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Como identificar gatilhos de raiva em você

A raiva pode estar a serviço de nossa autopreservação ou pode ses um grande problema. Saiba reconhecer os gatilhos de raiva em si e viva melhor!

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Tão importante quanto perceber os gatilhos de raiva, é compreender o que esse sentimento está tentando mostrar sobre sua vida. De acordo a Psicologia, a raiva é um dos 4 sentimentos básicos do ser humano.

Os 4 sentimentos básicos são a alegria, a tristeza, o medo e a raiva. Cada um tem uma função importante para que possamos viver mais e melhor. Permitir o contato com estes sentimentos promove um bom fluxo da experiência de vida. 

Cada um deles nos ensina a lidar com as situações do dia a dia e a engrenar em nosso próprio projeto de vida.

Sentimento e emoção são diferentes

É importante pontuar a diferença entre sentimento e emoção: 

  • O sentimento é um estado emocional que está no momento presente. Agora eu estou experimentando um sentimento de paz enquanto escrevo estas linhas. 
  • a emoção é a memória de um sentimento. Por isso, se refere a algum acontecimento no passado que imprimiu em nosso campo emocional uma lembrança, uma marca de um sentimento diante do fato ocorrido.

Quando acessamos as nossas emoções, necessariamente remetemos a algum momento do passado. Quando se trata de algo que foi muito difícil de ser vivenciado e provocou muitos sentimentos dolorosos, então estamos falando de algo que se tornou um trauma. 

O trauma congela a experiência e sempre que acessamos a memória por alguma similaridade da situação, a emoção (do que aconteceu no passado) pode vir à tona e somar com a experiência do presente. 

Se esta situação tiver referência à sua autopreservação, então ela pode disparar gatilhos de raiva em você.

Os sentimentos e as emoções não são racionais, elas estão muito mais conectadas com o nosso corpo físico do que com a nossa mente. Inclusive, segundo a Medicina Chinesa, a emoção da raiva está intimamente ligada ao fígado e pode somatizar doenças ligadas a este órgão.

Portanto, quando acessamos uma emoção, é muito mais fácil termos sensações fisiológicas associadas à memória que nos chega do que um entendimento racional do motivo que nos fez sentir daquela maneira. 

Portanto podemos considerar que os gatilhos de raiva dispara emoções de momentos passados que retornam ao momento presente.

Quando a raiva se torna um problema

A raiva quando positiva, é um sentimento que nos coloca em ação. Ela nos dá energia para lutar, alcançar objetivos, defender o que é nosso e nos desperta para um instinto de autopreservação. 

O problema é quando ela fica em desequilíbrio e, desse modo, ganha propriamente o nome de raiva.

Portanto, a raiva surge quando, em algum momento importante, não soubemos colocar limites em uma situação. O que está por trás da raiva exacerbada é um sentimento de invasão muito profundo, geralmente registrado em nosso inconsciente. 

Provavelmente, em algum momento lá no passado, geralmente na primeira infância, houve situações de abuso, invasão, críticas, frustrações, invalidação do que era genuíno para a criança, que naturalmente era vulnerável (pela própria inexperiência de vida) e não apresentava resistências ao ambiente em que vivia. 

Então, acontecimentos de agora, quando esbarram nessas memórias, podem disparar os gatilhos de raiva que, na verdade, está nos pedindo delimitações mais seguras para nossa própria integridade.

Gatilhos de raiva são um pedido de socorro

Quando reagimos com raiva excessiva, geralmente é a nossa criança ferida respondendo às situações que corromperam a nossa integridade no passado e hoje precisamos colocar limites. 

No passado, fomos feridos por não termos sabido lidar com a circunstância e, muitas vezes, somado a isso ainda tivemos que aceitar o status quo para não sentirmos excluídos ou rejeitados. Então, aprendemos a aceitar uma situação desconfortável.

Só que quando essa lembrança emocional volta numa situação do presente, a raiva vem numa tentativa de nos fazer lembrar que precisamos revisar onde está nos faltando colocar limites para que a nossa integridade esteja segura.

Portanto, os gatilhos de raiva são como um pedido de socorro que, na maioria das vezes, não é entendido. Além de não resolver o nosso problema, pode criar outros novos com as pessoas com as quais nos relacionamos.

