a explicação metafísica da questão que observo na prática clínica:

  • a mulher que tem características muito mais yang, ou seja, quando tem qualidades muito ligadas à energia masculina, como ser autoritária, mandona, viciada em trabalho, “senhora-dá-conta-de-tudo”, racional, estrategista.

Nestes casos, o cérebro acaba por se comportar como um cérebro masculino, chegando até a produzir maior dosagem de hormônios masculinos.

Com isso, o corpo vai parando de ciclar corretamente, cessa a produção de hormônios femininos e desregula o funcionamento dos ovários, como se atrofiassem.

Ou seja, Menopausa precoce é um pedido do corpo para que a mulher seja mais meiga, para que sinta mais prazer na vida, leve a vida com mais leveza.
Aprenda a delegar, a colocar cada qual com uma função, mesmo que seja em casa.

Para que se sinta menos sobrecarregada, se permita ser frágil, chorar, pedir colo. Para que seja mulher.

Pré-menopausa

Quando se inicia uma elevação gradual dos níveis de hormônio folículo estimulante (FSH), aproximadamente aos 40 anos, é a fase pré-menopausa.

Neste momento, começa uma fase natural de diminuição da atividade ovular, com a consequente produção de estrogênio que é realizada neste órgão.

Alguns sintomas, muitas vezes, já aparecem, como: menstruação irregular; suores noturnos; ondas de calor que começam de repente e sem motivo. Irritabilidade, tristeza, ansiedade e flutuações de humor; insônia, ou sonos de menor qualidade.

Assim como diminuição da libido e da lubrificação; pele menos elástica e firme; cabelos menos sedosos; perda de força da musculatura em geral. Inclusive, do assoalho pélvico, podendo apresentar alguns graus de incontinência urinária; e diminuição da potência do orgasmo.

Mas, calma! Continue lendo o artigo que, mais para frente, vou trazer algumas dicas de como reverter todo esse quadro.

Perimenopausa

Há, ainda, entre os tipos de Menopausa, uma fase imediatamente anterior à menopausa. É o início das alterações biológicas, endocrinológicas e sintomas físicos, que já apontam as últimas menstruações, trazendo também as menstruações irregulares.

Climatério

Transição da fase reprodutiva para fase não reprodutiva, que seria a menopausa. Idade média de 51 anos, e no geral é um termo utilizado mais global que carrega todas essas fases citadas que antecedem a menopausa em si (a última menstruação).

No entanto, a menopausa só pode ser confirmada, após um ano, em média, sem menstruar. Mas nunca se saberá quando, de fato, foi a última menstruação, até que passe longo período sem menstruar. Isso porque énatural, na fase do climatério, ficar meses sem menstruar e, depois, menstruar de novo por meses.

Algumas mulheres relatam que isso acontece até mesmo depois de alguns anos, com uma ou outra menstruação que vem de surpresa.

Nas minhas vivências de reconsagração do ventre, já tive quatro casos de mulheres que já tinham alcançado a menopausa há anos e que menstruaram durante a reconsagração ou alguns dias depois, quando o processo de desbloqueio das memórias do útero ainda estava surtindo seus efeitos.

Sintomas da menopausa

Além dos tipos de menopausa, precisamos pensar nos sintomas dessa fase. Para isso, é importante entender que toda menopausa se baseia na diminuição do estrogênio.

Todos os hormônios que começam a trabalhar em prol da chegada da menopausa atuam em cima da falha de atividade do ovário e da diminuição da produção de estrogênio. Estas são atividades naturais do corpo, quando a mulher chega nesta fase.

Essa diminuição de estrogênio deve acontecer de forma gradativa, o que pode se estender por alguns anos, até que a menstruação, de fato, desapareça.

O problema é que a queda de estrogênio causa uma série de manifestações na vida da mulher.

Veja alguns exemplos:

  • alterações articulares – aumenta a possibilidade de manifestação de doenças reumáticas, ou quando já se tem, aumenta os sintomas
  • alterações cardiovasculares – o estrogênio diminui o colesterol total, trata-se então de uma proteção cardíaca, quando é diminuído no corpo pode causar mais possibilidade de infarto
  • alteração cerebral – aumenta a incidência de Alzheimer e AVE (acidente vascular encefálico). Não se sabe o motivo, mas a ala médica observou que aumenta relativamente a incidência, o que se torna relevante citar
  • alterações cutâneas – diminui a atividade dos fibroblastos, que são as células produtoras de colágeno, reduzindo, assim, a tonicidade da pele, a firmeza, aumentando rugas e flacidez
  • alterações genitourinárias – mucosa vaginal se torna mais fina pela falta de tonicidade da região e da diminuição de colágeno. A vagina perde a elasticidade, que é necessária para receber o pênis ou a introdução de brinquedos, o que pode tornar o ato sexual mais dolorido e até mesmo causar fissuras e sangramento
  • infecção e a incontinência urinária – outras manifestações comuns e que estão intimamente ligadas à diminuição da pressão uretral, a capacidade que o esfíncter uretral tem de se manter tenso para segurar a urina e de ser flexível e se abrir quando a bexiga contrai para eliminar a urina.

