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Aromaterapia: o que é e como usar difusor, colar e óleos essenciais

Método terapêutico usa aroma de óleos essenciais para trazer bem-estar físico e emocional

Atualizado em

A Aromaterapia é uma terapia holística que proporciona sensação de bem-estar, tanto físico quanto emocional, com a utilização de óleos essenciais. Pode ser utilizada todas as vezes que a pessoa sentir necessidade de buscar algum tipo de efeito terapêutico para sua vida.

O ideal é lançar mão dos óleos essenciais que têm mais a ver com seu momento ou ambiente no qual se encontra. Cada um oferece uma propriedade diferente e faz sentir várias sensações.

A seguir, veremos o que é Aromaterapia, como usar difusor, colar e os óleos essenciais no dia a dia. Se você se interessa pelo tema, veja informações sobre curso de Aromaterapia.

Aromaterapia: o que é

Mas afinal o que é Aromaterapia? É uma terapia holística que usa as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais para problemas físicos, como doenças, ou psicológicos e emocionais, como ansiedade, insônia e depressão.

A Aromaterapia mostra que há ligações entre o olfato e os sentimentos. Ao inalar os aromas, os canais olfativos mandam a mensagem diretamente para o sistema límbico, a parte do sistema nervoso que é responsável pelas emoções.

Depois disso, o cérebro reage às propriedades aromáticas, modificando o humor ou o estado de espírito de alguém. Sendo assim, é possível que uma pessoa triste ou desanimada fique um pouco mais alegre ou que alguém agressivo sinta-se calmo e relaxado ao sentir o cheiro de óleos específicos para esse estado mental.

É possível que uma pessoa triste ou desanimada fique um pouco mais alegre ou que alguém agressivo sinta-se calmo e relaxado ao sentir o cheiro de óleos específicos para esse estado mental.

No entanto, é importante não confundir óleos essenciais com essências – que não possuem qualquer tipo de efeito. Os óleos essenciais são feitos a partir de plantas medicinais e possuem efeitos terapêuticos, já estudados e comprovados pela ciência.

Curso de Aromaterapia

curso de aromaterapiaA Aromaterapia é uma profissão livre no Brasil, ou seja, ela não é reconhecida como uma ocupação pelo Ministério do Trabalho, nem é regulamentada através de lei pelo Congresso Nacional.

Não vou entrar nesse longo debate aqui, mas se você se interessa pelo tema, tem basicamente dois caminhos: se informar sobre o assunto, o que pode ser via artigos (como aqui no Personare) ou livro de Aromaterapia, por exemplo, o que não dispensa a consulta a um aromaterapeuta, ou pode você mesmo fazer curso de Aromaterapia.

Eu sou super a favor da formação e da formalização da atividade, mas esta é uma decisão que cabe a cada pessoa. Caso você queira fazer um curso de Aromaterapia, pode fazer um básico, que pode durar em torno de 16 horas e te dá noções gerais sobre como utilizar os óleos essenciais, seja para uso próprio ou com a família.

Ou então pode fazer um curso de Aromaterapia mais profissional, para atuar como aromaterapeuta formal. Eu gosto de indicar três fontes de conhecimento de Aromaterapia e cursos. Atualmente, todas as formações são on-line.

Livro de Aromaterapia

Se você quiser dar os primeiros passos neste ramo, indico alguns livros de Aromaterapia:

  • Guia Completo de Aromaterapia e Cura Vibracional: 60 óleos essenciais e seus elementos vibracionais – Margaret Ann Lembo  – Editora Pensamento
  • Técnicas de aplicação de óleos essenciais: Terapias de saúde e beleza – Fernando Amaral – editora
  • A bíblia dos óleos essenciais – Danièle Festy – Editora Laszlo (aliás, a Editora Laszlo tem vários títulos de livros para quem quer aprender mais sobre o assunto)

Como praticar Aromaterapia

Geralmente, os óleos essenciais são muito concentrados e não devem ser utilizados em contato direto com a pele. Para praticar a Aromaterapia, há diversos tipos de acessórios. Em casa ou no trabalho, por exemplo, opte por um difusor de Aromaterapia ou um aromatizador, que pode ser elétricos ou à base de velas, e têm efeito prolongado.

Se não for ficar num mesmo lugar e quiser carregar consigo os benefícios dos óleos essenciais o dia inteiro ou por mais dias seguidos, no caso de tratamento, pode usar o colar de Aromaterapia, também chamados de difusor pessoal de Aromaterapia.

A seguir, saiba um pouco mais sobre esses dois tipos de acessórios, que são os mais comuns. Ou, caso prefira, saiba como fazer um aromatizador caseiro.

