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Dor no sexo? Veja 3 passos para tratar o problema

Confira um passo a passo para tratar o vaginismo, que pode ser uma resposta de proteção do seu corpo a memórias emocionais

Atualizado em

Se você sente ardência, queimação ou dor no sexo, saiba que pode ser um sinal de que sua vagina está carregada de memórias emocionais nocivas. 

Isso pode parecer estranho, mas assim como quando estamos sobrecarregadas emocionalmente e sentimos tensões nos músculos do pescoço, ombros ou costas, a vagina também pode reagir de forma similar.

Quando uma mulher enfrenta decepções, traumas ou dificuldades na vida, ela pode carregar, inconscientemente, as memórias celulares dessas experiências negativas em sua vagina. 

Essa carga emocional pode gerar tensão muscular e, consequentemente, causar dor durante a penetração. 

Dor no sexo pode ser vaginismo

A dor no sexo pode estar associada ao vaginismo, uma disfunção em que a vagina se contrai involuntariamente, impedindo a penetração. Entenda mais sobre vaginismo aqui.

Muitas vezes, essa contração é uma resposta de proteção do corpo, que associa o sexo a algo nocivo, seja por influência familiar, cultural, religiosa, abusos ou traumas. 

Infelizmente, muitas mulheres que sofrem com vaginismo e dor no sexo sentem vergonha de falar sobre isso e acabam evitando buscar tratamento. Porém, é essencial abordar essa questão com coragem e cuidado para encontrar uma solução.

Quando e como buscar ajuda

Não é normal sentir nenhum tipo de incômodo físico durante o sexo. 

Se você sente dor, ardor ou queimação ao tentar introduzir algo na sua musculatura vaginal (como dedos, brinquedos eróticos, absorvente interno ou na penetração), é provável que seja vaginismo. 

Já atendi milhares de mulheres com vaginismo e quase todas conseguiram reverter a situação. Mas, como o tratamento é de cunho emocional, curar-se significa enfrentar as feridas guardadas. E isso exige, acima de tudo, coragem. 

Se você se identifica com isso, veja abaixo os 3 caminhos a serem percorridos para corrigir este quadro. 

Passo 1: Corrija a causa emocional que leva à dor

Para permitir que o sexo seja uma experiência prazerosa e livre de dor, é fundamental limpar as memórias emocionais que desencadeiam esse reflexo de proteção no corpo. 

Muitas vezes, a dor está relacionada a ideias negativas associadas ao sexo, enraizadas em experiências passadas ou educação repressora.  

Uma abordagem eficaz é a Reconsagração do Ventre. Essa técnica permite a liberação de memórias negativas acumuladas na vagina e útero. Assim, a musculatura do assoalho pélvico relaxa, evitando as dores.

Mas vale esclarecer que a técnica age de forma complementar. Só trabalhar a parte emocional pode não ser suficiente, já que o problema também costuma estar atrelado a causas físicas (falo mais disso no passo 3).   

Passo 2: Mude seus comportamentos 

Além da limpeza emocional, é importante trabalhar os comportamentos que reprimam o prazer sexual. Muitas mulheres acabam associando o sexo a estímulos dolorosos, inibindo o desejo e o prazer.  

Evite o que chamo de sexo agressivo, rápido e sem preliminares. Em vez disso, explore sua própria sexualidade e aprenda a conhecer seu corpo, por meio da masturbação. 

Essa prática saudável e natural pode proporcionar autoconhecimento e orientar a pessoa parceira a proporcionar prazer da maneira adequada. Confira aqui um guia com dicas de masturbação feminina.

Fique atenta aos comportamentos, pensamentos e emoções relacionados ao sexo, e identifique possíveis bloqueios sexuais no dia a dia. Promover mudanças benéficas nesse sentido pode melhorar significativamente a vida sexual.

Passo 3: Trabalhe o bloqueio no corpo  

Quando a tensão muscular na vagina já se manifestou fisicamente, é essencial trabalhar também essa dimensão. 

Fisiologicamente, a dor pode envolver tanto a parte neural quanto a muscular, exigindo exercícios físicos focados no relaxamento íntimo e na consciência corporal.  

O tratamento físico complementa a limpeza emocional, permitindo normalizar a condução nervosa da região afetada.  

Comece já

Enfrentar e superar a dor no sexo requer coragem, mas é um passo importante para restabelecer uma vida sexual plena e saudável. 

Se você está enfrentando essa questão, considere seguir esses passos e procure ajuda especializada para encontrar o melhor caminho para você.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica. Realiza atendimentos presenciais e online focados no autoconhecimento, na elevação da autoestima e na saúde do aparelho reprodutor feminino. Sua principal ferramenta de trabalho é o Pompoarismo.

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