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Chá de hibisco ajuda a emagrecer, mas deve ser consumido com moderação

Bebida é antioxidante e emagrece, mas pode prejudicar fertilidade

Atualizado em

No chá de hibisco, sabor e benefícios se unem para garantir o bem-estar de quem procura melhor qualidade de vida.

Além de contribuir com a perda de peso, esta exótica bebida é repleta de nutrientes e já é naturalmente adocicada, o que dispensa o uso de açúcares ou adoçantes para ingestão.

Contudo, tanto homens quanto mulheres devem atentar para alguns riscos antes de inserir este chá no cardápio – seu consumo regular pode alterar os níveis hormonais no organismo e trazer outras complicações.

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O que é o hibisco

De origem africana e asiática, a flor de hibisco utilizada para o preparo do chá possui o nome científico de Hibiscus Sabdariffa.

De acordo com a nutricionista Flavia Morais, essa flor é diferente do conhecido hibisco de jardim, cujo nome científico é Hibiscus rosa-sinensis. A coach em Saúde Integrativa Melissa Setubal explica que o hibisco é normalmente usado nos chás através de suas pétalas.

“Na realidade, compramos as pétalas secas da flor para fazer o chá, cuja coloração é de um vermelho escuro bem forte.

Ao preparar o chá, essa tonalidade permanece no líquido. O hibisco é uma planta usada para tratamento em vários países, principalmente no Oriente Médio e na África do Norte. Essa flor é utilizada há milênios”, explica Melissa.

Chá de hibisco ajuda a emagrecer

Os nutrientes presentes no chá de hibisco são inúmeros. O cálcio e o magnésio são exemplos deles, mas a bebida é caracterizada principalmente por sua ação antioxidante, segundo Flavia Morais.

Em 6g da planta, quantidade usada para o preparo de 200 ml de chá, temos cálcio, magnésio, fósforo e potássio, essenciais para a saúde dos ossos, a contração muscular e para a produção de energia

Nosso organismo produz moléculas chamadas de radicais livres que, em excesso, podem danificar nossas células, causando envelhecimento precoce e desencadeando doenças crônicas.

Os antioxidantes – como os flavonoides, ácidos orgânicos e vitamina A presentes no hibisco – têm o papel de neutralizar o efeito dos radicais livres, evitando os danos às células e o surgimento de doenças, além de estarem relacionados à queima de gordura”, detalha a nutricionista.

A ajuda que o chá de hibisco pode oferecer a quem deseja perder alguns quilos não para por aqui. Entre os efeitos mais estudados da ingestão dessa bebida está o emagrecimento.

Segundo Melissa Setubal, além de o chá ser um excelente antioxidante, combate a obesidade, reduz a quantidade de gordura abdominal e até previne o chamado “fígado gorduroso”, uma doença que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no fígado.

“Um dos benefícios mais estudado do chá de hibisco é a perda de peso. O conhecimento milenar a respeito dessa bebida já falava sobre isso, mas também foi descoberta a eficiência do chá no tratamento da obesidade, na eliminação da gordura do abdômen e principalmente na prevenção do “fígado gorduroso”.

Todos esses efeitos têm sido atribuídos aos polifenóis, que são moléculas antioxidantes presentes no hibisco.

As propriedades antioxidantes previnem o organismo de alguns outros problemas, como pressão alta, diabetes, problemas no fígado e nos rins, câncer e síndromes metabólicas de um modo geral”, informa Melissa.

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Hibisco pode ser usado no preparo de outras bebidas e alimentos

O chá de hibisco não apenas é simples de ser preparado, como também pode ser usado em receitas que levam algum tipo de líquido, como sucos ou drinques.

Melissa Setubal sugere este tipo de aproveitamento justamente pela cor e pelo sabor, característicos da flor. “O uso do chá em preparações que levem líquidos pode ser bastante útil.

O sabor e a cor são naturalmente acentuados e podem ser aproveitados, ainda que os nutrientes dessa bebida não sejam totalmente mantidos após o cozimento”, instrui a coach em Saúde Integrativa.

Já a nutricionista Flavia Morais indica que o hibisco também pode ser consumido em forma de “suchá” (misturas de sucos de hortaliças ou frutas, com infusão de plantas) e inclusive geleia. “O chá pode ser usado como base para o preparo de suchá.

