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Evite irritações no couro cabeludo

Química pode causar queimaduras, ressecamento e até feridas

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Além de acarretar riscos para a saúde dos cabelos, processos químicos como alisamentos, escova progressiva, tintura e relaxamento também podem causar prejuízos no couro cabeludo.

Queimadura, ressecamento, irritação e até aparecimento de feridas são alguns dos efeitos maléficos que podem surgir a partir do uso da química. De acordo com o terapeuta capilar

Eduardo Miyazaki, todos os produtos químicos apresentam altos níveis de acidez e, quando não são bem administrados, desgastam a pele.

“Escova progressiva que utiliza formol em sua composição pode causar desgaste, ressecamento e facilitar o aparecimento de feridas no couro cabeludo.

Quando a pele dessa região fica muito seca, o corpo tem necessidade de fabricar óleo em excesso, provocando o surgimento da caspa, por exemplo.

Em muitos casos, junto com a oleosidade ocorre proliferação de fungos e bactérias, criando cascas ou feridas no couro cabeludo. Bases alisantes também ativam a produção de células na cabeça, causando coceira e irritação.

Vale lembrar que qualquer ferida pode infeccionar, causando algum tipo de patologia”, explica o profissional que trabalha no Spa Red Door, em São Paulo.

Danos no couro comprometem os cabelos

Além de incômodos, os danos no couro cabeludo podem afetar diretamente os cabelos.

Segundo o terapeuta capilar, couro cabeludo ressecado dificulta a saída do fio pela raiz. “Sem lubrificação no couro, o cabelo já nasce seco, com chances de queda, pontas duplas e fios rebeldes”, esclarece Eduardo.

Já as feridas na cabeça podem dar origem à alopecia cicatricial, ou seja, o fio tem dificuldade para crescer e “entope” a fábrica do cabelo, também conhecida como bulbo capilar.

Em casos mais graves, este mal impede permanentemente o crescimento das madeixas. Queimaduras e lesões também costumam ocasionar mudanças no nascimento do fio e em sua estrutura.

“A textura do fio é alterada e um cabelo liso pode passar a nascer crespo ou vice-versa”, exemplifica o terapeuta capilar.

PH dos produtos químicos é agressivo

Também chamado de Potencial Hidrogeniônico, o PH é responsável por manter os cabelos mais bonitos e saudáveis.

Quando este nível está muito acima ou abaixo do limite, os fios e o couro cabeludo correm o risco de ficarem mais quebradiços e ressecados.

Geralmente os produtos e tratamentos químicos elevam o PH capilar em torno de 15, enquanto a taxa normal varia entre 5 e 6,5.

“Nas colorações, o peróxido de amônio costuma ser o princípio ativo. Esse produto tem PH ácido, ou seja, muito baixo, e pode irritar e ressecar a pele.

Já as bases alisantes, que contêm tioglicolato de amônio, por exemplo, costumam ser alcalinas, com um PH muito alto.

Essas são mais agressivas pois abrem as escamas que revestem os fios, deixando o cabelo estressado, espigado e o couro cabeludo mais sensível, com risco de aparecerem feridas e sangramento”, alerta o terapeuta.

Confira os cuidados com o couro cabeludo antes da química:

  • Nos alisamentos que usam tioglicolato de amônio em sua fórmula, é recomendável que a pessoa se submeta ao procedimento com os cabelos sujos. “Essa medida protege a cabeça de feridas”, informa o especialista.
  • Muita gente também percebe que os fios ficaram grudados no couro cabeludo depois de um alisamento. Segundo o terapeuta capilar, isso é decorrente de má utilização dos cremes alisantes.

“Para que os fios fiquem maleáveis e suaves, é preciso aplicar o produto com movimentos que acompanhem a direção do nascimento do cabelo. Quando a pessoa faz o movimento contrário na hora de alisar, pode criar esse efeito grudado”, ensina Eduardo Miyazaki.

  • Coloração também pode desgastar o couro cabeludo, especialmente em pessoas que têm mais sensibilidade nessa região.

Para evitar alergias, o ideal é aplicar uma pequena quantidade da tinta na nuca ou atrás da orelha e aguardar 48h.

“Se depois disso o produto não causar vermelhidão ou irritação de pele, sinal que a pessoa está liberada para usar aquela coloração. Caso contrário, não é recomendável aplicar o produto”, alerta o terapeuta capilar.

  • Geralmente as colorações têm poder de limpar o couro cabeludo e os fios. Por este motivo, não é necessário lavar os cabelos com shampoo após o processo de coloração.

“Esse cuidado não é para todas as pessoas, mas algumas tintas podem retirar a oleosidade natural do couro, causando irritação”, avalia o especialista.

Mas se você já sofreu prejuízos no couro cabeludo, é importante procurar um dermatologista em busca do melhor tratamento.

“Só o médico pode avaliar a melhor forma de tratar problemas como irritação, queimaduras, etc.”, lembra o terapeuta capilar.

No entanto, é possível seguir alguns cuidados para não prejudicar ainda mais o couro cabeludo:

  • Nunca tire casquinha das feridas do couro cabeludo, deixe cicatrizar normalmente.
  • Opte pelos shampoos e condicionadores sem sal, que não irritam a região machucada.

“Produtos com sal podem ressecar ainda mais a cabeça e atrasar o processo de cicatrização, além de criar algum tipo de coceira ou irritar a pele”, alerta o especialista.

  • Se o bulbo capilar estiver machucado ou dolorido, ou a pessoa sentir que os fios estão caindo, não é aconselhável fazer escova nos fios.

Na hora de pentear, evite a região da raiz, pois a fricção do pente ou escova pode irritar, infeccionar ou inflamar o couro cabeludo.

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