Sinais de alerta

A raiva nunca chega “do nada”. Ela manifesta-se em sinais que percebemos em nosso corpo e em nosso comportamento. 

Ela pode se acumular em pequenas situações que são simples e repetitivas e que, se conseguirmos criar outro percurso para elas, não precisaremos chegar na manifestação da raiva.

Podemos sentir a respiração alterar, os batimentos cardíacos acelerarem, um impacto de indignação, incredulidade, mas também paralisia antes da raiva propriamente dita, chegar. 

Sentimos os mais variados alertas vermelhos em nosso corpo. Dor de cabeça, sono e cansaço podem ser caminhos de fuga para que a raiva não se instaure por um motivo que se repete frequentemente. 

Portanto, o melhor remédio para a raiva é a liberação da questão que ela vem tentando te mostrar.

Como lidar com a raiva

É importante olhar para dentro para entender o real motivo que fez disparar gatilhos de raiva em você. Pergunte-se:

  • Qual foi o motivo que despertou a raiva em mim?
  • Por que eu senti a necessidade de me defender diante dessa situação?
  • Qual foi o detalhe mais importante da situação ocorrida que me alterou dessa maneira?
  • Em que momento do meu passado algo muito similar a isso já ocorreu?

Pode ser que essas reflexões sejam muito esclarecedoras, mas como as emoções não são racionais, pode também ser bastante difícil perceber ao que a raiva está conectada. 

A ajuda profissional de um processo terapêutico pode ser muito valiosa tanto no sentido de lidar com a raiva como na reconstituição de sua integridade.

Exercício simples para lidar com a raiva

Para a raiva não explodir, enquanto você não consegue acessar a sua raiz, algo muito simples pode ser feito e ter resultados fantásticos: respirar consciente.

Muito provavelmente a situação que está bem à sua frente não é o real motivo de sua raiva. Então, respire fundo e procure se afastar dessa situação.

Retire-se do calor do momento. Se estiver numa discussão, informe ao seu interlocutor que você precisa de um tempo e, quando você estiver melhor, vocês retomam a conversa. Você pode se permitir acalmar.

Se tiver oportunidade, você poderá fazer um ou todos esses exercícios de respiração:

  • Sente-se com a coluna ereta e com o polegar direito. Tampe a narina direita e inspire. Depois, solte esta narina e com o dedo anelar, tampe a narina esquerda e expire pela narina direita. Novamente, inspire pela narina direita, solte a narina esquerda e tampe a direita como antes e solte o ar pela esquerda. Inspire novamente pela narina esquerda. E repita esse processo 3 vezes. Você sentirá o ar fazendo um movimento de “U” Pelas suas narinas. Este movimento ajuda a equilibrar as suas polaridades.
  • Inspire bem fundo pelas narinas e solte o ar pela boca fazendo um som de “A”. Faça 3 respirações. Este movimento ajuda a liderar o cansaço e uma carga emocional excessiva que possa estar em nosso corpo.
  • Inspire fundo pelas narinas e solte o ar como se você estivesse soprando num canudo. Faça esta respiração 3 vezes. Ela ajuda a acalmar e esvaziar atenção.

Busque ajuda interromper os ciclos de gatilhos de raiva

Como a raiva é uma emoção muito forte e irracional, pode ser uma excelente ideia buscar ajuda para aprender a lidar com ela e descobrir o que está por trás, ou seja, o que ela realmente quer te mostrar e que você precisa aprender para proteger sua integridade.

O processo terapêutico pode te levar muito fundo nessas questões e transformar sua vida de uma maneira muito significativa. Este é um processo de médio a longo prazo, porém, altamente eficaz e se desdobra de muitas outras maneiras em sua vida.

Outro caminho é fazer um tratamento com o Reiki, que é um sistema de cura energético e pode te auxiliar profundamente no seu reequilíbrio.

E, além disso, temos as constelações familiares que é considerada uma terapia breve por ser um processo de uma única sessão e que pode auxiliar de maneira muito eficaz e surpreendente te conduzindo ao que está por trás desse comportamento e liberar da questão que te afeta.

Isabela Borges

Isabela Borges

Terapeuta especializada em terapias transpessoais constelações sistêmicas, astrologia, tarô e Reiki Integrado. Os atendimentos podem ser pontuais ou em processos terapêuticos e promovem o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.

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