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Diferenças entre Feng Shui Clássico e Moderno

Conheça formas de aplicação e principais distinções entre os métodos

Atualizado em

O Feng Shui (cuja pronúncia é Fôn Chuei) tem ganhado cada vez mais reconhecimento no mundo contemporâneo. Porém, sua história ainda não é muito difundida, assim como as bases do Tradicional Feng Shui, que é usado para sustentar a divulgação mais promocional nos meios de comunicação sobre o Feng Shui Moderno, assim como as diferenças conceituais entre os dois métodos.

Feng Shui Tradicional ou Clássico

O Feng Shui Tradicional desenvolveu-se com a corrente de pensamento chinês chamada Taoísmo, há aproximadamente 3 mil anos, e busca a arte de viver em harmonia com o ambiente. Para o método Clássico do Feng Shui, é imprescindível analisar os fluxos de energia, o Qi. Além disso, para realizar esse estudo e aplicação é necessária a orientação de cálculos matemáticos, a compreensão da Metafísica e da Cosmologia Chinesas, que não se dirigem apenas à construção isolada, mas também ao indivíduo presente neste local.

Existem inúmeros Sistemas e Escolas de Feng Shui, independente da Tradição que for seguida, e que vieram de vários locais da China. Para a abordagem Clássica, os estudos podem ser divididos em duas Tradições na aplicação da técnica: San-He (3 Harmonias) e San Yuan (3 Ciclos).

Tradição San Yuan – É considerada a mais antiga, usa bússola magnética, considera os ciclos energéticos das construções. Se apresentam nessa Tradição 4 Escolas de Feng Shui.

Tradição San He – Baseada mais na análise da paisagem externa que influencia a construção, também usa a bússola magnética para sua análise. Seguem nessa Tradição 3 Escolas de Feng Shui.

Feng Shui Moderno

Já o Feng Shui Moderno, criado na década de 70 pelo mestre Thomas Lin Yun e popularmente conhecido como Escola do Chapéu Preto, usa apenas um método de aplicação, com o uso do diagrama Baguá. Sua forma de análise é a mesma para qualquer edificação, só considerando o local. Este estudo descarta o uso da bússola, não levando em conta as orientações de pontos cardeais e suas estruturas energéticas resultantes na construção e nos indivíduos que vivem no local.

Além disso, o Feng Shui Moderno utiliza vários símbolos orientais chineses para curar ou estimular áreas da casa definidas pela sobreposição do Baguá na planta-baixa, determinando 8 setores relacionados com áreas da vida, chamados: relacionamento, prosperidade, amigos, espiritualidade, trabalho, fama, família e saúde.

Seu método de aplicação é baseado sobretudo na intuição, atua com processos ritualísticos, e enfatiza a importância de consagrações frequentes para que a aplicação realizada continue eficiente.

Algum método é melhor?

Com essa condição, e complementando as proposições de Lin Yun que construiu seu método em bases culturais orientais, é oportuno citar Carl Jung, investigador profundo da cultura chinesa que diz: “(…) Tudo depende do homem e pouco ou nada do método, que representa apenas o modo pelo qual o indivíduo atua nesse caminho que exprime verdadeiramente o seu ser. Caso contrário, o método não passaria de algo construído artificialmente, sem raiz, servido apenas ao autoengano”.

Nesse aspecto, antes de escolhermos um método ou outro, é necessário conhecermos as origens e as diferenças entre os enfoques ancestrais e modernos. E, finalmente, é importante salientar que o estudo do Feng Shui proporciona ao indivíduo seu aprimoramento pessoal e sobretudo compreensão das tendências que podem se manifestar ou não, porém, não a revelia do destino, e sim como reflexo de suas intenções e ações que se constroem mutuamente.

Adriana Di Lima

Adriana Di Lima

Professora e Consultora de Feng Shui e Astrologia Chinesa, agrega a Medicina e a Sabedoria Oriental Chinesa em atendimentos.

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