Pesquisar
Loading...

BBB, Yasmin Brunet e compulsão alimentar: os gatilhos e como lidar com o transtorno

Estar em confinamento pode gerar gatilhos para compulsão alimentar, mas não precisamos estar dentro do BBB para passar por isso

Atualizado em

O tema em alta no BBB é a compulsão alimentar de Yasmin Brunet, e precisamos falar sobre isso. De fato, estar em confinamento pode gerar gatilhos de ansiedade, comer emocional e compulsão alimentar, sim. Mas não precisamos estar dentro do BBB para passar por isso. 

Os gatilhos e as influências negativas estão por todos os lados. Infelizmente, ainda precisamos “ensinar” as pessoas a não comentarem sobre a alimentação do outro, ou fazer comentários sobre o corpo ou peso do outro.

Por isso, vamos aproveitar a audiência do BBB e a polêmica para falar sobre assunto tão sério. Neste artigo, você aprende melhor o que mais sobre o que é compulsão alimentar, quais são os gatilhos e como lidar com a suas escolhas alimentares sejam prejudiciais para sua saúde ou causem culpa.

Quando a compulsão alimentar pode surgir

O alimento pode ser uma fuga emocional quando estamos sentindo algo que não sabemos lidar. Podemos ter compulsão alimentar atrelado ao comer emocional, mas ter um comer emocional disfuncional nem sempre está atrelado à compulsão alimentar. Por isso, é importante entendermos o conceito desses dois casos relacionados à alimentação.

Compulsão alimentar é quando ocorre a perda de controle sobre a quantidade de alimento que o indivíduo come em um curto espaço de tempo, de forma exagerada, com episódios semanais e/ou recorrentes. 

É necessário entender os gatilhos que levam a pessoa a comer, normalmente atrelada a um comer emocional (ansiedade, raiva, tristeza, solidão, angústia, etc.), mas também pode ser resultado de dietas e grandes restrições, gerando pensamentos de escassez como:

  • “Já que exagerei uma vez, vou comer mesmo das outras e depois começo uma dieta certinho”.
  • “A compulsão alimentar sempre me acompanhou, então vou exagerar mesmo e depois eu busco outras alternativas como remédios ou métodos compensatórios para emagrecer”.
  • “Estou sem remédio, então não há nada que posso fazer a não ser comer tudo mesmo”

Pensamentos assim, quando não ressignificados, podem gerar mais transtorno alimentar.

Como lidar com a compulsão alimentar

O jeito mais simples de lidar com a compulsão alimentar é fazer uma lista de prazeres e deixar próximo para recorrer assim que o episódio der sinais. 

Exemplos: ler um livro, ouvir música, respirar profundamente, fazer uma aula de yoga ou qualquer exercício que traga bem-estar. 

Práticas assim nos trazem presença e nos permitem sair do automático e caso escolha comer, que seja um consumo consciente com menos chance de gerar sentimento de culpa após. Veja aqui 5 passos para entender a culpa ao comer.

Nesse sentido, quanto mais abrirmos o leque de prazeres em nossa vida, menor a chance de pensarmos só em comida para lidar com nossas emoções. 

Além disso, é necessário cuidarmos das nossas crenças e nossos pensamentos para conseguirmos de fato transformar a nossa relação com a comida, tornando-a mais leve.

Outras ferramentas:

No vídeo abaixo, Yasmin Brunet fala sobre sua compulsão alimentar:

Como lidar com comentários alheios?

É muito difícil mudarmos o outro com relação a esses comentários desnecessários sobre o corpo e a alimentação, principalmente de mulheres, que acabam sofrendo mais por pressão estética do que os homens com falas machistas.

Como novamente o caso de Yasmin Brunet no BBB:

No entanto, podemos mudar a nós mesmas, impondo limites aos outros e aprendendo a reagir a estes comentários sem que nos afetem emocionalmente. 

Busque ajuda especializada para cuidar do bem mais precioso que é você! Se precisar, estou aqui.

Priscila Monomi

Priscila Monomi

Nutricionista e Terapeuta de Thetahealing, desenvolve um trabalho de conscientização dos motivos que levam a pessoa a comer, identificando crenças alimentares e de vida. Em seus atendimentos online, une conhecimentos da nutrição consciente e intuitiva e técnicas terapêuticas.

Saiba mais sobre mim