Por que não consigo engravidar?
Cuidar do aspecto emocional é tão importante quanto do físico
Por Suely Bello
É natural que a maior parte das mulheres possua um grande desejo de ser mãe e sonhe com esse momento, mesmo quando ainda crianças, ao entoar canções de ninar embalando suas bonecas.
Embora se preocupem em tomar precauções para que a gravidez não ocorra sem o prévio planejamento, sonhar com uma união estável e um futuro bebê para construir uma família feliz, parece ser uma constante nos planos dos jovens casais enamorados.
Acontece que nem sempre os sonhos se realizam de acordo com os planos e, quando chega a hora de esperar que a gravidez seja constatada, nada acontece. Aí surge aquela sensação de frustração na qual ter que enfrentar mais um mês de expectativa parece se transformar em uma eternidade.
O que dizem os médicos?
A medicina considera como principais causas da infertilidade feminina os distúrbios hormonais que dificultam a ovulação, a síndrome dos ovários policísticos, a endometriose, ou outros problemas relacionados as trompas uterinas. Quanto à infertilidade masculina, problemas relacionados aos espermatozóides, como a ausência da produção, a diminuição do número, a pouca mobilidade ou a produção de espermatozóides anormais seriam as causas mais comuns.
Entretanto, são inúmeras as vezes que os casais não apresentam nenhum desses problemas e mesmo assim a gravidez é tão demorada e aparentemente tão distante da realidade.
O que fazer?
Em primeiro lugar temos que saber se realmente estamos em condições físicas e emocionais para amparar e gerar um novo ser. Nem sempre os problemas são apenas físicos.
Segundo pesquisas e estudos da psicossomática, as doenças geralmente tem uma causa de fundo emocional e essa causa deve ser pesquisada para que o casal possa se transformar e se adaptar à futura paternidade.
Várias atitudes devem ser tomadas na preparação do “berço aconchegante”, no útero materno, para a chegada do tão esperado bebê. A alimentação saudável é o primeiro passo para que o organismo possa estar em condições de produzir e nutrir adequadamente as células que darão origem ao futuro bebê.
Uma dieta adequada é rica em vitaminas, minerais e fibras variadas e completa contendo frutas, legumes, verduras, proteínas (carnes, peixes, ovos, leite e derivados), carboidratos cereais, grãos, sucos naturais, enfim todos os nutrientes necessários para manter o corpo saudável. O cuidado com tudo que ingerimos, através da alimentação, ou do ar que respiramos, só tende a auxiliar na concepção, enquanto que não podemos dizer o mesmo se, de maneira imprudente, fizermos uso de bebidas alcoólicas, cigarros, antidepressivos, ou quaisquer outros tipos de drogas sem orientação médica.
Outro fator importante para manter a saúde é praticar exercícios físicos ou ao menos fazer uma caminhada diária, que ajudará a manter a circulação do sangue até mesmo nos pequeninos vasos periféricos, contribuindo para uma melhor oxigenação celular.
Mas o aspecto fundamental e muitas vezes esquecido pela medicina convencional, que deve ser analisado e ajustado para que ocorra a fertilização é o aspecto emocional. Quando ocorre a insegurança do casal em assumir a paternidade, e principalmente quando a mulher não se sente “pronta” para ser mãe (quase sempre acontece de forma inconsciente), parece haver um bloqueio para que a fertilização aconteça normalmente.
Buscando o controle emocional
A ansiedade para engravidar, o eeestresseee da vida diária, a cobrança dos parentes e amigos que sutilmente perguntam -“E aí, quando chega o herdeiro?”,”Já encomendaram o bebê?”, “Como é que é, a cegonha ainda não achou o caminho?” – tudo isso colabora para que a insegurança aumente ainda mais e destrua grande parte das possibilidades de sucesso da fertilização ocorrer naturalmente.
Aí, os concorrentes a futuros pais já começam perder o controle emocional e cada vez mais inseguros e ansiosos procuram os médicos, a fim de se submeterem aos mais diversos métodos não naturais com o objetivo de alcançar a tão sonhada paternidade.
Ora, é sabido que existem numerosos casos de mulheres que não conseguiram engravidar e optaram pela adoção, no entanto, logo após terem adotado uma criança, inesperadamente ocorre uma gravidez espontânea.
Cada vez mais fica claro que quando a fase de tensão emocional é substituída pela atenção dispensada ao bebê que foi adotado e o casal já não se preocupa mais em aguardar ansiosamente pela gravidez, ela aparece surpreendendo a todos. Não foi uma simples coincidência, pois é nesta fase de tranqüilidade do casal que as chances de ocorrer a fecundação aumentam consideravelmente e para surpresa de todos a gravidez ocorre espontaneamente.
Porém, não é necessário que uma criança seja adotada para que os futuros papais e mamães fiquem mais calmos ou menos ansiosos e consigam preparar bem o “terreno” onde a semente de uma nova vida possa germinar. Existem muitas terapias naturais utilizadas pelos profissionais naturólogos que podem auxiliar nesta etapa em que o casal necessita de autocontrole emocional e de um relaxamento físico e mental (veja sugestão abaixo). Mas o mais importante é não perder a esperança e continuar buscando, no fundo do coração, a certeza de que a força do amor direcionada para esse pequenino ser, tão desejado, é capaz de remover qualquer barreira que possa inibir ou dificultar a fecundação.
Para continuar refletindo sobre o tema
Entenda como a Naturologia pode ajudar – https://www.personare.com.br/revista/voce-hoje/materia/179/conecte-se-melhor-a-natureza
Associação Paulista de Naturologia – http://www.apanat.org.br
Graduada em Naturologia, Educação Física e Pedagogia, com especialização em Psicossomática, atende em São Paulo utilizando as Terapias Naturais para auxiliar no processo de autoconhecimento e de promoção, manutenção e recuperação da saúde.
Saiba mais sobre mim- Contato: srbello@terra.com.br
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