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A história do seu nascimento: como ela explica quem você é hoje?

Sua história de nascimento ocorreu nos nove meses no útero da sua mãe e no momento em que você nasceu. Ela tem impacto forte em quem você é hoje

Atualizado em

Você já considerou que o primeiro vínculo com sua mãe, ainda no útero, pode ser uma grande chave para entender seus relacionamentos atuais? 

Que a história do seu nascimento desde o período de concepção, gestação e parto, não apenas desvenda o início do seu primeiro relacionamento íntimo, mas também ilustra o desenrolar do seu primeiro ciclo de sucesso na vida. 

Esse entendimento ecoa o provérbio presente em diversas culturas: \”A primeira impressão é a que fica!\”

De fato, as condições do parto e as vivências iniciais exercem uma influência marcante sobre nossa percepção das pessoas hoje em dia, bem como sobre nosso comportamento e interações cotidianas.

Este é o príncipio é o alicerce que constitui a Psicologia Perinatal aplicada ao Autoconhecimento, campo que tenho a satisfação de explorar e disseminar por meio de uma metodologia inovadora, denomidada Mapa do Nascimento®.

A história do Mapa do Nascimento®

Eu descobri há algum tempo que nasci para estudar os nascimentos e seus impactos na vida e nos relacionamentos. Essa não foi uma escolha aleatória, mas um chamado que veio da minha própria jornada de autoconhecimento. 

Uma jornada que me levou a buscar e finalmente encontrar respostas para as perguntas que sempre me fiz sobre quem sou e qual é o meu propósito da vida. E encontrei isso nas circunstâncias e histórias que envolviam meu próprio nascimento.

Durante mais de duas décadas, dediquei-me a estudos e formações em diversas áreas do autoconhecimento, incluindo terapias convencionais, transpessoais e holísticas, xamanismo, renascimento, além de realizar mais de dez viagens à Índia.

Foi lá, não por acaso, que me deparei com um ensinamento que destacava a importância dos “quatro cestos” – uma metáfora para as 4 fases cruciais na formação do nosso ser.

  1. A concepção,
  2. A gestação,
  3. O parto,
  4. As primeiras seis horas de vida.

Explorar esses “cestos” foi como abrir um livro inédito sobre minha vida, cujas páginas iniciais eu imaginava começarem somente a partir do meu nascimento. Até então, como muitos, eu só havia explorado lembranças da minha infância em terapias para tentar entender quem eu era.

A primeira impressão de nós mesmos

Descobri que a primeira impressão que tive de mim mesmo não veio apenas do dia do meu nascimento. Ela começou com a difícil reação dos meus pais à notícia da gravidez; foi moldada pelo estresse de uma gravidez não planejada, pelas circunstâncias desafiadoras daquele período, e pelo parto longo e traumático em um ambiente hospitalar frio e impessoal.

Essas primeiras impressões, profundamente gravadas, formaram a base de crenças limitantes que me acompanharam por toda a vida: sentimentos de não merecimento e insuficiência, dificuldades na conexão com meus pais e em relacionamentos íntimos, além da persistente busca por sentido e propósito.

Esse período, portanto, teve um impacto muito significativo nas fundações de minha existência, na minha percepção sobre mim mesmo, dos outros e da vida, mesmo sem ter memórias conscientes desse tempo.

Você sabia disso?

As bases da existência sob a luz da Psicologia Perinatal

A Psicologia Perinatal nos ensina algo fascinante: as experiências vividas no útero não ressurgem como lembranças convencionais, mas se manifestam em nossa vida através de ações, reações, emoções dolorosas, comportamentos disfuncionais e padrões que insistem em se repetir.

Com mais de meio século de pesquisas e estudos profundos em campos como a Embriologia, Neurociências, traumas precoces e epigenética, a Psicologia Perinatal nos revela:

1️⃣ Que todo feto tem a capacidade de transformar experiências em “memórias”.

2️⃣ Este registro é arquivado na mente inconsciente do feto, mesmo que ela ainda esteja em desenvolvimento.

3️⃣ Todos esses registros farão parte de sua bagagem inconsciente para o resto da vida do ser e exercerão influência sobre a sua personalidade, sobre sua conduta e sobre seu comportamento.

Conhecimento ancestral

A importância do período perinatal é um conhecimento ancestral, presente em diversas culturas, mas apenas há pouco tempo a ciência começou a desvendar sua real significância na moldagem da personalidade humana. 

Anteriormente, acreditava-se que os eventos desse período não poderiam ser lembrados, dada a incompleta mielinização dos neurônios, que supostamente tornaria a memória desse período inacessível.

Contudo, uma reviravolta aconteceu no ano 2000, quando o neurocientista austríaco Eric Kandel foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina. Seus estudos comprovaram que a existência de memória não exige um córtex cerebral desenvolvido. 

Ou seja, nossa memória mais profunda está inscrita em nosso corpo, manifestando-se como memória celular, muscular, bioquímica, do sistema nervoso e até mesmo extracorpórea.

