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Como lidar com julgamentos

Veja de que forma você pode agir antes de julgar e quando se sentir julgado por alguém

Atualizado em

Eu julgo, você julga, ele julga, nós julgamos. É uma ação intrínseca do ser humano. Serve para sua própria segurança, para definir se uma situação é perigosa ou não –  seja física ou emocionalmente. O diferencial é a maneira como fazemos e agimos a partir dos julgamentos feitos. Quem já não passou por situações que julgou ser de um jeito e na realidade era de outra?

Imagine a seguinte situação: você está numa reunião importante da empresa e seu parceiro de atividade ficou de passar na gráfica para pegar o protótipo que vocês querem apresentar, que é uma surpresa para todos. Então, na hora marcada para iniciar a reunião, já está toda a diretoria e os possíveis clientes e nada do seu colega chegar.

Você liga, manda mensagem e nada. Liga para o local que ele deveria ter pego a encomenda e dizem que ele nem passou por lá. Na sua cabeça começa a surgir mil e um motivos – julgamentos – do que pode ter acontecido.

Com tudo isso, você sentiu angústia e vergonha por tentar explicar a situação para as pessoas ali presentes. Sim, realmente, podem ter acontecido várias coisas, mas até você saber, já fez mil julgamentos.

Finalmente o colega chega sem fôlego, explicando que acabou a bateria do celular e para complicar furou o pneu no meio da estrada. O que acabou demorando para trocar e pegar o esperado protótipo.

Consequências do julgamento precipitado

Caso o desfecho tivesse sido outro e seu colega simplesmente tivesse esquecido o compromisso, você poderia até estar certo no seu julgamento. Mas como você vai lidar com a situação vai determinar o caminho de vocês a partir dali. Nesta altura toda a conversa mental que você teve consigo mesmo passou.

Pode já ter se acalmado e dessa forma pensar com mais lucidez. Você esclarece o que está acontecendo, diz o quanto se decepcionou por ele ter esquecido algo tão importante na sua ótica. O colega compreende e se compromete a ficar mais atento aos compromissos.

Como lidar com julgamentos

Foi um exemplo semelhante a esse que o Jéferson Cappellari, autor do livro ABC do Girafês, num workshop sobre comunicação não-violenta exemplificou uma situação em que julgamos um acontecimento e as possíveis consequências da nossa ação perante a avaliação feita na nossa mente, uma conversa mental.

Depois de discutir com você mesmo, avaliar se realmente vale a pena despejar toda sua frustração e raiva na pessoa. Sim, pode o colega ou amigo ter feito exatamente aquilo que imaginamos na nossa cabeça.

Agir com agressão verbal ou física só piora a situação. Mas se depois de todo o papo mental passar eu esfriar a cabeça e pensar com lucidez o caminho a seguir pode ser mais seguro e levar a uma conclusão mais feliz para ambos os lados. Um novo acordo pode ser feito. Porque ambos se sentem respeitados.

Aprender a lidar com os julgamentos é um exercício. Todo o hábito leva um tempo para se estabelecer numa nova rotina. E qual rotina estamos estabelecendo aqui?

Julgar é permitido sim e é necessário para nossas escolhas. O que preciso aprender é saber quando e como externar esse julgamento sem dar uma sentença que tenha consequências prejudiciais para qualquer lado.

Muito do que julgo é com base na minha opinião formada. Se ela é coerente e certa, também depende de quem está analisando.

Quando você é julgado: converse com a pessoa e esclareça

E quando é você que está sendo julgado? Respire fundo e num momento de calma converse com a pessoa que determinou a sentença. Seja amigo ou parente, esclareça como se sente quando é julgado. Que tal pedir para a pessoa dizer exatamente o que a deixou aborrecida? Pontue a situação, foque no que pode ser esclarecido e melhorado, evitando, assim, novos aborrecimentos.

Deixamos de julgar as pessoas, observando o ocorrido. Por exemplo: a pessoa diz que você sempre se atrasa.

Então, pergunte em que dias isso aconteceu para que você possa justificar. Entrem num consenso de forma a evitar esse transtorno no futuro.

Sem brigas e, principalmente, sem julgamentos extenuados de forma ofensiva. O que se passa dentro da sua mente é livre. É preciso processar para agir de forma coerente e sábia em prol do bem conviver.

Já imaginou se todos gostassem da mesma coisa e tivessem a mesma atitude para tudo? Que mundo estático teríamos. A evolução humana se dá pela interação e ajustes na nossa maneira de agir.

Considerando que a minha liberdade vai até onde começa a do outro. Somos livres para agir. Em nome do bem maior buscamos formas de coexistir. Lembre-se disso ao opinar, criticar e julgar as ações dos seus amigos.

Cada cabeça é uma sentença. Não somos juízes. Por vivermos em sociedade temos leis, normas e pessoas escolhidas para agir em nome da lei. Na convivência do dia a dia não crie tribunais informais. Busque sempre um diálogo mais conciliador.

Andrea Leandro

Andrea Leandro

Terapeuta Floral, Mestre Reiki, Consultora em Harmonização de Espaços (internos – autoconhecimento e externos – ambiente ao seu redor). Facilitadora de Círculos de Paz e dos 26 Movimentos do BRAIN GYM®. Instrutora de Meditação e Yoga para Crianças e Adolescentes.

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