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Fitoterapia e seu uso racional

Entenda o que levar em conta ao usar medicamentos fitoterápicos

Atualizado em

A fitoterapia é um método terapêutico por meio das plantas e vem sendo usada no tratamento e prevenção de vários problemas de saúde, como gastrite, ansiedade, distúrbios do sono e processos inflamatórios, entre outros. Esse sistema deve ser visto não só como uma alternativa, mas parte da medicina atual, sendo eficaz dentro das práticas complementares de saúde e atuando de forma mais natural como coadjuvante no tratamento e na prevenção de doenças agudas e crônicas.

O uso das plantas pelo homem para fins não apenas alimentícios, como também curativos, remete aos primórdios de nossa história. Nossos ancestrais entravam em contato com os vegetais, sentiam seu valor, experimentavam seu poder, determinavam seu uso e repassavam o conhecimento às novas gerações. As descobertas das propriedades curativas das plantas, nesse início, foi empírica, pela observação dos animais que buscavam nas ervas fontes de alimento e a cura para suas afecções.

Atualmente, a fitoterapia é parte importante de muitos estudos na área da saúde como uma ótima possibilidade terapêutica. Requer, no entanto, seriedade em seu uso e indicação, pois, apesar de ser um método terapêutico natural, também apresenta contraindicações, efeitos colaterais, dosagens ideais e formas de uso. É necessária, por exemplo, uma atenção especial quando utilizada concomitantemente a outros medicamentos, já que podem interferir na ação deles, diminuindo sua eficácia e até gerando efeitos indesejados.

Diferença entre plantas medicinais e fitoterápicos

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que as plantas classificadas como medicinais são as que contêm substâncias que possam ser usadas para prevenir, aliviar, curar ou modificar um processo natural ou patológico do organismo, e que possam servir como fonte de fitofármacos (substância química isolada da planta) e de seus precursores para produção de medicamentos pela indústria farmacêutica. Existe, porém, uma diferença entre planta medicinal e o fitoterápico. Este último é a planta medicinal industrializada. A industrialização tem como objetivo evitar contaminações por microrganismos e substâncias tóxicas, além de padronizar a quantidade e forma correta de utilização, dando mais segurança de uso.

Existem diversas formas de apresentação de fitoterápicos, como tinturas (extrato alcoólico), cápsulas, extrato fluido, xaropes, pomadas, cremes e supositórios. A escolha é realizada pelo profissional de saúde, que determina a dosagem e a apresentação ideais, buscando melhor ação e adesão ao tratamento.

O que considerar ao usar fitoterápicos:

  • Busque informações com profissionais de saúde especializados em fitoterapia e mantenha o profissional a par de qualquer reação desagradável que aconteça durante o uso. Gestantes, mulheres que estejam amamentando, crianças e idosos têm indicações especiais quanto ao uso dos fitoterápicos ou plantas medicinais;
  • Sempre que visitar um profissional de saúde, informe sobre as plantas medicinais e fitoterápicos utilizados, principalmente antes de cirurgias;
  • Adquira fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tenha atenção ao rótulo, nome científico, validade e qualidade da embalagem;
  • Siga exatamente a forma de uso indicada pelo profissional de saúde e desconfie de qualquer produto que prometa curas milagrosas.

Quando bem utilizadas e administradas por profissionais aptos, as práticas naturais e complementares de saúde podem nos trazer grandes benefícios, já que o olhar destes especialistas sobre o indivíduo é sempre integral, observando aspectos físicos, emocionais e sociais, levando o todo em consideração. Quando a queixa do paciente é levantada, é avaliada a origem daquela alteração, buscando o reequilíbrio deste organismo e cuidando da causa, não somente do sintoma.

E lembre-se sempre: nem tudo que é natural é inofensivo à saúde.

Giane Honorato

Giane Honorato

Naturóloga formada pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Possui pós-graduação em Iridologia Alemã e Método Rayd, e em Fitoterapia Clínica e Nutracêutica.

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