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Evento global de meditação tem líderes religiosos juntos pela paz

World Inner Peace Celebration aconteceu de forma simultânea em cinco continentes, no sábado, 22 de setembro

Atualizado em

Quando entramos em paz com o que está dentro da gente, qual o reflexo no que está fora? O que muda em nossa vida, ambiente ou sociedade? O World Inner Peace Celebration, evento global de meditação pela paz mundial, aconteceu de forma simultânea em 5 continentes, no último sábado, 22 de setembro. Escolhido pelo WIPC 2018 como o veículo oficial para a transmissão ao vivo, o Personare traz aqui algumas citações marcantes desse dia especial. O evento contou com palestras de especialistas sobre corpo, mente, espírito e emoções, e reuniu diferentes líderes religiosos em um mesmo propósito: a paz.

  • “Para alcançarmos a paz no mundo, todo indivíduo precisa experimentar a Paz Interior” – Dhammajayo Bhikkhu
  • “Precisamos de 5 planetas Terra para sobreviver da forma em que vivemos hoje.” – Glória Sobrinho (UNIPAZ)
  • “Trabalhamos com três ecologias: a ecologia interior, a ecologia social e a ecologia ambiental.” – Glória Sobrinho (UNIPAZ)
  • “Para o caminho da paz interior, é necessário equilibrar as 4 dimensões do ser: corpo, mente, coração e espírito.” – Lumpi Tathan (Monge MMI)
  • “Observar, meditar ou focar nos permite silenciar a mente e discernir o que está acontecendo neste momento. Isso muda tudo.” – Regina Restelli
  • “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos!” Frase repetida em coro pela plateia durante o #WIPC2018

Meditação como ponto de reconhecimento e transformação

Antes de meditar, nunca entendi esses eventos. Na verdade, os achava até um pouco inúteis. Como podemos gerar paz no mundo parados fazendo meditação? Precisamos de ações, políticas, iniciativas. Hoje, após 10 anos de experiência com a prática, minha visão mudou. É claro que mudanças práticas são necessárias e bem vindas, mas aprendi que para mudar o mundo, precisamos transformar as pessoas que nele vivem.

Quando começamos a meditar diariamente percebemos que alguns conflitos internos vão cessando. Os desafios não deixam de existir, mas nossa forma de enxergá-los e vivê-los muda. Não subimos num pedestal, nem nos tornamos melhores do que ninguém. O que nos tornamos é mais em paz com quem somos de verdade. Qualidades, defeitos, talentos, vícios, crenças, hábitos…tudo passa a ser mais reconhecido e aceito. E do ponto de aceitação é mais fácil transformar. Não podemos mudar o que nem reconhecemos em nós. E se nem percebemos que temos determinado desafio ou característica negativa, não temos como procurar melhorar ou buscar auxílio para tal.

E o que ocorre nos conflitos que vivemos com outras pessoas e situações é que, muitas vezes, olhamos apenas para fora. O problema está no outro, no que aquela pessoa fez ou como aquela situação nos feriu. E se o outro é culpado, nos sentimos ofendidos e sentimentos como vítima, raiva começam a emergir. Queremos revidar o outro pelo que ele nos fez. Em muitas ocasiões, de fato fazemos nossa própria retaliação. E como a outra pessoa se sente? Com raiva, vitimizada por você. E com vontade de que? De retaliar. A essa altura, você consegue percebe como esse é um ciclo difícil de ser quebrado?

Agora imagine isso numa esfera social, política e até global. Se torna claro perceber porque determinadas regiões do planeta vivem eternamente em conflito. Ou porque países que guerrearam no passado, mesmo séculos depois ainda guardam mágoas e suas populações até hoje não “se curtem”.

Meditar pode fazer alguma diferença no mundo?

Com a prática diária ou frequente da meditação aprendemos a olhar para as situações de uma forma mais ampla, entendendo que elas não são só o que fica aparente na superfície. Percebemos que tem toda uma história acontecendo dentro da gente, que precisa ser lida para que tais situações no mundo exterior comecem também a mudar.

Quando passei a meditar com mais frequência parecia ter uma outra versão de mim comentando e analisando os fatos. Exemplo: se sou muito dura com meu filho e cobro excessivamente comportamentos que não são da sua idade, vem um pensamento do tipo “você está repetindo com ele as cobranças que recebeu quando criança. Não precisa ser assim.” Viver dessa forma é ter um grande GPS interno de quais são as causas interiores do que acontece no externo ou na “vida real”.

Carolina Senna conduzindo uma meditação guiada em evento (Foto: acervo pessoal)

E é aí que fico pensando: como seria o mundo se todos, ou se a maior parte de nós, estivesse lendo suas próprias histórias? Como seria esse lugar onde as pessoas olhassem para as situações sob esse espectro mais amplo? Como seriam os conflitos, os debates, ou melhor, as conversas? Com que facilidade perdoaríamos e demonstraríamos o amor? Quando deixamos de só culpar o outro pelos problemas e nos abrimos para esse grande livro interno, acredito que o verdadeiro caminho da paz comece a ser trilhado.

Que tal se abrir para esse livro interior?

Não temos como saber se o mundo de fato será assim e se conseguiremos viver esta transformação pela meditação. Mas temos ao menos como experimentar. Costumo brincar nos meus textos e pedir que você não acredite em nada do que estou dizendo. Que vá lá e teste em sua vida e veja por si qual o impacto dessa experiência. Avalie  vale adotar a meditação como um hábito. Depois, se quiser, me escreva contando sua experiência! Meus contatos estão ao final do artigo.

Quem precisa de um pontapé inicial ou já medita e quer se juntar a mais de 1 milhão de pessoas em todo mundo em prol da paz e de um mundo mais equilibrado, participe do World Inner Peace Celebration neste sábado, 22/09. Veja abaixo como você pode participar presencialmente ou à distância.

TRANSMISSÃO DO PERSONARE

O Personare foi escolhido para ser o canal oficial do evento para a transmissão ao vivo no Brasil. Veja abaixo o que rolou no World Inner Peace Celebration 2018:

Carolina Senna

Carolina Senna

Sócia-fundadora do Personare e diretora da empresa há 14 anos. Nesta trajetória, passou a entender a fundo as causas e consequências dos grandes males da "vida moderna", como estresse e depressão.

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