A Epigenética nos ensina que nossa essência não se determina apenas pelo DNA, mas também pelo ambiente em que esse DNA se desenvolve. O que nos torna únicos, o modo como pensamos, sentimos e agimos, é influenciado não só pela “semente”, mas crucialmente pelo “terreno” onde essa semente germina.

Dr. William Emerson – P.h.d, um dos pioneiros da Psicologia Perinatal, com mais de quatro décadas dedicadas à pesquisa do comportamento e desenvolvimento psicoafetivo-emocional, trouxe evidências de que:

  • A maneira como nos conectamos e criamos vínculos começa a se formar no período uterino.
  • É nesse momento que o indivíduo vivencia as percepções mais profundas dos sentimentos.
  • Muitos problemas de depressão podem ter suas raízes no útero.
  • Problemas de isolamento e intimidade podem surgir como resultados de traumas de nascimento.
  • A saúde física e mental na vida adulta está intimamente ligada à experiência uterina.

Vale ressaltar que o trajeto que vai da concepção ao nascimento é a nossa primeira jornada completa de sucesso. Essa memória, gravada em nosso ser, atua como um protótipo de sucesso em nosso inconsciente.

O roteiro da história do nascimento

Podemos chamar essa história de sucesso também de Roteiro de Nascimento. A fórmula que o corpo registrou para alcançar o primeiro êxito da Vida, que é nascer e sobreviver.

Mas, Graças a que cheguei aqui? 

Faça a si essas perguntas e sinta como cada algumas dessas perguntas reverbera em você:

  • Meu nascimento foi planejado?
  • Fui bem-vinda (o) pela minha Mãe e Pai?
  • Pensaram em aborto?
  • A gestação foi conturbada?
  • Tinham preferência por algum sexo?
  • Meu parto foi traumático?
  • Foi uma cesárea desnecessária? Prematuro, indução, fórceps, etc.?

Cada uma dessas perguntas abre a porta para uma reflexão profunda sobre como nossos primeiros momentos de vida podem influenciar quem somos hoje.

Vejamos alguns exemplos de percepções e predisposições mais comuns:

Fui planejado ao nascer?

Alguém cujo nascimento não se planejou pode, inconscientemente, sentir que atrapalha ou é um fardo. Esta percepção pode se manifestar em uma tendência de agradar demais ou evitar impor-se em situações sociais e profissionais. 

Fui do sexo desejado?

Pessoas que nasceram em um contexto onde havia uma preferência por outro gênero podem carregar a sensação de não serem boas o suficiente como são. Esse sentimento, portanto, pode levar a uma busca constante por aprovação e validação externa.

Meu parto foi traumático?

A experiência de um parto traumático pode influenciar alguém a se tornar procrastinador, ou seja, que evita chegar ao fim dos objetivos por associá-los, inconscientemente, a situações de estresse e dor.

Cesária desnecessária

A realização de uma cesariana sem necessidade médica, por exemplo, pode resultar em uma dificuldade em receber ajuda nos mais variados contextos da vida, percebendo-a muitas vezes como invasiva ou impositiva.

Claro que cada um tem uma percepção diferente e vai criar reações únicas a cada circunstância, mas existem alguns padrões que, quando identificados, são muito libertadores e tendem a transformar também nossa maneira de pensar e fazer novas escolhas em situações semelhantes.

Esse estudo provocante hoje conta com milhares de artigos e pesquisas nas mais prestigiadas universidades e institutos do mundo. Recentemente foi capa da revista “TIME”, com o título “Como os 9 meses moldam o resto de nossas vidas”.

Compreender o Roteiro do Nascimento nos permite, portanto, entender por que atraímos coisas desagradáveis, apenas por serem familiares.

Além disso, podemos compreender também os ciclos viciosos e dificuldades que todos temos para conexão nos relacionamentos e também de movimentos de realização e sucesso.

Você pode imaginar o quanto essa informação pode ser importante na cura de traumas, medos e doenças, e também para que os novos nascimentos possam ocorrer com mais amor e consciência?

A história do nascimento é causa, mas também solução

Na área do autoconhecimento, na qual dedico os estudos do Mapa do Nascimento, ajudo as pessoas a compreenderem que tanto a causa quanto a solução dos bloqueios e ciclos repetitivos se encontram na raiz de onde tudo começou. Isso porque por detrás da dor existe o dom, que sempre vai residir na inocência e confiança.

Ninguém nasceu para sofrer! E quando descobrimos o profundo aprendizado que está por trás do nosso nascimento, a felicidade se mostra no horizonte. Isso porque agora entendemos o porquê das coisas, e podemos finalmente encontrar novas respostas para velhos problemas.

Se você quiser fazer esse estudo vai na minha Bio no instagram ou no site. Assim voc conheça ferramentas inéditas para encontrar respostas que você sempre procurou, sobre si mesmo e sobre a vida na história do seu nascimento.

Adriano Calhau

Adriano Calhau

Especialista em Psicologia Perinatal e Criador do Mapa do Nascimento®. Método que une Ciência e Autoconhecimento para iluminar a importância do início da vida e das histórias de nascimento na formação base da nossa identidade e senso de pertencimento. 

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