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Crenças modernas que sabotam sua vida amorosa

Exercício ajuda a descobrir quais pensamentos afastam mulheres do amor

Atualizado em

Mulheres modernas são realmente incríveis. Mas precisamos estar atentas às pegadinhas e armadilhas que criamos para nós mesmas, ou seja, devemos ter muito cuidado no que escolhemos acreditar como verdade para nós.

Todos os dias somos inundadas por informações. E se não temos consciência, essa mensagem, se não passar por um filtro ou por um julgamento crítico, começa a se tornar verdade.

E o que começamos a acreditar muitas vezes vira um grande inimigo e nos afasta justamente do que mais desejamos.

Primeiro entenda: tudo o que pensamos sobre um assunto é uma crença. Isso começa quando aprendemos coisas sobre a vida, ouvindo nossos pais, a mídia, o meio em que nos criamos, etc.

Depois vêm as experiências, elas também nos fazem tirar conclusões que costumam generalizar um assunto. Se você se machucou no parquinho, por exemplo, pode feito a associação de que “parquinhos são perigosos”.

Se já te deixaram esperando neste mesmo local, pode ter pensado que “parquinhos fazem sofrer…” e por aí vai. Nossa mente é muito rápida em fazer essas associações e nisso corremos o grande risco de nos limitar.

Medos e inseguranças limitam sua vida amorosa

Com base nisso, você pode ter alimentado ao longo do tempo a crença de que o amor é fácil ou difícil. Afinal, desenvolvemos crenças para funcionar na vida. O grande problema é quando elas nos sabotam!

Por limitarem nossa maneira de pensar, por consequência também limitam a maneira como agimos, como funcionamos na vida, como criamos o nosso futuro, como aparecemos para o mundo e até mesmo como nosso campo energético atua.

Faça o exercício abaixo para identificar de que forma as crenças lhe influenciam:

  • Feche seus olhos e pense em algo que você acredita ser fácil e que todo mundo acredita que é difícil.
  • Perceba como você se comporta. Como age em relação a esta tarefa ou assunto?
  • Agora, pense em algo que você acha difícil, mesmo que todo mundo acredite ser fácil.
  • Percebe como você age completamente diferente?

 

Medos e inseguranças tendem a lhe dominar, você não se sente à vontade, parece que não consegue acessar todos seus recursos interiores, pois entra no seu modo de defesa. E por que isso acontece?

Antes de agirmos, somos influenciadas pelos pensamentos que temos. Eles nos fazem expressar quem somos ou entrar no nosso modo de defesa.

Tornam-se as lentes de como vemos o mundo, afetando e criando a nossa realidade. Afinal, pensamentos são afirmações de poder. Se pensamos demais no que não queremos, é justamente isso que atrairemos para nossa realidade.

E, assim, entramos num círculo vicioso. Vemos o que não queremos, falamos mais sobre o que incomoda e damos mais força ainda ao padrão negativo.

Qual é a sua crença quando o assunto é amor?

Agora, vamos refletir sobre quais são as crenças da mulher moderna que estão limitando sua vida amorosa, afastando-as do amor, sabotando os seus possíveis relacionamentos. Para isso, vou falar um pouco da minha história.

Como uma mulher moderna, lembro-me de uma época em que se alguém me perguntasse sobre amor e vida amorosa eu responderia que estava tudo bem. Era difícil admitir que gostaria de estar num relacionamento ou mais feliz no amor.

Eu achava que não seria muito legal reconhecer isso para o mundo ou para outras mulheres. Sentia que seria recriminada por este desejo. E muitas mulheres ainda sentem-se assim.

Pense comigo, o que está por trás destes pensamentos inocentes? A grande ideia de que você não pode ter amor e ser feliz, de que não pode ter uma vida amorosa e uma carreira bem-sucedidas.

Por trás de cada pensamento deste tipo existe uma “filosofia” escondida, a ideia subliminar de que o amor não é tão importante, de que se você se abrir para ele não terá sucesso ou, pior, vai atrasar sua vida ou seu crescimento, porque o amor é assim: ele não melhor ninguém, só atrasa.

Como eu disse antes, escolhemos acreditar no que ouvimos, no que herdamos de padrão. Escolhemos nos limitar! Tomamos como verdade quando nossa família, sociedade ou mídia nos diz coisas do tipo: “carreira primeiro, amor depois” ou “você só precisa se preocupar em estudar” ou “amor não traz felicidade”, etc.

