Biodança: o caminho para a alegria
Conheça método que estimula a afetividade e desenvolve potenciais
Por Personare
Você já encontrou a fórmula para a felicidade? Para a diretora da Escola de Formação de Biodança, Eliana Almeida, a prática dessa atividade pode ser o caminho para se sentir melhor. A técnica, que integra música, dança, movimento, encontro e comunicação com o outro busca fortalecer a identidade de cada um. As aulas são baseadas em segmentos ou linhas de vivência, como os praticantes preferem chamar. Ao todo são cinco: vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência.
Nos encontros, os adeptos da Biodança se reúnem para expressar esses potenciais, por meio de exercícios baseados especialmente na música e na dança. O objetivo da atividade é promover o contato consigo mesmo, com o outro e com o universo. “O método é vivencial, ou seja, cada um sente a experiência de forma diferente. É por meio da Biodança que desenvolvemos o amor incondicional, esquecendo nossos próprios interesses e pensando mais no próximo”, explica Eliana.
Reaprendendo a viver
A Biodança é voltada para pessoas de todas as faixas etárias, além de grupos clínicos, como portadores de câncer ou mal de Parkinson, por exemplo. Segundo a especialista, a prática não pode ser considerada uma terapia, já que não trabalha em torno de sintomas. Mas é uma espécie de “pedagogia do amor”, na qual a pessoa reaprende a viver melhor e desenvolver seus potenciais. Os praticantes acreditam que ao trabalhar essas características ficam mais aptos a fazer boas escolhas na vida.
E se engana quem acha que para praticar Biodança é preciso saber dançar. Eliana garante que os espaços onde a prática é realizada são democráticos. Nenhum praticante pode ser julgado ou avaliado por suas habilidades. “A Biodança resgata os movimentos e te conecta com suas emoções mais profundas, afinal nossa identidade é permeável à música”, lembra a especialista.
Para saber onde encontrar aulas de Biodança em sua cidade, acesse www.biodanza.org.
As linhas de vivência
Afetividade: considerada a linha-mestra na Biodança, estimula a criação de vínculos profundos com o outro, por meio de músicas suaves. “Quando você sente, consegue se integrar com o meio”, alerta Eliana.
Vitalidade: para estimular essa qualidade são utilizadas músicas fortes. O objetivo é liberar a energia de cada um.
Sexualidade: aqui a ideia é se livrar dos tabus e resgatar o prazer de viver. Os ritmos são sensuais, feitos por meio de movimentos sinuosos. “Rebolar não é feio e desbloqueia a energia sexual”, explica a especialista.
Criatividade: que tal orquestrar sua própria vida? O objetivo é sair da rotina e dos padrões impostos, experimentando novos e intensos ritmos.
Transcendência: de acordo com Eliana, essa é uma das linhas mais bloqueadas pelas pessoas. Em um mundo corrido, onde todos vivem sempre em estado de alerta, é difícil exerce o controle sobre si mesmo. “Devemos amar e sentir mais. Corpo e alma devem ser uma coisa só”, lembra ela.
Palavra de quem pratica
Anna Cristina Peralva – empresária e professora de Biodança, 55 anos: “A Biodanza me ensinou a correr atrás dos meus sonhos. Antes de frequentar as aulas eu havia passado por um processo de separação e não estava feliz. Depois de me tornar adepta ao método fiz novos amigos, tomei coragem para sair de um emprego que não me trazia satisfação e abri meu próprio negócio”.
Márcia Luz Ferreira – engenheira civil, 52 anos: “Pratico Biodança há oito anos e é aqui que recarrego minhas energias. Estava sozinha há quase dez anos e quando aprendi a me permitir mais, encontrei um novo amor para a minha vida”.
Bruna Aguiar Fois – dentista e designer de bijuteria, 32 anos:”Confesso que a primeira aula me assustou um pouco. Afinal, na Biodanza existe contato afetivo com outros participantes e eu não estava acostumada a ser carinhosa. Hoje em dia aprendi que posso ir mais além”.
Alberto de Almeida Leite – integrante do grupo de facilitadores de Biodanza, 58 anos: “Passei por uma crise existencial há oito anos, quando comecei a me questionar demais. A Biodança permitiu que eu vivesse de uma maneira mais leve. Aprendi a sentir mais e pensar menos”.
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