Como encontrar a paz no olho do furacão?

Vivemos tempos turbulentos, em que muitas pessoas lidam com ansiedade e depressão. Algumas chegaram no limite do estresse crônico e do Burnout. Como encontrar a paz no olho do furacão?

Essa reflexão e, mais do que isso, junto com ferramentas práticas, que vou levar para a Virada Zen 2025, o maior festival de autoconhecimento, saúde e bem-estar da América Latina, totalmente gratuito.

No coração de caótica São Paulo, quero mostrar que a Arte Marcial é muito mais do que uma luta — é uma ferramenta de transformação e harmonia na vida.

A Arte Marcial como Caminho Espiritual

Quando pensamos em “Arte Marcial”, é comum imaginarmos golpes, roupas tradicionais e energia vital. Mas há algo muito mais profundo. Arte Marcial, em sua essência, é um caminho espiritual que nos ajuda a harmonizar com a vida, não com a luta.

Minha prática de Jiu-Jitsu, que completou 30 anos, é uma das minhas maiores referências. Mas também encontro grande inspiração em Morihei Ueshiba, o fundador do Aikido.

Ueshiba não falava apenas de “Arte Marcial”, mas de Budô – um conceito que vai além da luta e que significa a união de dois princípios japoneses: BU (武), que pode ser traduzido como força, e DO (道), que significa caminho.

Ueshiba dizia:

• “Para reunir todas as pessoas e uni-las com o divino, para que evoluam em conjunto, precisamos tocar o poder criativo ilimitado da existência. O bu nos ajuda a fazer isso. Etimologicamente, bu significa ‘deter a lança’, e essa ideia é o que o verdadeiro guerreiro se empenha para fazer.”

O verdadeiro significado de “deter a lança” não é continuar as guerras, mas cessá-las. O bu é um estado de espírito, nos preparando para lidar com os desafios sem nos perdermos neles.

Não é sobre fugir, mas acolher os obstáculos sem nos desestabilizar. Dessa maneira, conseguimos transmutar qualquer energia negativa.

Leia também: 5 livros sobre artes marciais para expandir sua visão sobre o tema

A Arte Marcial como Caminho de Paz

Em suas palavras, Ueshiba reforçava:

• “Esse caminho valoroso não é para destruir os seres humanos com armas e força bruta, nem para destruir o mundo com bombas. É para corrigir o ki universal, promover a paz mundial, nutrindo todas as coisas e promovendo a vida. Se existem raiva e ódio, devemos pacificá-los. Um guerreiro é chamado de Samurai porque ele ou ela segue o caminho da vida, e não porque maneja bem uma espada. Aprimore seu espírito e corpo, torne-se um pilar da nação e faça avançar a causa da paz.”

Essas palavras nos convidam a entender que a verdadeira Arte Marcial não é sobre destruição, mas sobre harmonia. Podemos acessar essa harmonia agora, despertando o guerreiro e a guerreira que habitam dentro de nós.

Como encontrar a paz no olho do furacão

Para encontrar a paz no olho do furacão, o primeiro passo é a presença. Estar no momento, sem fugir para outros lugares da mente.

Depois, reconhecer nossa energia corporal, perceber o que é negativo e, por meio de respiração, movimentos e direcionamento mental, transmutar essas energias.

A partir desse centro, podemos transformar qualquer situação.

Porque a vida nunca está contra nós – ela sempre está a favor do nosso crescimento.

Leia também: Artes Marciais ajudam a vencer a maior guerra de todas: a interior

Convite para a Virada Zen 2025

É com esse espírito que convido você para a vivência que conduzirei no dia 26/10, das 13h30 às 14h30, no Espaço de Práticas da Virada Zen, no Parque Ibirapuera. Será um encontro gratuito e aberto a todos — independentemente de idade ou preparo físico.

Durante essa prática, vamos integrar reflexão, respiração, atenção plena e o método O-DGI (O Despertar do Guerreiro Interno), que trabalha corpo, mente e espírito para ativar virtudes internas e fortalecer nossa clareza diante dos desafios.

Venha com roupa confortável e coração aberto. Esta é uma oportunidade para você experimentar um estado de pacificação mais profundo e reconhecer o seu verdadeiro potencial: transformar sombra em luz.

Mais informações sobre a vivência Encontre a Paz no Olho do Furacão aqui.

Com reverências,
Sensei Fernando Belatto