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Anticoncepcional pode prejudicar saúde e energia

Contraceptivos hormonais, como pílula e anel vaginal, interferem no funcionamento do corpo

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Velho conhecido das mulheres na hora de evitar uma gravidez indesejada ou se proteger de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), os contraceptivos estão presentes em várias formas e tamanhos no mercado. Porém, mesmo com uma grande gama de opções, escolher aquele que será o melhor para o seu corpo é uma tarefa que exige, acima de tudo, informação. Além disso, conhecer a ação desse tipo de composto no organismo e as medidas necessárias para evitar seus efeitos colaterais também ajuda a manter a saúde em dia.

Veja abaixo alguns métodos contraceptivos acessíveis, como eles agem no corpo, seus possíveis efeitos colaterais e como amenizá-los.

Conhecendo os diferentes métodos contraceptivos

Uma vez que a mulher decide ter relações sexuais, torna-se necessário o uso de algum método contraceptivo – seja para evitar uma gravidez indesejada ou para se proteger de possíveis doenças. Segundo a ginecologista e obstetra Alessandra Fonseca, através da consulta com um médico será observada a saúde da paciente e todo o seu histórico de doenças passadas e atuais, para que um método seguro seja escolhido. Existem cinco tipos diferentes de anticoncepcionais disponíveis para as mulheres atualmente:

1- Métodos comportamentais

Esse tipo de método consiste na observação do próprio corpo, para que o ato sexual não seja praticado durante o período fértil da mulher. Fazem parte dessa categoria:

Tabelinha: cálculo baseado nos dias do ciclo menstrual, para saber quando é o período fértil da mulher. As chances de ser eficaz variam, já que sua medição depende da regularidade da menstruação da mulher. Esse método não previne DSTs.

Temperatura basal: é chamada de temperatura corporal basal a temperatura mais baixa do corpo em um período de 24 horas. O momento durante o sono é quando a temperatura fica mais baixa, então a medição é feita assim que a pessoa acorda, por meio de um termômetro inserido abaixo da língua. Como a temperatura tende a ficar mais alta durante o período da ovulação, a mulher consegue ter uma noção aproximada dos melhores períodos para engravidar. Esse método não previne DSTs.

Muco cervical: indica a época de ovulação. Para isso, a mulher deve observar, diariamente, o muco, que é uma espécie de secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina e, às vezes, aparece na calcinha. Esse método não previne DSTs.

Coito interrompido: método que consiste em tirar o pênis da vagina antes que a ejaculação ocorra. É um método pouco aconselhável, já que a mínima quantidade de sêmen que porventura entre no canal vaginal pode ser considerada uma possibilidade de fecundação. Esse método não previne DSTs.

2- Métodos de barreira

Como o próprio nome já diz, os métodos desta categoria formam uma barreira entre o sêmen e a vagina, impedindo que o óvulo seja fecundado, mesmo que a relação sexual e a ejaculação ocorram.

Camisinha: preservativo de borracha fina colocado no pênis. É o método mais difundido já que, além de impedir a fecundação, também protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Diafragma: revestimento de borracha colocado antes do colo uterino. Esse método não previne DSTs.

Espermicida: produto químico que diminui a mobilidade dos espermatozoides, impedindo sua chegada no óvulo. Esse método não previne DSTs.

Dispositivo Intrauterino (DIU): dispositivo implantado dentro do útero, que altera as condições desta cavidade, também agindo nas trompas e impedindo que a fecundação encontre um ambiente propício para ocorrer. Esse método não previne DSTs.

3- Método de contracepção hormonal

Este método consiste na ingestão de uma quantidade determinada de hormônios, impedindo assim a ovulação.

Contraceptivos orais: as famosas pílulas, que são encontradas em diversas marcas nas farmácias. Esse método não previne DSTs.

Contraceptivos injetáveis: são injeções com hormônios, aplicadas mensalmente(estrogênios e progesterona) ou a cada trimestre (somente progesterona, com suspensão da menstruação). Esse método não previne DSTs.

Anel vaginal: é um anel flexível, transparente e praticamente incolor, que contém dois hormônios sexuais femininos (estrogênio e progestagênio), que são liberados lentamente dentro da vagina para impedir a gravidez. Esse método não previne DSTs.

Adesivos cutâneos: o método é composto por três adesivos que são colocados durante três semanas consecutivas, com uma semana de descanso. Os hormônios presentes nos adesivos caem na corrente sanguínea, impedindo a ovulação. Esse método não previne DSTs.

4- Método emergencial de contracepção

Também conhecido como “pílula do dia seguinte”, é uma medicação com uma dose hormonal maior que as demais, diminuindo a mobilidade do óvulo e do espermatozoide nas trompas, além de impedir a fixação na cavidade uterina. Esse método não previne DSTs.

5- Método cirúrgico de contracepção

Procedimento cirúrgico voluntário para interromper permanentemente a fertilidade. Esse método é irreversível. Nas mulheres chama-se “laqueadura tubária”, que consiste em cortar um pedaço da trompa, impedindo assim a comunicação do óvulo com o espermatozoide. Nos homens o método é conhecido como “vasectomia”, que consiste em cortar o canal por onde passam os espermatozoides.

