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Um verão livre de doenças

Confira dicas para prevenir problemas de saúde nas crianças

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Verão é muito bom, não é? Mas apesar da alegria que a estação oferece é preciso lembrar que as altas temperaturas, principalmente em nosso país tropical, propiciam o crescimento mais rápido de vírus e bactérias, facilitando a contaminação principalmente nos baixinhos menores de três anos de idade, que ainda estão com sua imunidade em fase de formação.

Por ser época de férias escolares, festas e de feriados prolongados, as pessoas saem e viajam mais, aumentando a possibilidade de contraírem viroses e infecções bacterianas, dermatites, alergia de picadas de insetos e dermatomicoses (doenças da pele provocadas por fungos, popularmente conhecidas como impigens, tinhas ou tineas, além das pitiríases).

Então, o primeiro passo é tentar identificar as doenças típicas da estação. As infecções (virais ou bacterianas) costumam iniciar com um processo febril e sem outras manifestações. Geralmente o problema evolui após um determinado período de tempo, que varia de acordo com cada agente agressor. Podem surgir manifestações cutâneas (vermelhões, pápulas, etc.), infecções de pele ou formação de pus na região em que agem, como garganta, ouvido, seios da face, trato urinário, etc.

Além destas enfermidades, não podemos esquecer do alto índice de desidratações. Esse problema pode ocorrer como complicação de doenças diarreicas, mas também pode surgir sem que haja necessariamente a presença de diarreia ou vômitos. Nesses casos, a desidratação ocorre pela maior perda de líquidos através do suor, quando não é devidamente reposta, principalmente nas crianças menores.

Para ajudar pais e responsáveis a protegerem as crianças e aproveitarem ao máximo este período de descanso, reuni algumas dicas importantes que poderão contribuir no combate à incidência destas doenças:

  1. Evite aglomerações, para evitar a contaminação por contágio direto através de mãos na boca, como no caso das gripes, meningites, entre outros. Além disso, em rios, praias e piscinas pode ocorrer a contaminação pelo vírus da hepatite, então é importante evitar locais muito cheios, que podem estar contaminados.
  2. Lave bem as mãos das crianças e com frequência. O hábito de colocar a mão na boca costuma ser uma das causas de contaminação da maioria dos pequenos.
  3. Use sempre filtro solar para evitar as queimaduras de sol, que tornam a pele mais sensível e com maior risco de desenvolver infecções, alergias e micoses. Além disso, evite os horários de pico de sol, entre 10h e 16h.
  4. Use roupas leves, de tecidos naturais e de cores claras, pois os tecidos naturais permli maior ventilação da pele e as cores claras refletem os raios tanto de luz quanto de calor.
  5. Tome bastante água para evitar a desidratação.
  6. Atualize a carteirinha de vacinação, tanto a sua como a do seu baixinho. As vacinas previnem infecções, como sarampo, caxumba, rubéola, varicela, hepatites A e B, rotaviroses, entre outras que também são características também do verão. Além disso, é importantíssimo lembrar que as vacinas não são produzidas especificamente para crianças. Adolescentes, adultos e idosos também necessitam ser vacinados contra uma série de infecções bacterianas e virais, que em muito vão contribuir para a prevenção de doenças graves e para uma melhor qualidade de vida.
  7. Por ser um período de viagens, verifique também se o local em que você vive ou para o qual vai viajar exige alguma vacina específica, como a de febre amarela, por exemplo, que é considerada obrigatória em determinados destinos. Essa vacina é indicada a todos os viajantes maiores de 9 meses, que se desloquem a regiões endêmicas de febre amarela e que não apresentem contraindicações. Vale lembrar que não podem receber a vacina os viajantes menores de 9 meses; pessoas imunodeprimidas, com hipersensibilidade ao ovo ou a outros componentes da vacina; e mulheres grávidas – sobretudo durante o primeiro trimestre da gestação.
  8. Em alguns casos, como viagens para o exterior ou mesmo dentro do Brasil, informe-se em algum Centro de Vacinação Internacional ou nos sites do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) ou do Center for Diseases Control (CDC).

Por último, é importante frisar que em toda e qualquer manifestação de doença, por mais simples que possa parecer, procure um pediatra, que irá orientar o melhor tratamento e as formas de evitar infecções em crianças e adolescentes.

Seguindo estas dicas e cuidados, sem dúvida você e sua família poderão usufruir de todas as maravilhas que a estação mais alegre e quente do ano tem a oferecer.

Sylvio de Barros

Sylvio de Barros

Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros é pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor da MBA Pediatria . http://www.mbapediatria.com.br

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