Evento questiona o que é a vida
Mensa Brilliant: aprender sobre a vida pode torná-la mais fascinante
Por Alexey Dodsworth
Não é incomum que, uma vez questionados sobre o que é um ser vivo, a maioria de nós costume dar a resposta padrão que aprendeu desde criança: “um ser é vivo se ele nasce, cresce, se reproduz e morre”. Tal definição, contudo, não resiste a uma análise mais apurada. Se estes quatro movimentos são fundamentais para definir o que a vida é, então o que dizer de seres estéreis? Eles não se reproduzem. Não são vivos?
Durante dois anos, cuidei de uma pequena periquita que encontrei na porta de minha casa, ferida. Com a asa direita irremediavelmente aleijada, ela não poderia mais voar. Um dia, morreu. Estamos acostumados com a morte dos seres, e compreendemos que morrer faz parte da vida – afinal, conforme afirma a comum definição, tudo o que é vivo nasce e morre. Será?
Vamos complicar mais a questão: e se porventura um organismo for imortal (ao menos em teoria), ele não está vivo? A condição de “vivo” não implica na necessidade de que ele um dia “morra”? Todavia, podem acreditar, existem organismos imortais – ao menos em tese! A turritopsis nutricola, por exemplo, é um lindo hidrozoário que supostamente pode viver para sempre, a não ser que haja um acidente, ou se ela for atacada por outro animal. Suas células se mantêm num estado de regeneração infinita, como se estivessem sempre retornando à infância. Podemos citar também um peixe chamado rockfish e duas espécies de tartaruga da América do Norte que, de acordo com avaliações, se não forem predados poderiam viver indefinidamente. As células destes animais se preservam eternamente jovens, por razões que a ciência ainda procura compreender. Mas se eles não morrem, e alguns outros tantos seres não se reproduzem (como o asno, por exemplo, um animal estéril), então a nossa definição popular de “vida” está um tanto falha, não é mesmo?
Indícios x evidências
E o que dizer de vida fora da Terra? Seria muito diferente da nossa? É possível que exista? Intuitivamente, a maioria das pessoas costuma responder que sim. Partimos de um princípio razoável: o Universo é tão, mas tão grande, que seria muito estranho se a Terra fosse o único lugar habitado. Sobre isso, a ciência atual tem a dizer o seguinte: temos indícios, de fato, da existência de vida fora da Terra. Mas “indício” não é o mesmo que “evidência”. O indício aponta para uma alta probabilidade. A evidência, como o próprio nome diz, se refere a algo explícito, que se apresenta diretamente aos sentidos. Por exemplo: é possível detectar a existência de grande quantidade de metano em Titã, satélite do planeta Saturno. O metano costuma ser um indício, uma pista de atividade biológica. Não sabemos ainda se há vida em Titã, mas temos boas pistas e, por isso, vale a pena investigar melhor este ambiente.
Aprender mais sobre a vida torna a nossa própria existência muito mais rica e fascinante. No próximo dia 1 de outubro, você está convidado para conhecer um pouco mais sobre este tema instigante, numa das palestras do evento “Mensa Brilliant”, que será realizado no Rio de Janeiro. O evento é aberto ao público, mas para garantir seu lugar você deve se inscrever clicando aqui
Não pretendo apresentar respostas definitivas sobre nada, e sim iniciá-los num assunto que, tenho certeza, irá fazer com que vocês olhem pro mundo com outros olhos. Apareçam!
Astrólogo e autor de análises de Astrologia, Tarot e Runas do Personare. Sua afinidade com temas esotéricos se alinha com sua defesa à liberdade de saberes, sejam eles científicos ou não.
Saiba mais sobre mim- Contato: alexey-revista@personare.com.br