Outros sintomas

Na falta de força muscular decorrente da falta de tônus global pela deficiência de estrogênio, o esfíncter uretral também tem sua deficiência resultando em incontinência urinária.

No caso da infecção de urina, esse mau trabalho pode gerar urina que não é completamente eliminada, proliferando bactérias. Além disso, o útero mais baixo, já que o canal vaginal se encurta, também migra bactérias com maior facilidade

  • alterações metabólicas – diminuição gradual da taxa metabólica, o que leva ao aumento de peso a partir da perimenopausa.
  • alterações psicológicas – ocorre um distúrbio de humor e dificuldades cognitivas. Aumento dos sintomas depressivos, irritabilidade, choro com facilidade, maior ansiedade, humor depressivo, falta de motivação, energia e concentração.

Isso tudo acontece pois existe uma hipoatividade do hipotálamo e o hipocampo, responsáveis pelo sono e produção da serotonina e acetilcolina, que, por sua vez, são os neurotransmissores responsáveis pela normalização de humor, alegria e prazeres na vida.

  • alterações ósseas – diminuição da densidade óssea, causando osteoporose ou, pelo menos, maior probabilidade de fratura
  • alterações vasomotoras – calores, fogachos, suor noturno. Os dois primeiros anos da menopausa costumam ser mais intensos. O mecanismo fisiopatológico que explica isso é a alteração dos neurotransmissores cerebrais. Pela diminuição de estrogênio, aumentam a liberação de Gn-Rh (hormônios liberadores de gonadotrofina), que causam perturbação do equilíbrio térmico do corpo.

Como amenizar os sintomas da Menopausa

Pompoarismo

O pompoarismo induz a liberação de estrogênio de forma natural, postergando a menopausa ou estimulando um pouco mais da atividade ovariana.

Além disso, os exercícios vaginais melhoram toda questão genitourinária, aumentando a elasticidade e tonicidade da vagina, a lubrificação, o fortalecimento, a resistência da mucosa vaginal, a sensibilidade de prazer e o orgasmo pelo estímulo da região quando houver atividade sexual.

Também facilita toda saúde local para quando for realizar exames ginecológicos, evitando o desconforto, assim como é capaz de prevenir e tratar episódios de infecção e incontinência urinária

Praticar atividade física

Manter-se fisicamente ativa durante a menopausa traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental. Os exercícios regulares ajudam a fortalecer os ossos, prevenindo a osteoporose, e a melhorar a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças do coração.

Além disso, atividades físicas como caminhada, ioga e dança ajudam a controlar o peso, melhoram o humor, reduzem os sintomas de ansiedade e depressão, e aumentam a autoestima.

A prática regular de exercícios também pode aliviar sintomas como ondas de calor e distúrbios do sono, promovendo uma melhor qualidade de vida durante essa fase de transição.

Regularizar e padronizar hábitos de sono

As áreas do cérebro responsáveis pelo sono estão em hipoatividade, causando dificuldade para dormir, o que influencia consequentemente nos neurotransmissores de alegria e pode levar a maior nível de estresse, ansiedade e depressão.

Neste caso, a dica que trago é ter hora para dormir, escuridão absoluta, um chazinho quente, meditação ou música tranquila antes de se preparar para o sono, baixando as ondas cerebrais.

Tome cuidado com o que faz antes de dormir, evite ver tv, mexer no celular, passeios muito agitados ou atividades cansativas e estressantes

Alimentação

Segundo a nutricionista Amanda Regina, o cálcio é muito importante, diminuindo o risco de osteopenia e osteoporose no futuro.

Fontes de cálcio incluem leite desnatado e semidesnatado, iogurtes, queijos brancos (ricota, cottage, queijo branco), peixes, acelga, brócolis, couve e nabo. Esses ingredientes também podem ser consumidos em sucos, como uma mistura de couve, pepino e suco de laranja ou maçã.

Além disso, anote a dica de ouro: ingerir três colheres de soja no cardápio para diminuir os calores.

Terapias

Trabalhos terapêuticos de aceitação desta fase da vida, e novo viés sobre essa fase , como a Aromaterapia. Os óleos essenciais abaixo podem ser utilizados em colares de aromaterapia ou difusores aromáticos.

Outra receita indicada pela especialista Solange Lima é misturar, para cada 30 ml de óleo vegetal de uma marca confiável e segura 6 gotas de óleo essencial, e passar no baixo ventre.

Ou ainda usar 2 gotas do óleo essencial escolhido, diluídas em água, e colocar em difusores no ambiente ou spray.

  • Óleo essencial de sálvia esclareia – é um tônico uterino, estimula a produção hormonal, e também considerado o óleo da feminilidade para a mulher madura.
  • Óleo essencial de funcho doce – ideal para ser usado na menopausa, pois estimula a produção de estrogênio no corpo.

Outra dica natural é utilizar óleo de coco na vagina para diminuir o ressecamento, aumentar resistência tecidual desse local, pode inclusive ser usado junto da prática do pompoarismo.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Especialista em Sexualidade e Ginecologia Natural. Pioneira no estudo de Ginástica Íntima e Reconsagração do Ventre no Brasil, contribuiu para a formação de diversas terapeutas e desenvolveu um trabalho personalizado que traz benefícios para a saúde da mulher, do físico ao emocional.

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