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Você é ou conhece uma pessoa chata?

Conheça seis modalidades de chatice e combata este comportamento

Atualizado em

Só é chato quem quer? Nem sempre. Muitas vezes as pessoas se tornam chatas e não percebem. Identificar um chato não é muito difícil, mas o próprio chato não se dá conta de que está se tornando um ou mesmo de que é uma pessoa assim.

Normalmente as pessoas que são ou estão chatas não olham para seu comportamento, não se percebem. Estão tão absorvidas no seu universo que são incapazes de notar como os outros reagem à sua presença. Algumas frases ouvidas de amigos ou colegas podem ser a dica de que você é ou está se tornando um chato. Repare nas dicas nem sempre tão sutis:

  • Quando você chega na roda de amigos paira no ar um silêncio constrangedor?
  • As pessoas dão frequentes desculpas para desligar o telefone?
  • Você não é mais convidado para todos os programas com amigos?
  • Quando você procura as pessoas elas estão sempre ocupadas para lhe dar atenção?
  • Você ouve comentários do tipo “xi, lá vem ela (ou ele)?”
  • Ao brincar com você as pessoas imitam suas frases prediletas?

É possível que esses e outros acontecimentos ocorram uma vez ou outra, mas quando se tornam frequentes, podem sinalizar que o seu jeito de ser não é bem-vindo, que está incomodando em alguma instância.

O chato tem algumas características que valem a pena serem enumeradas. Mesmo que ele tenha bons amigos, muitas vezes essas pessoas se sentem constrangidas em apontar sua chatice. Algumas até tentam falar de um modo mais sutil, mas geralmente não obtém resultado. O chato não costuma prestar muita atenção às sutilezas.

Você se torna uma pessoa chata quando:

  • Quer ser sempre o centro das atenções
  • Elege um assunto, fala nele o tempo todo (fim do namoro, política, religião, dieta, futebol, trabalho, etc.)
  • Interrompe frequentemente o que estão falando com comentários inapropriados, com risadas fora de hora ou mudando o rumo da conversa
  • Fala o tempo todo e explica tudo com detalhes, sem dar chance para o diálogo
  • Faz críticas a tudo, nada está bom, só reclama da vida e das pessoas
  • Se acha o dono da verdade, o senhor absoluto do certo e do errado, é um julgador
  • Está sempre de baixo astral
  • Tenta convencer os outros a todo custo de seu ponto de vista a respeito de um tema

Obviamente que todo mundo tem seus momentos, mas o verdadeiro chato é previsível, traz consigo essa característica de personalidade que acaba por afastar as pessoas. O chato é “over”, lhe falta equilíbrio.

Tipos de chato

São várias as modalidades de chatice. Confira abaixo seis tipos de chato e identifique se você é ou conhece algum deles.

  • Chato desagradável – faz comentários antipáticos, do tipo reparar na pele ressecada, no cabelo sem brilho, nos quilos a mais, etc. Sempre fala alto e sem senso de discrição.
  • Chato inconveniente – pergunta sobre questões de saúde ou sobre um problema particular, porque quer se sentir íntimo, quer mostrar que tem determinada informação sobre o outro.
  • Chato agressivo – chega desqualificando (na “brincadeira”) suas roupas, suas opiniões ou qualquer outra característica alheia. Diferente do chato desagradável, este tipo faz comentários mais ofensivos, como por exemplo: “e então, já abandonou aquela sua ideia idiota de abrir uma loja?”.
  • Chato simpático – está sempre sorrindo e concorda com tudo, repetindo o que já foi dito, pois pensa que assim será aceito por determinado grupo.
  • Chato insistente – faz sempre as mesmas perguntas, sugere sempre as mesmas coisas e faz questão de reavivar um determinado assunto. Este tipo gosta de continuar insistindo na mesma opinião, que normalmente é contrária à sua.
  • Chato sabe-tudo – costuma dizer o que você “tem que” fazer. Usa frases do tipo: “você tem que mudar de emprego”, “você tem que namorar”, “você tem que ir ao meu dentista”, “você tem que mudar seu jeito de se vestir”. Este tipo acha que é ótimo para administrar sua vida.

Chatice tem cura

Já respondemos no começo do texto que mesmo quem não quer ser chato, pode se tornar um. A boa notícia é que é possível deixar de ser chato. Se você se identificou como uma das modalidades acima ou se conhece alguém assim, saiba que a ansiedade, a dificuldade de aceitar as diferenças entre as pessoas e seus pontos de vista, uma leve depressão, o inconformismo e a baixa autoestima podem estar por trás de uma falação sem fim e de comportamentos inadequados.

Muitas vezes o indivíduo desenvolve crenças de que é necessário sempre ter uma opinião a respeito de todos os assuntos, ou acha que tudo o que foge ao seu entendimento está errado. Por pura insegurança ou por questões pessoais, não vê colorido na vida e leva aos grupos sua visão em branco e preto, ou se sente inferiorizado e precisa que prestem atenção nele. Por trás de um chato existe uma pessoa que tem dificuldade de olhar para si mesma e ser autocrítica. Também pode ser gente que está passando por um período difícil ou foi aos poucos cristalizando seu jeito de ser como forma de defesa.

Se você não consegue discernir o suficiente para saber se é ou não uma pessoa chata, pergunte a um amigo sincero. Dê a ele a liberdade para lhe dizer sem reservas o que realmente sente e percebe a seu respeito. Então olhe para você mesmo e tente compreender o que o faz agir de forma a ser identificado como uma pessoa chata. Caso não consiga encontrar o caminho para se livrar desse traço de personalidade, saiba que um processo terapêutico pode lhe ajudar bastante a encontrar o equilíbrio para que suas relações sejam mais sinceras e saudáveis, sem que você fique com aquela sensação de estar sobrando, sendo inconveniente ou, pior, sendo rejeitado de alguma forma.

Quando você descobre o fio da meada, a razão pela qual passou a ter um comportamento que o tornou uma pessoa chata e resolve essa questão na causa, aos poucos você consegue reconstruir suas relações em bases mais equilibradas e acredite: todos vão notar a diferença em sua mudança!

Celia Lima

Celia Lima

Psicoterapeuta Holística, utiliza florais e técnicas da psicossíntese como apoio ao processo terapêutico. Presta atendimento também por meio de terapia breve com encontros semanais, propondo uma análise lúcida e realista de questões pontuais propostas pelo cliente objetivando resultados de curto/médio prazo.

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