Dezembro chegou. E o que você fez?
Dezembro chega com a pergunta “o que você fez?”. Veja como revisar seu ano com leveza, perdoar o que ficou e preparar sua energia para o novo
Por Amanda Figueira
Todos os anos, quando dezembro chega, a música da Simone volta a tocar como um lembrete quase simbólico: “Então é Natal… e o que você fez?” .
Essa pergunta ecoa no coletivo, mas talvez, neste momento da nossa caminhada, exista uma reflexão ainda mais importante do que o que fizemos ao longo do ano:
- Como nos sentimos com aquilo que conseguimos fazer?
Mais do que listar metas cumpridas ou pendências acumuladas, a chegada de dezembro nos convida a revisitar o ano pelo olhar da consciência e não da cobrança.
O ano passou. A vida aconteceu como foi possível acontecer. Não há como voltar atrás. O que existe é a forma como nos relacionamos com a nossa própria trajetória.
✅SPOILER: consulte aqui o guia de previsões 2026
O que você fez já é sagrado
Quando olhamos apenas para o que não aconteceu, para o que faltou, para o que não demos conta, entramos na vibração da escassez. Isso nos afasta da realidade mais profunda: fizemos o possível com os recursos que tínhamos no momento.
E isso precisa ser honrado.
O convite é nos encher do que conseguimos realizar — mesmo que pareça pequeno — e nos esvaziar da autoexigência das coisas que não couberam. Tudo tem o tempo que precisa ter.
O papel que escolhemos viver em 205
Perguntas importantes a serem feitas:
- Qual papel eu assumi neste ano?
- Fui vítima dos acontecimentos, acreditando que tudo simplesmente me atravessa e não tenho controle sobre nada?
- Ou fui protagonista da minha história, reconhecendo que, mesmo diante do incontrolável, posso escolher como lidar com o que chega?
Não temos controle sobre o que acontece fora de nós — e talvez nunca tenhamos. Mas sempre teremos controle sobre o que fazemos com aquilo que nos acontece. E é exatamente aí que mora a nossa força.
Desafios como portais de expansão
Muitas pessoas viveram 2025 como um ano intenso, desafiador e transformador — não só em suas vidas pessoais, mas numa dimensão coletiva.
Estamos em um momento de transição planetária. Não estamos aqui por acaso. Estamos aqui para crescer, evoluir e reconstruir.
E isso significa compreender que:
- tudo é sagrado, inclusive o que dói
- portas que se abrem e portas que se fecham têm o mesmo valor
- o caos precede a ordem
- nada é estático
- ciclos começam e ciclos terminam
Quando estamos no caos, só conseguimos enxergar o caos. Mas, com o tempo, conseguimos perceber a grandeza e o propósito por trás das experiências que nos atravessam.
Vida, morte e vida: o ciclo que nos transforma
Em muitos momentos deste ano, talvez você tenha sido levada ao limite.
E, muitas vezes, esse limite marca o fim de uma versão sua que já não cabe mais.
Antes de renascer, algo dentro de nós precisa morrer.
A vida é esse movimento constante de vida, morte e vida.
De deixar ir para abrir espaço.
De permitir que versões superadas sejam encerradas para que outras possam florescer.
Pergunte-se:
- Quem eu era em janeiro?
- Quem eu sou agora?
Essa simples comparação revela o quanto você caminhou.
Ainda é tempo — sempre é tempo
Os meses são símbolos. Podem não significar nada… ou podem significar muito.
Não é porque dezembro chegou que tudo precisa estar “resolvido”.
Nem porque o ano está terminando que não há mais tempo.
Sempre é tempo de fazer diferente.
De reencontrar o caminho.
De escolher uma pequena ação possível e começar por ela.
Se faltou fé, lembre-se do sol:
ele se esconde e reaparece todos os dias, sem nunca duvidar do seu próprio retorno.
Honrar o que fomos, perdoar o que ficou, abrir espaço para o que chega
E aqui entra o convite final:
Que a gente possa entrar em dezembro sendo.
Honrando a nossa trajetória até aqui — seja ela qual for.
Que possamos trabalhar:
- autoperdão e o perdão do que foi,
- o perdão das situações que nos aconteceram,
- o perdão pelas escolhas que fizemos e pelas que não conseguimos fazer.
Não para justificar.
Mas para liberar.
Para permitir que o novo chegue com mais leveza.
O que não foi possível não precisa ser carregado para o ano seguinte.
Uma prática para iniciar dezembro
Para apoiar esse movimento de fechamento e renascimento, deixo uma sugestão:
A Oração do Perdão (Kahunas), disponível no podcast Sagrada Ciranda no Spotify.
Praticá-la por 21 dias é uma forma profunda de limpar o campo, soltar pesos e preparar o coração para o novo ciclo.
Psicóloga, professora, mentora e especialista em comportamento humano. Tem como propósito, apoiar pessoas em seus processos de transformação através da psicoeducação, do autoconhecimento e do acolhimento e ressignificação das suas próprias histórias, utilizando uma metodologia própria e inovadora que já foi testada em mais dos 10 mil atendimentos realizados nos últimos 15 anos.
Saiba mais sobre mim- Contato: amandafigueirapsicologa@gmail.com
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