Pensamentos herdados de gerações machucadas e frustradas, que viveram o amor de forma desequilibrada e que não tiveram boas experiências, nos fazem crer que estas crenças nos protegem. Mas, na verdade, elas nos mantêm longe do desejo natural de amar.

Afinal, somos seres sociais, relacionamentos são as maiores ferramentas de crescimento espiritual.

E então hoje, por exemplo, muitas mulheres modernas seguem suas vidas acreditando que se tiverem amor, suas carreiras, vidas e tempo para si serão prejudicados. E o que acontece?

Quando se apaixonam, se perdem totalmente de si mesmas, pois começam a viver justamente aquilo que acreditam – é quando o círculo vicioso começa a acontecer.

Ao invés de aprendermos a lidar e criar um relacionamento em equilíbrio, dizemos que o problema está fora e sabotamos nossas relações, pois a função de uma crença é se confirmar como verdade.

Para a grande maioria das mulheres hoje não existe a ideia de que dá para ser feliz no amor e em outro setor da vida, como a carreira, por exemplo.

Exercício ajuda a descobrir suas crenças negativas

A mulher de hoje não tem tempo para o amor. Apesar de dizer que quer viver este sentimento, sua agenda está fechada para isso, assim como sua mente. E quando ela se abre para isso, é julgada como se estivesse se diminuindo por querer suprir seu desejo natural de viver com outra pessoa. Claro que existem momentos, fases da vida em que o que mais precisamos é estar sozinhas para nos conectarmos, refletir, renascer ou mudar tudo. Mas o importante é perceber: em que ideias você acredita? O que você realmente alimenta sobre relacionamentos, amor, pessoa parceira, intimidade, romance, etc.?

A solução está em se observar, perceber o que você pensa:

  • O que você realmente acha sobre o amor? O que mais ouviu sobre este sentimento?
  • Como isso ainda está vivo na sua mente, na sua programação inconsciente?
  • O que você mais fala sobre o assunto?
  • Observe seu comportamento, você age como alguém que acredita no amor?
  • Perceba como você trata os homens. Costuma dizer que todos são iguais, que todos vão lhe trair?
  • Perceba como você está se traindo neste momento… Traindo o seu desejo de tratar bem a pessoa parceira e ser bem tratada.
  • Ao trair uma pessoa com a qual se relaciona, alimentada por crenças destrutivas sobre os relacionamentos, perceba como não se abre para encontrar exceções nas regras que você mesma inventou.
  • Perceba o que pensa sobre outras mulheres.
  • E, principalmente, o que pensa sobre si mesma em relação ao amor e relacionamentos? O pensa e sente quando vê um casal?

Você fica em paz ao pensar nestes assuntos? Sinta no seu corpo, perceba se a sensação é agradável ou se existem incômodos, pesos, contrações. É preciso se investigar! E então responda a si mesma com amor e firmeza: essas crenças lhe apoiam ou sabotam?

Depois disso, feche seus olhos e imagine: quem você seria sem esses pensamentos?

Como você agiria no mundo? O que faria de diferente? Como se sentiria? E então, por último, escolha mudar conscientemente agora as verdades mentirosas que tomou para si.

Agora que já fez este exercício, realize a verdade sobre o amor:

Somos todas filhas de um Universo bondoso, ilimitado, que nos protege e nos abençoa sempre que permitimos. E a verdade é que podemos ter os dois: carreira e amor. Podemos ser mulheres poderosas e delicadas. Podemos ter uma pessoa parceira e ainda assim cuidar dos filhos.

Saia do ciclo da escassez ou da ideia de que você só pode ter uma coisa ou outra. Para ser feliz no amor é preciso se abrir para infinitas e abundantes possibilidades. Você pode ter tudo! Afinal, ter fé na vida é realizar que você veio aqui para ser extremamente feliz – e não limitada.

Ariana Schlösser

Ariana Schlösser

Pesquisadora e professora, terapeuta floral, artista, empresária e escritora. Em 2013 criou seu blog sobre o mundo do autoconhecimento e espiritualidade. Ofereceu palestras, retiros e cursos até que sentiu que precisava mudar como vivia isso e descobriu que sofria de spiritual by pass (escape espiritual) e codependência- assim como muitos dos seus seguidores. Hoje é sobre estes temas que fala e ensina.

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