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O que é clímax? Entenda como todos podemos chegar lá

Vamos refletir sobre as diferenças entre o que é clímax e orgasmo numa relação sexual

Atualizado em

O que é clímax? Na questão do sexo, o clímax é associado ao orgasmo. Seria o orgasmo o ápice da experiência sexual? Afinal, pode ser alcançado tanto individualmente quanto no ato sexual compartilhado, tornando-se uma parte importante da sexualidade humana.

São muitas questões envolvidas, então, vamos pela ordem. Vamos começar esclarecendo o que é o orgasmo, por que nem todo mundo chega lá e, então, refletir sobre o que é clímax.

Desde já, te convido a conhecer o seu Mapa Sexual e mergulhar no seu universo pessoal de sexualidade e prazer.

O que é o orgasmo?

Fisicamente, o orgasmo ocorre na musculatura do assoalho pélvico, caracterizando-se por um aumento intenso do prazer, que leva a alguns espasmos, então numa sensação de perda de controle e… tcharam! Temos um orgasmo.

Em seguida, ocorre uma inundação de Serotonina (hormônio que regula o comportamento, atenção, memória, humor, apetite e gasto de energia) e Ocitocina (conhecido como o “hormônio do amor”, por estar relacionado com as sensações de prazer e afeto).

Só por isso já entedemos a importância do orgasmo. Afinal, quem não gosta de ser inundado por felicidade e amor no momento mais prazeroso e potente da vida?

No entanto, o orgasmo não é apenas uma condição física. Se fosse, todos teriam acesso, o que está longe de ser uma verdade. 

Então, o orgasmo não é para todo mundo? 

Estudos apontam que as mulheres se dividem basicamente em três grupos:

  • um terço consegue atingi-lo satisfatoriamente
  • outro terço o alcança com grande dificuldade e de forma insatisfatória
  • e o último terço delas nunca o experimentou em toda a vida

O orgasmo pode ser, sim, para todos, mas precisamos deixar de acreditar em soluções universais para chegar nele. 

Afinal, a dificuldade em atingir o orgasmo tem razões tão variadas quanto as diferenças de cada indivíduo (entenda mais aqui sobre a dificuldade para alcançar o orgasmo). 

A biologia, a vida em sociedade e outros fatores são peculiares para cada pessoa. Se nem nós nos conhecemos completamente, como uma regra geral dará conta?

Nesse sentido, o melhor é abandonar a ideia de que o orgasmo é o clímax obrigatório de uma relação sexual. Pois o orgasmo pode ser o ponto máximo em um momento específico da relação, e em outro, não.

O caminho para o orgasmo

Conhecer o próprio corpo é um excelente ponto de partida para aumentar o prazer e desenvolver a sexualidade. 

Portanto, ganhar intimidade através da masturbação (conheça aqui os segredos da masturbação feminina), confiar na aparência do corpo e cuidar da saúde em geral deveriam ser pré-requisitos antes de se envolver com outra pessoa.

A intimidade consigo é essencial, pois permite que inseguranças sobre o próprio corpo, a performance e outras questões externas não desviem o foco do que realmente importa: o prazer que está sendo experimentado e compartilhado.

Nesse mergulho sem barreiras um no outro, o prazer encontrará vários ápices, e o orgasmo, ao invés de ser um fantasma que assombra o encontro, se tornará apenas mais um elemento. 

E, se alcançado, transformará o ato em algo ainda mais prazeroso – mas não será limitante do prazer.

Além disso, mesmo após o orgasmo, o encontro não deve terminar ali. Ainda há muito a ser desfrutado, como mais beijos, carinhos, um belo abraço silencioso ou uma oferta de cuidado, seja com um lençol para cobrir ou um copo d’água para alguém que suou de prazer.

Ou seja, o verdadeiro clímax pode ocorrer após o orgasmo.

O que é clímax então?

O clímax é o auge do prazer numa relação sexual, mas não é sinônimo de orgasmo, já que nem todos conseguem acessá-lo. A sexualidade é humana, e todo ser humano pode e merece alcançar o seu clímax.

Por isso, a ausência de um orgasmo orgástico, ou seja, o orgasmo físico como conhecemos, não significa que o clímax não possa ser alcançado.

O auge do prazer em uma noite pode ser o ponto de partida para a próxima, construindo pontes de acesso entre os parceiros e mantendo-os conectados, íntimos, desejantes e desejados.

Aproximando-os cada dia mais do tão desejado orgasmo ou do clímax que encontrarem para si.

Quem sabe o clímax de hoje foi uma gostosa conchinha, mesmo que ela tenha vindo após o orgasmo?

Quando não conseguimos alcançar o orgasmo, é possível que seja nesse afeto compartilhado depois, mesmo que seja apenas um abraço, que percebamos o quão prazeroso e gostoso foi tudo o que vivemos juntos.

Nesse momento, ofegantes, relaxados, suados e encantados, podemos ouvir expressões como: “Que delícia, você é incrível!”, “Quero te abraçar pelo resto da noite”, “Você me faz tão bem”. E o meu preferido: “Eu te amo”.

Artur Vieira Filho

Artur Vieira Filho

Artur Vieira é Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade; Estudioso da Ciência da Felicidade e Psicologia Positiva; Sexólogo e Terapeuta, especialista em Relacionamentos e Sexualidade; Co-fundador do Centro de Estudos da Felicidade; Palestrante sobre Felicidade, sexualidade humana e relacionamentos; Graduado em Psicologia Positiva pelo Wholebeing Institute, certificação internacional, e Felicidade e Bem-Estar pela Universidade Positivo; possui GBA (Global Business Administration) em FELICIDADE - transformando pessoas e organizações pelo ISAE/FGV - Curitiba; Professor convidado da Universidade Estadual do Maranhão no programa Educação para o envelhecimento e advogado.

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