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Proteja seus olhos do sol

No verão é preciso redobrar os cuidados com os olhos. Confira dicas

Atualizado em

Impossí­vel não nos enchermos de alegria com as cores, a luminosidade e o calor do verão! Tudo nos motiva a sair de casa e ficar ao ar livre – piscina, praia, parques. Porém, esse é o momento de redobrar os cuidados com uma região do corpo tão importante quanto sensí­vel: a área dos olhos! Para aproveitar de maneira intensa e completa essa deliciosa estação do ano, precisamos prestar atenção a alguns cuidados básicos.

Doenças oculares tí­picas

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, fatores como a claridade excessiva do sol de verão, o sal do mar ou o cloro da piscina, a areia e até a necessidade de uso frequente do ar condicionado nos ambientes fechados são agentes irritantes dos olhos e podem causar diversos problemas de visão.

  1. Conjuntivite

A incidência de conjuntivites, alergias e irritações oculares causadas por esses fatores chega a ser dez vezes maior do que nos demais meses do ano. As conjuntivites, como o próprio nome diz, são inflamações da conjuntiva, aquela mucosa que recobre os olhos. Seus sintomas provocam grande desconforto e exigem cuidados maiores devido à  fácil transmissão por contato. Além disso, se não forem adequadamente tratadas, podem evoluir para problemas mais graves. Pode ser causada por ví­rus, bactérias, fungos e alergia e até mesmo por fatores conjugados.

Os sintomas da doença são os olhos avermelhados e lacrimejantes, sensibilidade à  luz, pálpebras inchadas, coceira e uma sensação característica de “areia nos olhos”. Quando a doença evolui para problemas na córnea (a parte transparente do olho) ocorre dor intensa e persistente. O tipo de secreção e o tratamento varia conforme a contaminação e somente o exame feito por médico oftalmologista permite saber qual é o tratamento adequado.

As conjuntivites alérgicas não são transmissíveis e estão relacionadas à  predisposição da pessoa para determinados agentes agressores, como por exemplo pós, perfumes, etc.

  1. Queimaduras

A exposição excessiva ao sol sujeita os olhos aos males provocados pelos raios UVA e UVB, que podem, ao longo dos anos, antecipar o surgimento de doenças próprias da terceira idade, como a catarata e a degeneração macular. Embora menos frequentes, casos graves de perda parcial de visão ou até cegueira podem ocorrer devido às queimaduras causadas pelos raios ultravioletas se uma pessoa olha sem proteção diretamente para o sol ou para um reflexo do sol numa superfície lisa, como um vidro ou espelho.

Problemas dessa natureza podem ocorrer com crianças que brincam de lançar desafios de ver quem consegue olhar para o sol por mais tempo, uma brincadeira que pode afetar seriamente a visão, assim como o hábito de admirar o nascer do sol, quando os raios solares podem alterar a mácula (região central da retina) e também provocar baixa visão.

  1. Ceratite

Outro problema comum nessa época do ano é a ceratite, causada pela exposição excessiva e desprotegida à luz do sol, que provoca sensação de desconforto e/ou dor, como de um cisco e deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção, sintomas que são provenientes da lesão da córnea.

  1. Toxocarí­ase

Uma doença ligada à  praia é a toxocarí­ase, transmitida por fezes de filhotes de cães. Essa doença pode infectar vários órgãos, inclusive a retina, e sem tratamento adequado, pode provocar perda significativa da visão.

Cuidados básicos sugeridos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia

  1. Óculos de sol – Se antes eram escolhidos principalmente pela questão estética, hoje são imprescindí­veis para proteger os olhos dos raios ultravioleta. Por serem escuros, os óculos de sol diminuem a luminosidade e provocam a dilatação das pupilas. Por esse motivo, o interior do olho fica mais exposto aos malefí­cios dos raios ultravioleta. Os óculos de sol devem ser certificados para eficácia na proteção de 100% desses raios. As cores de lente mais adequadas para o dia são de tons marrons, esverdeados ou cinzas e as amarelas podem ser úteis à  noite, porque têm a função de intensificar a luz. Preste atenção ao uso de outras cores como o rosa e o azul, que podem provocar desconfortos como dores de cabeça ou cansaço visual.
  2. Lentes de contato – O uso de lentes no verão exige cuidados redobrados: não abrir os olhos debaixo d’água, uso de óculos de sol para evitar a entrada de ciscos e areia nos olhos, evitar o uso em piscinas, banheiras, praia e saunas devido ao alto risco de contaminação e manusear adequadamente as lentes (não usar água de torneira para lavá-las, cuidado com contato com gorduras, lavar bem as mãos com sabonete antes de cuidar das lentes e manter o estojo das lentes sempre limpo). Qualquer dúvida ou desconforto, o usuário deve retirar as lentes e consultar o médico oftalmologista para verificar a necessidade de uso de colírios ou outros tratamentos.
  3. Filtro solar, pomada hidratante oftálmica ou creme hidratante que não contenha álcool – É necessário proteger a área ao redor dos olhos, mas o filtro solar pode provocar irritação. Caso isso aconteça, lavar os olhos copiosamente em água corrente e se os sintomas persistirem não deixar de procurar um oftalmologista. Sempre remover o produto à noite, uma vez que o excesso pode favorecer as conjuntivites.
  4. Crianças – As que ficam muito tempo na água do mar ou da piscina devem usar óculos de proteção para evitar a irritação nos olhos ou a conjuntivite causada por vírus e bactérias. Compressas frias (não geladas, pois o gelo irrita os olhos) e colírios de lágrima artificial podem ajudar a reduzir a irritação ocular.
  5. Idosos – Passear é fundamental, mas é preciso que se mantenha a atenção especial aos medicamentos de controle de doenças como glaucoma.
  6. Precaução – Colí­rios são medicamentos e devem ser indicados por oftalmologistas!
  7. Hábitos de higiene – Lavar sempre as mãos, evitar coçar os olhos; e procurar o médico oftalmologista em caso de dúvidas. São atitudes básicas que auxiliam muito a manter a saúde dos olhos!
Katia Leite

Katia Leite

Com formação universitária em Naturologia, dedica-se a atendimentos individuais e em grupo em São Paulo. Busca nos elementos da natureza os instrumentos que ajudam a manter e recuperar a saúde.

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