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7 mitos sobre orgasmo feminino e a verdade por trás deles

Entenda alguns conceitos equivocados e tenha uma compreensão mais completa e saudável da sexualidade das mulheres

Atualizado em

O orgasmo feminino é um tópico que, além de polêmico e cheio de tabus, está envolto em equívocos — justamente porque não falamos sobre isso. Neste artigo, vamos explorar 7 mitos sobre orgasmo feminino e a verdade por trás deles.

O objetivo é esclarecer conceitos equivocados e promover uma compreensão mais completa e saudável da sexualidade das mulheres. Afinal, o orgasmo, seja só, com a masturbação, ou com companhia, é sinônimo de prazer, bem-estar e saúde.

Você pode conhecer mais sobre sua sexualidade com o Mapa Sexual (faça aqui), que mostra todas as suas possibilidades na cama, com potenciais que você talvez nem imagina que possui, mas que nasceram com você.

7 mitos sobre orgasmo feminino

Mito 1: Todas as mulheres atingem o orgasmo da mesma maneira.

Verdade: O orgasmo feminino é altamente individual e varia de mulher para mulher. Algumas podem atingir o orgasmo através da estimulação do clitóris, enquanto outras podem precisar da estimulação do ponto G. Há quem combine diferentes tipos de estímulos e experimente orgasmos múltiplos. 

A chave é a comunicação e a exploração mútua com o parceiro para descobrir o que funciona melhor para cada mulher, assim como buscar mais autoconhecimento para explorar diferentes estímulos, posições, fantasias e consequentemente usufruir da infinidade de sensações inusitadas que cada orgasmo pode trazer.

Mito 2: O orgasmo vaginal é superior ao orgasmo clitoriano.

Verdade: Não existe uma hierarquia de orgasmos, e nenhum tipo é superior ao outro. O que é mais importante é o que proporciona prazer e satisfação para a mulher em questão. Novamente, a comunicação aberta e o autoconhecimento são essenciais.

Mas vale reforçar que o orgasmo por estímulo unicamente clitoriano tende a ser mais agudo e rápido, enquanto um orgasmo vaginal ou misto tende a ser mais prolongado e generalizado no corpo todo. 

Além disso, existem hábitos enraizados pelo padrão patriarcal, com foco central na genital para alcançar o prazer e a busca frenética pelo orgasmo.

Na verdade, o orgasmo das mulheres deve envolver provocação mental, visual, verbal e corporal de corpo inteiro para a genital estar pronta (lubrificada, aberta, nervosamente aflorada) para sentir mais prazer.

Mito 3: As mulheres devem atingir o orgasmo em todas as relações sexuais.

Verdade: Nem todas as relações sexuais resultam em orgasmo, e isso é perfeitamente normal. A pressão para atingir o orgasmo pode levar à ansiedade e, paradoxalmente, dificultar o orgasmo. 

O foco deve estar no prazer, na intimidade e na conexão com a pessoa parceira ao invés de na busca obstinada pelo orgasmo.

Claro que existe necessidade por uma conclusão de êxtase, mas, algumas vezes, o prazer ao longo da troca íntima é tão satisfatório e intenso, que o orgasmo da pessoa parceira pode preencher e satisfazer a mulher.

Mito 4: As mulheres não podem ter orgasmos múltiplos.

Verdade: As mulheres são capazes de ter orgasmos múltiplos sim. Ao contrário dos homens, que geralmente passam por um período refratário após o orgasmo, no qual não podem atingir outro orgasmo imediatamente, muitas mulheres podem continuar a ter orgasmos em rápida sucessão. Isso é conhecido como orgasmo múltiplo. 

A capacidade de atingir orgasmos múltiplos varia de mulher para mulher, pois nem todas as mulheres experimentam isso. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico (com Pompoarismo) e o consequente aumento da sensibilidade podem ampliar a capacidade de orgasmos múltiplos.

Mito 5: Orgasmo sem penetração não conta.

Verdade: Sexo é sobre intimidade, conexão e prazer. O sexo é uma experiência ampla que envolve muito mais do que apenas o orgasmo. 

Inclusive, existem momentos, como durante tratamento ginecológico, escolha pessoal, vaginismo (dor na penetração) ou outros momentos, em que se opta por ter uma troca íntima com outros estímulos, sem necessariamente haver penetração. 

Também práticas terapêuticas e filosóficas de alquimia sexual ou tantra que estimulam diferentes trocas sexuais. Ou seja, não devemos nos limitar em relação a hábitos e padrões, sob o risco de limitarmos o próprio prazer.

Mito 6: Orgasmo é natural, não precisa de treinamento.

Verdade: Embora o orgasmo seja um fenômeno fisiológico, não podemos reduzi-lo a algo “natural”. 

Muitas vezes, o bloqueio para se alcançar o orgasmo pode estar mais envolto aos seus bloqueios mentais do que o próprio estímulo físico. Existem muitos fatores que podem dificultar alcançar o orgasmo, desde medicamentos, a estresse e até vergonha do corpo.

Por isso, é preciso explorar seu corpo, aprender técnicas de estimulação que funcionem para você e trabalhar os eventuais bloqueios. O Pompoarismo pode te ajudar – conheça o curso online aqui.

Mito 7: Existe uma frequência ideal de orgasmo.

Verdade: Não existe uma frequência “ideal” de orgasmo que se aplique a todas as pessoas. O que é importante é que cada indivíduo determine sua própria frequência, baseada em suas necessidades, desejos e circunstâncias pessoais.

Mas também é verdade que a falta de orgasmo pode fazer o corpo evitar o sexo (entenda melhor aqui). Isso se deve ao sistema de recompensa do corpo. Da mesma forma que ir num restaurante bom te deixará tentada a voltar, mas se for ruim, você não retorna.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica. Realiza atendimentos presenciais e online focados no autoconhecimento, na elevação da autoestima e na saúde do aparelho reprodutor feminino. Sua principal ferramenta de trabalho é o Pompoarismo.

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