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Usufrua melhor seu tempo para ser feliz

Conheça 4 arquétipos que explicam como lidamos com escolhas

Atualizado em

O tempo de hoje parece ser diferente de outrora. Parece que temos cada vez menos tempo para exercer nossas tarefas habituais. Com isso, nos tornamos mais ansiosos, estressados e desmotivados para apreciar os momentos simples da vida. Por mais que tentemos nos organizar, parece que nunca é suficiente. Assim, ter tempo para nós mesmos passou a ser artigo de luxo.

Quando pergunto a alguns clientes no consultório quanto tempo tiram para si durante o dia, as pessoas se assustam com a pergunta e ainda mais por perceberem que geralmente não há tempo nenhum destinado para elas mesmas. Mas por que será que isto acontece conosco?

O psicólogo americano Tal Ben-Shahar desenvolveu um modelo de quatro quadrantes, no qual ele aborda quatro arquétipos que nos fazem refletir sobre nossas escolhas atuais e como lidamos com o tempo. A partir das descrições, é provável que nos identifiquemos com um ou mais arquétipos, já que podemos variar ao longo da nossa vida. Veja abaixo quais são.

Rato de laboratório

Esta pessoa será uma competidora desenfreada. É aquela que sacrifica seu presente em prol de seu futuro. O lema é: “sem sacrifícios não há ganhos!”. Possui a falsa crença de que o cumprimento de uma meta pode sustentar a felicidade, de que este sentimento estará apenas no final da jornada. A sociedade premia os resultados, e não os processos; as chegadas, e não as jornadas. Assim, a pessoa confunde momentos de alívio por cumprir uma meta, mas logo está atrás de cumprir as outras. Nunca desfruta, apenas trabalha para ter um futuro melhor. O problema é que este futuro nunca chega!

Hedonista

Neste arquétipo a pessoa busca o prazer e evita o sofrimento. Ela quer apenas satisfazer seus desejos sem pensar nas consequências futuras. Quer ter gratificação imediata. Ela acredita que esforço é sofrimento e fazer nada é prazer. O rato de laboratório pode tornar-se hedonista. Ele pode ter tentando alcançar a felicidade que nunca chegava até decidir viver apenas no presente e se render aos excessos.

Niilista

Esta pessoa não tem entusiasmo pela vida, não desfruta o presente, nem tem objetivos futuros. Ela simplesmente não acredita que pode ser feliz. Geralmente está presa aos fracassos do passado. Alguém que já passou pelo arquétipo de rato de laboratório e em dado momento se tornou hedonista, pode chegar a este quadrante com o pensamento que já tentou de tudo e nada funcionou, e apenas lhe resta se resignar e viver infeliz.

O arquétipo da felicidade

Consegue aproveitar os benefícios do presente e do futuro. Possui metas claras e bem definidas, age para atingi-las e consegue usufruir da caminhada, do passo a passo. No entanto, nem tudo que fazemos nos trará benefício no presente e no futuro e pode ser que eventualmente tenhamos que abrir mão do aqui e agora. O segredo é o discernimento. É preciso ter em mente que se engajar em tarefas que nos trarão benefícios no futuro também pode ser vivido com prazer no presente. O mais importante é aprendermos a apreciar a jornada, mas sabendo exatamente aonde queremos chegar.

A partir destas descrições, podemos perceber como o mundo caminha. Somos treinados para ser ratos de laboratório, sempre perseguindo metas para ter uma recompensa futura. Os mais rebeldes optam por serem hedonistas e podem gerar danos maiores às suas vidas, ou ainda tornarem-se niilistas e viverem vidas vazias de sentido.

Por isso é preciso que tenhamos consciência de cada um destes arquétipos, além de identificá-los em nossas vidas. Então, você consegue se posicionar em algum dos quadrantes? Que tal refletir sobre cada um deles e se em algum momento de sua vida transitou entre eles? Escreva sobre algum período ou experiência que foi rato de laboratório, hedonista ou niilista. Pense em seus sentimentos na época e escreva sobre como se sente agora a partir destas reflexões. Que tal tentarmos permanecer no quadrante da felicidade por mais tempo? Pense em qual momento você pode experienciar algo que lhe trouxe benefícios presentes e futuros, seja trabalhando com o que gosta, nos relacionamentos ou nos estudos. Precisamos usar o tempo a nosso favor e sermos felizes! Que tal começar agora mesmo?

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Maria Cristina

Maria Cristina

É psicóloga sistêmica. Atua com traumas pela abordagem Somatic Experience® além de abordar outras questões de relações interpessoais, autoestima e postura diante da vida. Atende online e presencialmente na cidade de Belo Horizonte.

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