Difusor de Aromaterapia

  • difusor aromaterapiaO umidificador e difusor de aromas possui tecnologia de difusão a frio, que não altera a fórmula do óleo essencial, preservando as propriedades terapêuticas dos óleos.
  • A névoa produzida pelo difusor de Aromaterapia é composta por partículas de água e óleo essencial que também ajudam a umidificar o ambiente.
  • Essa difusão ultrassônica adiciona íons negativos ao ar, que ajudam a eliminar bactérias, vírus, poluentes e microrganismos que você normalmente respira, aumentando a qualidade do ar.
  • Os íons gerados pelo difusor ultrassônico de Aromaterapia ainda aumentam o fluxo de oxigênio no ambiente, melhorando o bem-estar em geral.
  • Alguns modelos também possuem iluminação LED, com sete cores, trazendo o benefício também da Cromoterapia.

Colar de Aromaterapia

  • colar aromaterapiaExistem vários tipos de difusor pessoal de Aromaterapia, chamados de colar aromático,  difusor pessoal ou colar para Aromaterapia, que variam de materiais como porcelana, crochê, madeira, cerâmica, cristais, prata, ouro e ródio negro, dentre outros.
  • Os modelos mais baratos e simples geralmente têm uma durabilidade menor.
  • Os colares são a forma mais fácil de utilizar os óleos no cotidiano. Alguns modelos já têm o material (uma esponjinha ou feltro de algodão, por exemplo) para ser inserido no colar, como os de prata e ouro (foto ao lado).
  • Nesse caso, é só pingar de 1 a 2 gotinhas do óleo essencial no material, encaixar na peça e colocar no pescoço, para se beneficiar das propriedades terapêuticas ao longo do dia.

Observação importante: não ultrapasse a quantidade de gotas e use o colar no máximo 2 horas por dia. Para mais informações, consulte sempre um aromaterapeuta.

Aromatizador caseiro

  • Caso prefira, também é possível fazer um aromatizador caseiro.
  • Coloque as pétalas de uma rosa branca em 60ml de álcool de cereais e deixe descansar por 24 horas até 1 semana, quanto mais tempo, mais forte o aroma fica.
  • Depois disso, basta coar as pétalas e acrescentar 3 gotas do óleo essencial escolhido.

Benefícios da Aromaterapia

Óleos essenciais e Aromaterapia podem ser utilizados todas as vezes que a pessoa sentir necessidade de buscar algum tipo de efeito terapêutico para sua vida.

Atualmente, uma das principais buscas é a Aromaterapia para ansiedade. A fama não é à toa. Alguns óleos essenciais, como a lavanda, realmente têm o poder de acalmar e relaxar, reduzindo os sintomas.

A seguir veja outros benefícios e para que serve a Aromaterapia:

  • Ajuda a aliviar situações de estresse
  • Combate a irritação e a agressividade
  • Gera efeitos calmantes
  • Ajuda a elevar a autoestima e amor próprio
  • Pode melhorar uma relação afetiva, familiar e profissional
  • Traz equilíbrio emocional e sensação de bem-estar
  • Ajuda nos estados de ansiedade e depressão
  • Alivia sintomas de doenças
  • Ameniza dores crônicas
  • Melhora na qualidade do sono, trazendo calma e tranquilidade
  • Ajuda no sistema imunológico

Óleos essenciais para Aromaterapia

Falmos em Aromaterapia e lavanda, que é um dos óleos essenciais “coringas” e muito utilizados para este fim. Mas existem mais de 300 óleos essenciais diferentes. Cada um tem suas propriedades e benefícios.

Como é um tratamento individual e personalizado, não dá para classificar quais são os melhores óleos essenciais para Aromaterapia, sendo que os componentes químicos podem se repetir em maior ou menor quantidade em determinado óleo, e os óleos podem ter contraindicações (veja mais adiante no artigo).

Além disso, se você tiver um “kit  de Aromaterapia” em casa, pode usar mais de um óleo essencial e fazer uma sinergia ou blend, potencializando os efeitos que deseja, mas lembre-se que só o aromaterapeuta pode te ajudar e indicar a melhor sinergia ou blend para seu momento e evita que você use óleos estimulantes como óleos calmantes por exemplo.

A seguir, veja algumas recomendações de óleos para Aromaterapia em situações específicas:

  1. Aromaterapia para ansiedade: lavanda e tangerina

  2. Óleos essenciais antivirais: tea tree (melaleuca), porque possui excelentes propriedades antivirais e germicidas são úteis no tratamento de infecções repetitivas e da fraqueza decorrente de viroses e ajuda no sistema imunológico.

  3. Óleos essenciais anti-inflamatórios: copaíba têm efeitos anti-inflamatórios, sendo indicados no tratamento de artrites, artroses, dores musculares e dermatites, entre outros benefícios.

  4. Óleos essenciais para o cabelo: cedro, pois ajuda a regular o couro cabeludo quando este é muito seco ou muito oleoso equilibrando seu pH.

  5. Óleos essenciais para vias respiratóriaseucalipto, hortelã-pimenta, tea tree (melaleuca) e cipreste são indicados tanto para prevenção quanto tratamento, para amenizar doenças respiratórias, aliviando sintomas de rinites, sinusites, bronquite, asmas e resfriados. Alguns óleos como eucalipto tem contraindicações, consulte um aromaterapeuta.

