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Recarregando as baterias em família

Aproveite o fim de semana na companhia daqueles que lhe querem bem

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É difícil encontrar quem não sonhe com o desenho de uma família “perfeita”: jovens e crianças educados e organizados com suas coisas, mulheres que dividam perfeitamente o tempo entre as realizações profissionais, as delícias da maternidade e os cuidados com a casa, homens que cheguem em casa animados depois de deixar o trabalho, enfrentar o trânsito e ainda se lembrem de reparar que sua mulher mudou a cor do cabelo.

É claro que não existem famílias tão perfeitas e tão dispostas, pessoas que estejam sempre rindo e que sejam sempre solidárias e compreensivas o tempo todo, como num filme ou num conto. Mas podemos nos inspirar neles e observar o quanto a união da família pode proporcionar momentos de intimidade, de alegria e conforto afetivo.

Mesmo com todos os problemas que nos cercam no dia-a-dia, sabemos que existem aqueles momentos de harmonia e sentimos no ar o calor do amparo dos familiares.

Se o dia a dia nos engole, não podemos esquecer de usar o fim de semana como se fosse um oásis no deserto, uma ilha para aportarmos depois de tantos esforços. Veja como seu fim de semana pode ser usado para lembrar do quanto a família pode ser o porto seguro macio e acolhedor, que recarrega as baterias e aquece o coração:

  1. Não acorde tão cedo, mas procure não perder sua manhã.
  2. Convide calmamente os filhos para ajudar nos afazeres simples, como colocar a mesa para o café.
  3. Já reparou como flores dão outro “ar” ao ambiente? Que tal colocar um vasinho de violetas sobre a mesa do café?
  4. Convide a todos para dar palpites na programação do dia. Não havendo consenso, brinque de fazer um sorteio, escrevendo as sugestões em pedaços de papel e elegendo alguém para sortear.
  5. Domingo é dia de almoço em conjunto. Quebre as regras na hora da sobremesa e invente um pote de sorvete no centro da mesa para ser passado em biscoitos, como se fosse manteiga…
  6. Reúnam-se na sala, antes do futebol, do filme ou seriado que gostam de assistir, para que cada um conte o que aconteceu de mais importante na semana que passou, que solução cada um deu aos seus problemas.

Aprendizado contínuo

É preciso compreender que ainda que exista uma grande discórdia ou membros que se desentendem com frequência, é no espaço do lar que nos preparamos para a vida. Quando existem pontos de tensão que parecem não ter fim, no mínimo temos elementos para saber o que não queremos para nossas vidas.

Mas é também responsabilidade de cada um ser suficientemente criativo para mudar as dinâmicas que não nos fazem bem. De nada adianta ficar apontando os defeitos e criticando irmãos, filhos e pais se não fizermos nada por nós mesmos, se continuarmos também repetindo os mesmos comportamentos.

Aconchego e encorajamento

Com todas as dificuldades, é bom perceber que a família é nosso aconchego nas horas difíceis. Tem sempre aqueles que se identificam mais entre si para dividir um segredo, uma alegria, uma conquista. E mesmo com os defeitos de cada um, os laços de afeto estão lá, um ombro acolhedor está sempre disponível, uma bronca na hora certa pode mudar o curso das coisas e um grito acompanhado de um pedido de desculpas pode fazer lembrar do quanto as pessoas se gostam.

A família é um grande celeiro, ali aprendemos a confiar, a nos defender, a nos unir, a ouvir, a desenvolver a paciência, a necessidade de compreender e respeitar, a nos conhecer melhor e aos outros. Aprendemos a solidariedade, o bom senso, a tolerância, o reconhecimento.

É a família, de um jeito ou de outro, que nos empurra para a vida, que nos encoraja a formar cada um a sua própria família.

Celia Lima

Celia Lima

Psicoterapeuta Holística, utiliza florais e técnicas da psicossíntese como apoio ao processo terapêutico. Presta atendimento também por meio de terapia breve com encontros semanais, propondo uma análise lúcida e realista de questões pontuais propostas pelo cliente objetivando resultados de curto/médio prazo.

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