Para isso, basta bater o chá no liquidificador com a fruta de sua preferência. A geleia de hibisco é outro alimento produzido com a flor, mas sem suas propriedades nutritivas, pois a adição de açúcar e o tempo de cozimento para obter a geleia comprometem os seus benefícios originais”, orienta Flavia.

Qual tipo de chá de hibisco usar

flor hibiscoQuanto aos diversos tipos de chá de hibisco, a coach em Saúde Integrativa Melissa Setubal recomenda principalmente a infusão com as folhas secas desta flor.

Segundo ela, a versão em sachê é uma boa pedida, mas seus efeitos são reduzidos.

Há ainda quem opte por ingerir diretamente as pétalas desta flor, como um aperitivo ou misturado numa salada, por exemplo. Nesse caso, os nutrientes também não são aproveitados integralmente.

“Além disso, a ingestão direta das pétalas do hibisco (tanto desidratadas quanto in natura) possivelmente não são agradáveis ao paladar e suas propriedades benéficas não são apropriadamente ativadas quando consumidas de outra forma sem ser o chá. Por isso, a fim de que os nutrientes sejam amplamente aproveitados, a recomendação é a de que essa planta seja consumida através da infusão”, alerta Melissa.

Como encontrar e combinar o hibisco

O hibisco pode ser encontrado na forma de pétalas secas, para o preparo do chá, de cápsulas ou na forma solúvel – todas em lojas de produtos naturais.

O chá pode fazer parte de dietas para perda de peso, controle de pressão arterial e diminuição das taxas de colesterol.

Para emagrecimento, pode ser combinado ao chá branco ou verde na alimentação; para controle da pressão arterial, pode ser associado ao suco de uva; para redução do colesterol, deve ser consumido com sementes de linhaça ou chia.

Chá é contraindicado para gestantes e pessoas em idade fértil

No entanto, apesar dos benefícios apresentados, a intoxicação por chá de hibisco é uma consequência de seu consumo excessivo, o que requer cautela por parte de quem ingere a bebida. Quem explica é a nutricionista Flavia Morais, que também alerta para o efeito diurético típico do chá.

“Como qualquer outra planta, o hibisco em chá pode causar toxicidade se for consumido em doses excessivas, pois tudo o que ingerimos precisa ser metabolizado e eliminado pelo fígado e rins.

Quando consumida em grandes quantidades, esta bebida pode não ser totalmente eliminada pelo fígado, intoxicando, assim, o organismo.

Além disso, por este chá ser diurético, seu consumo exagerado pode fazer com que a pessoa elimine muitos eletrólitos, a exemplo do sódio e do potássio, que estão presentes no sangue.

Isso pode acarretar alterações de pressão e contração muscular. Sendo assim, se a pessoa já toma medicamento com essa finalidade, o efeito diurético do remédio pode ser potencializado, o que não é desejável”, alerta a especialista.

Já Melissa Setubal explica que a fertilidade e os hormônios podem ser afetados pela ingestão excessiva do chá de hibisco, que acaba por ser contraindicado a mulheres grávidas ou que desejam engravidar.

Segundo a especialista, nestes casos, o chá pode até ser consumido, porém não mais que uma vez ao mês.

“Apesar de todas as vantagens proporcionadas pelo chá de hibisco, a relação entre essa bebida e os hormônios femininos é preocupante.

Existe uma questão que envolve pessoas na idade fértil – se a mulher ou o homem que está nesta fase beber o chá regularmente, visando a perda de peso, por exemplo, pode colocar em risco a sua fertilidade.

A nutricionista Flavia Morais, entretanto, libera a ingestão de 3 a 6 xícaras do chá por dia, caso a pessoa não esteja mais em idade fértil ou não planeje ter filhos.

Alguns estudos mostram que o hibisco tem componentes que interferem nos níveis de estrogênio e os alteram, fazendo com que esta planta seja usada, inclusive, como anticoncepcional.

Para as mulheres que sofrem com a TPM e outras condições do sistema endócrino, o chá de hibisco pode causar piora e até dificuldade para engravidar, ao interferir no processo de ovulação.

Por este motivo, também deve ser evitado por mulheres no período de gravidez”, aconselha a coach em Saúde Integrativa.

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