  6. Óleos essenciais para celulite e gordura localizada: grapefruit é excelente para amenizar as gorduras localizadas e a celulite, pois age no sistema linfático, eliminando as toxinas do corpo, e funcho doce ou erva-doce ajuda na má circulação, combatendo a celulite. Lembrando que o grapefruit é fotossensível (não se deve expor ao sol), e o funcho (chamado também de erva-doce) tem contraindicações por ser um fito hormônio.

  7. Óleos essenciais para equilibrar os chakras: lavanda tem o poder de equilibrar todos os chakras, sem contar que é excelente antidepressivo, tem o poder de relaxar, acalmar e diminuir a ansiedade.

Contraindicações

Os óleos essenciais, além de se serem altamente concentrados, podem causar manchas se usados sobre a pele e expostos ao sol. Por isso, é preciso ter o cuidado de usá-los apenas diluídos em óleos vegetais, bases neutras de creme hidratante ou álcool de cereais.

No caso de gestantes, aconselha-se evitar o uso dos óleos essenciais até o quinto mês de gravidez (óleos vegetais, como de amêndoas e semente de uva, podem ser usados).

Já para as crianças, o óleo essencial é permitido, mas em dosagens mínimas – 1 ou 2 gotas no aromatizador de ambiente. O contato do produto com a pele dos pequenos deve ser evitado.

Um óleo específico que possui contraindicação é o de ylang ylang. Essa florzinha oriental possui um óleo com aroma forte e exótico, que deve ser evitado por quem tem pressão baixa. Alguns óleos como o alecrim não podem ser usados em caso de hipertensão e epilepsia.

Portanto, o ideal é que haja a orientação de um aromaterapeuta na utilização desses produtos.

Óleos carreadores

Outra opção de uso dos óleos essenciais é a sua mistura com os chamados “carreadores”. Os óleos essenciais não podem ser aplicados diretamente na pele, pois causam reações alérgicas ou queimaduras.

Por esse motivo, é necessário utilizar essas substâncias, que diminuem sua concentração – função assumida pelos óleos vegetais, como o de copaíba, amêndoas doces ou semente de uva.

Óleos vegetais prensados

  • Os óleos vegetais prensados a frio são os mais indicados, por serem ricos em ácidos graxos insaturados e isentos de conservantes ou emulsificadores – informações que geralmente vêm no rótulo dos produtos.
  • Esses óleos possuem propriedades que favorecem a absorção dos componentes químicos dos óleos essenciais, quando aplicados na pele.

Óleos minerais

  • Os óleos minerais são largamente utilizados em produtos cosméticos, pelo seu baixo custo.
  • No entanto, esse produto obstrui as glândulas de excreção da pele e, quando usado em conjunto com os óleos essenciais, também interrompe todo o seu efeito terapêutico.

Origem da Aromaterapia

Ao que tudo indica, o Egito foi o berço da aromaterapia, Cleópatra ficou conhecida como a 1a. aromaterapeuta, pelas suas habilidades com as ervas aromáticas, o conceito Aromaterapia foi utilizado pela primeira vez na França.

A arte não era usada apenas para perfumar, mas também nas cerimônias de adoração divina,  e em alguns processos terapêuticos. Além disso, os egípcios utilizavam gomas e óleos para embalsamar os mortos.

No entanto, somente durante os séculos XVI e XVII os óleos essenciais começaram a circular no comércio e a Aromaterapia ganhou mais visibilidade no mundo.

O nome do método, aliás, foi criado em 1928 pelo químico francês Maurice René de Gattefossé. Ao queimar seu braço e mergulhá-lo acidentalmente em óleo de lavanda, o especialista percebeu que a dor melhorou e em poucos dias o local queimado estava curado.

Desde então, Gattefossé se dedicou ao estudo das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais.

Durante a 2ª Guerra Mundial, diante da escassez de antibióticos para tratar os feridos, alguns médicos fizeram tentativas com essências e o uso da técnica se mostrou eficaz para atenuar os processos de infecção.

Curiosidades

Cleópatra e os óleos essenciais

Até Cleópatra, a rainha do Egito, já conhecia os benefícios que a Aromaterapia podia trazer. Dizem que ela usava o poder dos aromas para seduzir seu amado Marco Antônio, impregnando as velas que serviam para iluminar suas embarcações com óleo de jasmim.

Dessa forma, seu cheiro era levado pelo vento e sentido antes mesmo de sua chegada. A ideia era criar uma atmosfera de sedução para seu amante, que a esperava ansiosamente.

Ainda sobre Cleópatra, nas noites em que fazia amor com Marco Antônio, a rainha pedia para suas criadas mergulharem aves em recipientes contendo óleo de rosa. Quando os pássaros voavam, impregnavam o ambiente com o perfume das flores.

Não é à toa que o amor dos dois marcou época e permanece até hoje no imaginário de muita gente.

Solange Lima

Solange Lima

Terapeuta integrativa e numeróloga. Utiliza técnicas como Florais, Aromaterapia, Cromoterapia e Reiki. Realiza atendimentos online.

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