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Se até o casamento da Sandy terminou, por que acreditar no amor?

Te dou 3 razões por que NÃO estamos acreditando no amor e o que o divórcio de Sandy e Lucas tem a nos ensinar

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Com tanta (ou até mais) comoção que Fátima Bernardes e William Bonner, o fim do casamento de Sandy e Lucas provocou um alvoroço enorme. Muita gente se perguntando (e espalhando pelas redes sociais) coisas como: “Se até o casamento da Sandy terminou, por que acreditar no amor?”.

As pessoas ficaram estarrecidas por um relacionamento de 24 anos ter chegado ao fim. E eu fiquei estarrecida pelo que essa comoção nacional está nos mostrando. 

Vamos tentar entender melhor isso e visitar essas camadas comigo? 

Por que NÃO estamos acreditando no amor?

Consigo pensar em pelo menos três motivos de por que as pessoas, a partir do fim do casamento da Sandy, estão se questionando sobre a existência do amor. Vem comigo.

1. Medo de arriscar

  • As pessoas estão com um excesso de referencial externo muito nocivo.

“Se nem no casamento da Sandy eu posso confiar, vou confiar em quem?”, postou um jovem tuiteiro.

Hmmm que tal… Em você, meu caro? Nos seus sentimentos, na sua própria experiência de vida?

Esse tipo de pergunta indica que estamos querendo que alguém valide o amor por nós, se arrisque por nós e depois nos dê a “cola” da vida, de por onde seguir, qual caminho escolher. 

Mas esse excesso de referencial externo, em que eu sempre preciso que alguém me diga no que acreditar, acaba com a nossa autoestima e autoconfiança (entenda melhor aqui).

Ao mesmo tempo, parece que as pessoas estão procurando ativamente uma autorização para não acreditar mais no amor, um motivo para desistir, para não precisar se responsabilizar. 

Assim, elas não precisam mais arriscar, se abrir para o desconhecido, ficar vulneráveis, e tudo que uma relação amorosa pede. 

Decidir que o amor não existe mais dá, para essas pessoas, o aval de não precisar se dar ao trabalho de amar, de tentar, de experimentar. Nesse sentido, como diria a própria Alice (do País das Maravilhas):

“Será que o prazer de fazer uma guirlanda de margaridas vale o trabalho de se levantar para colhê-las?” 

Ou, então, adaptando para o nosso contexto atual: “Será que o prazer de viver um amor vale o trabalho de me abrir pra ele e me arriscar a sofrer?”.

2. Comparação

  • As pessoas acreditam que sabem sobre as vidas umas das outras pela internet.

Um outro ponto que está sendo escancarado é o tanto que as pessoas acreditam que sabem sobre as vidas dos outros pelo que é mostrado na internet, nos shows, na televisão. 

“Ah, mas há 15 dias eles fizeram um post de comemoração de aniversário de casamento, se declarando, o que pode ter acontecido de tão grave?”, eu li por aí.

Acontece que muita coisa (muita meeeesmo!) da vida de todo mundo não chega no palco, ficando somente nos bastidores. E não ocorre somente com pessoas famosas como a Sandy.

Isso nos alerta para o quanto é nocivo se comparar tanto com a vida online dos outros. As pessoas só mostram o que querem mostrar. Por isso, se comparar a um recorte de vida é muito cruel conosco.

3. Fuga

  • Cuidar da vida dos outros é mais fácil do que olhar para nossas dores.

Por fim, o divórcio da Sandy nos mostra mais uma vez o quanto é mais fácil usar tempo e energia olhando para o outro do que cuidando das nossas próprias feridas. 

Esse evento nacional engatilhou emoções desagradáveis em muitas pessoas e mostrou que elas precisam liberar essas emoções (entenda o que é e como aqui).

Mas, ao contrário, elas preferem discutir os prováveis motivos do término do casamento de uma famosa do que olhar para seus próprios relacionamentos. 

Isso acontece por ser muito mais fácil opinar em situações onde as nossas próprias emoções não estão envolvidas.

Observe aí: sempre que uma pessoa cuida demais da vida dos outros, é porque existe algo muito dolorido na vida dela que ela está evitando olhar. Terapia, gente! E o Personare tá cheio de gente boa para cuidar de você.

Qual é o antídoto para voltar a crer no amor?

Como sempre, o antídoto está dentro de nós. Aprender a liberar esses gatilhos de emoções estagnadas e cristalizadas que essas notícias trazem. Nos permitir VIVER e ter a nossa própria experiência de vida. Abrir a mente e o coração para experimentar de novo.

A vida é um experimento que só termina na nossa partida (ou não, né?) e o amor, assim como as margaridas, sempre vale a pena o trabalho de se levantar para ir colhê-lo.

Gabi Squizato

Gabi Squizato

Terapeuta, mentora, professora de desenvolvimento pessoal e treinadora em inteligência emocional. Entrega recursos para quem quer viver o melhor da vida hoje mesmo.

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