Segundo Alessandra, todos os tipos de anticoncepcionais trazem uma carga de hormônios que visam a interrupção momentânea das possibilidades que a mulher tem de engravidar. Como benefícios, tais hormônios fazem a regulamentação do ciclo menstrual, assim como a diminuição das cólicas menstruais e dos sangramentos. Além disso, também reduzem a incidência de câncer de endométrio, ovário e miomatose uterina (formação benigna de nódulos, que podem crescer em vários locais do útero, raramente se transformando num tumor maligno).

“É muito importante que a figura do médico ginecologista esteja presente no momento da escolha do método, para que ele possa guiar a paciente da melhor forma. É aconselhável também que a mulher só pense em iniciar sua vida sexual após a menarca, que é a primeira menstruação, ocorrida por volta dos 11 anos de idade.Antes de menstruar pela primeira vez, o corpo da mulher não está completamente pronto para suportar uma relação sexual, tanto do ponto de vista físico quanto hormonal”, pontua a ginecologista.

Especialista acredita que anticoncepcionais hormonais prejudicam saúde e energia

Por outro lado, na opinião da coach em Saúde Integrativa Melissa Setubal, o uso dos anticoncepcionais hormonais -como pílula, anel vaginal e adesivos cutâneos – interferem no caminho natural do sistema endócrino. Para impedir a ovulação, esses anticoncepcionais fornecem hormônios que diminuem a “conversa” entre a glândula pituitária – que governa as demais glândulas do corpo – e os ovários. Ou seja, durante o uso deste tipo de contraceptivo, a interação entre todas as glândulas do corpo, como tireoide, pâncreas suprarrenais e pituitária fica prejudicada. Além disso, o fígado pode ficar sobrecarregado com o excesso de hormônios femininos, diminuindo sua capacidade de desintoxicar o organismo. As consequências podem ser ganho de peso e inflamação geral do organismo.

“Os hormônios têm influência direta no funcionamento da mente e nas emoções. O exemplo disso é a TPM, que é uma conhecida desarmonia hormonal que causa rompantes de humor, irritabilidade e depressão nas mulheres. E alguns dos efeitos colaterais mais conhecidos dos contraceptivos hormonais são justamente o rompante de humor, a ansiedade e a depressão”, opina Melissa.

Os anticoncepcionais hormonais também podem interferir no fluxo energético. A coach em Saúde Integrativa explica que quando a ovulação é interrompida, é causado um bloqueio energético no Chakra Sacro ou Umbilical, que é ligado aos ovários e é o centro do poder pessoal, autoestima, emoções, sexualidade, fertilidade e capacidade de lidar com a carreira e o dinheiro.

Pílula, anel vaginal e outros métodos hormonais podem diminuir libido

Segundo a fisioterapeuta ginecológica Roberta Struzani, a menstruação é considerada a limpeza do corpo feminino. Sendo assim, quando ela é interrompida, a mulher pode acabar retendo um excesso de emoções e energias nocivas.

“Fisicamente, o corpo se desacostuma a ovular e funcionar de forma natural, dificultando a fecundação quando a mulher decidir ter filhos. O uso regular de métodos contraceptivos hormonais diminui os níveis de testosterona no corpo, com o intuito de inibir a ovulação. E é justamente esse hormônio que afeta a libido, diminuindo o desejo sexual. Uma das formas de evitar todos esses efeitos danosos no corpo é escolher um método contraceptivo não hormonal, como a camisinha, o DIU e o diafragma, considerados menos agressivos ao corpo da mulher”, orienta Roberta.

Uma das formas de evitar todos esses efeitos danosos no corpo é escolher um método contraceptivo não hormonal, como a camisinha, o DIU e o diafragma, considerados menos agressivos ao corpo da mulher

A fisioterapeuta ginecológica também afirma que além da queda na libido, os contraceptivos hormonais desregulam os hormônios naturais da mulher, já que o corpo os produz na dose certa para manter-se saudável. Para normalizar as taxas hormonais, o conselho de Roberta é suspender o uso do hormônio sintético e substitui-lo por outros métodos anticoncepcionais, como a camisinha, por exemplo. Caso isso não seja possível, a especialista aconselha que seja adotada uma alimentação mais saudável e rica em nutrientes, associada a exercícios físicos regulares e à busca pelo autoconhecimento. Trabalhar tanto o lado físico quanto o emocional ajudará o corpo a lidar com a dose extra de hormônio que não foi produzida por ele.

Alimentação adequada ajuda a regular níveis hormonais no corpo

Para quem não deseja abrir mão do uso dos contraceptivos hormonais, Melissa Setubal aconselha adotar uma alimentação balanceada, que pode ser a chave para uma saúde melhor. Segundo ela, alimentos de qualidade servem como matéria-prima para a produção dos hormônios naturais do corpo, aumentando a chance de ter um sistema endócrino harmonizado. Quem usa métodos contraceptivos deve ficar ainda mais atento para nutrir seu corpo, de forma a suprir não só os nutrientes que o organismo necessita, como também a demanda extra de nutrientes que tais medicamentos provocam, como vitaminas do complexo B, magnésio, vitamina C e zinco.

“Uma orientação alimentar básica para proporcionar o equilíbrio dos hormônios é investir em cinco itens básicos nas refeições diárias: folhas verde-escuras; vegetais doces como batata doce, cebola e abóbora; frutas; grãos integrais; e proteínas de alta qualidade e oleaginosas, como castanhas, sementes, abacate e coco. Inclua cada vez mais estes alimentos no cardápio para garantir um processo eficaz de desintoxicação do organismo”, aconselha Melissa.

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