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O-DGI para problemas no relacionamento

Aprenda uma meditação para ficar mais presente e construir relações mais harmoniosas e honestas

Atualizado em

Tudo é relacionamento. Família, vizinhos, colegas de trabalho, namorado(a) e… até com a gente mesmo. Se ficar sozinho já não é fácil, entramos em conflitos internos a todo instante, imagina quando colocamos outra pessoa nessa equação e criamos problemas no relacionamento?!

Essa outra pessoa vem com a história dela, suas experiências, sua Astrologia e todas as suas particularidades, assim, tudo fica mais complexo.

Como podemos nos relacionar com esse “outro universo” sem deixar de respeitar a individualidade dele e a nossa, nos unindo em um relacionamento saudável?

Como lidar com as emoções, com as diferenças e desavenças sem transformar o relacionamento em uma guerra?

Fernando Belatto, instrutor de artes marciais e criador do método O Despertar do Guerreiro Interno (O-DGI), entende que o essencial é não perder o centro no momento da batalha, dos desafios. Mas como?

O-DGI nos problemas no relacionamento?

Todos nós temos um guerreiro dentro de nós. O Despertar do Guerreiro Interno (O-DGI) é o nome escolhido por Belatto para dar para o nosso estado de atenção plena, às vezes chamado também de “observador”.

Todo o trabalho do O-DGI consiste em acordarmos e fortalecermos nosso estado de presença.

Isso porque quando estamos nesse estado conseguimos agir no mundo de forma mais consciente, o que gera relações mais verdadeiras, harmoniosas e mais duradouras.

Sete virtudes são consideradas imprescindíveis para o despertar, e estão dispostas, em ordem, como um caminho para o desenvolvimento individual, que é trilhado por meio de práticas inspiradas na Meditação, nas artes marciais e no Yoga.

As sete virtudes do O-DGI

  • Ancestralidade
  • Integridade
  • Coragem
  • Honra
  • Fluidez
  • Intuição

Por que reconhecer os problemas no relacionamento?

Baseado nos ensinamentos das artes marciais, Belatto acredita que uma das regras essenciais é considerar, respeitar e enxergar no desafio – que é tudo aquilo que nos tira da nossa zona de conforto – um grande mestre, um professor. Diz Belatto:

Se a gente considera o desafio como um inimigo, a gente cai, porque começa a reagir, a brigar com aquilo. Se considerarmos como um professor, eu reverencio e me uno a isso.

Os desafios são inerentes a qualquer relacionamento – no amoroso eles podem ser ainda mais complicados, porque tem mais intimidade.

Conforme o instrutor, quando há intimidade, não tem “como se esconder”. É por isso que, no início dos relacionamentos, nos mostramos e vemos o outro como “perfeitos”.

Ambos querem se conquistar e mantém uma “máscara”. Na medida que nos aprofundamos na relação, a máscara vai caindo.

“Entender que isso é natural e que vai acontecer, que você vai revelar sua vulnerabilidade, é muito importante. Vulnerabilidade não significa fraqueza, muito pelo contrário, é uma grande coragem”, ensina Belatto.

Como traumas podem prejudicar as relações?

Pelos passos do O-DGI, trabalhar a ancestralidade é o começo de tudo. O método defende que se a gente não olhar para o passado e harmonizá-lo, não vai conseguir viver o presente – estar presente e, assim, vencer os desafios.

Por isso, se existe algum trauma do passado, mesmo que não se lembre, ele está em algum lugar no inconsciente e, quando alguma situação ativar esse fato, o cérebro vai tentar te proteger.

Automaticamente começa a ocorrer uma reatividade emocional – alguma palavra violenta, o ciúme se manifesta ou até uma agressão física – com objetivo de autoproteção.

A sua fragilidade foi acionada e sentiu-se vulnerável e aí você ataca o outro – perdendo uma excelente oportunidade de se transformar.

Se você tiver o seu “guerreiro” treinado, a sua presença estará desenvolvida. Então, quando algum trauma se manifestar, você vai perceber a fragilidade, por exemplo, o ciúme atuando.

E vai saber que, para sua própria evolução não adianta reagir baseado no ciúme, porque isso só vai gerar mais separação.

Maturidade emocional significa ficarmos junto com a nossa emoção, em contato com ela, sem reagir!.

Como diferenciar aceitação de passividade?

Se calar diante de algo que não te agradou pode tanto ser um trabalho de aceitação quanto uma atitude de passividade. Uma deve ser buscada, enquanto a outra evitada. Fernando Belatto concorda que a linha é tênue e dá algumas dicas:

  1. Agir com maturidade emocional é deixar o sentimento desagradável “queimando”, mas seguir presente naquele momento, sem frieza, com aceitação, sem reagir.
  2. Agir com passividade é colocar o sentimento desagradável para debaixo do tapete, como se aquilo não tivesse existido, ou seja, sem estar presente.

Meditação guiada para desenvolver maturidade emocional

O criador do método O Despertar do Guerreiro Interno ensina uma meditação guiada para ser praticada em busca da maturidade emocional, de forma a conseguir lidar com os desafios sem reagir, buscando superar traumas e evitar a guerra amorosa.

Siga os passos:

  1. Tire as costas da cadeira, ficar corpo ereto, e ombros relaxados, mãos com palma da mão para baixo, apoiadas nas pernas.
  2. De olhos fechados, faça três respirações, suaves e profundas.
  3. Permaneça com olhos fechados.
  4. Para treinar maturidade emocional, escolha falar não para os impulsos que vão surgir na meditação – de abrir os olhos, coçar algo, se mexer. É a força de vontade que vai ser necessária para não reagir na hora da briga.
  5. Quanto aos muitos pensamentos que surgirem, tente não brigar com eles. Não brigue com eles e coloque sua energia na sua respiração, é nela que deve ficar a atenção.
  6. Foque nas narinas. Sinta o ar entrando e saindo.
  7. Busque, agora, a emoção que pode estar ferida, vulnerável. Reflita sobre como está o seu coração para o seu relacionamento. Está aberto ou está difícil? Independente da resposta, fique com essa sensação sem reagir a isto. Sustente.
  8. Imagina uma luz dourada e comece a emaná-la para todo seu corpo. Imagine todo seu corpo envolto nessa luz. Essa luz vai começar a curar todas as emoções. Coloque a intenção de cura, de perdão, pelas situações que te feriram, e de gratidão, por aquele relacionamento e tudo de bom que te trouxe.
  9. Antes de abrir os olhos, una as mãos a frente do feito, em forma de Namastê, curve a testa em direção às mãos, num gesto de reverência, e, internamente, olho nos olhos do seu companheiro e emane gratidão. Gratidão por tudo, pelos momentos difíceis e pelos maravilhosos, pelos desafios e pelas conquistas.
  10. Faça uma última inspiração suave e profunda e, na expiração, abra os olhos.
Fernando Belatto

Fernando Belatto

Criador do caminho do O-DGI, unindo os princípios da arte marcial com o autoconhecimento, para ajudar pessoas e empresas a conquistarem o seu melhor potencial.

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