Dê um fim nos pelos encravados
Depilação e ressecamento da pele podem dar origem ao mal
Um belo dia, eis que ele aparece, sem nenhum aviso prévio e sem ser convidado: o pelo encravado. Mas o aparecimento desse incômodo – também conhecido como foliculite – costuma surgir por quem se submete a algum tipo de depilação. E ao contrário do que muita gente pensa, não são só as mulheres que sofrem com o mal. Os homens também são fortes candidatos, e as áreas mais afetadas costumam ser o tórax e a barba.
Nas mulheres, os pelos encravados costumam aparecer em mais regiões, como axila, virilha e pernas. Nessas áreas, os pelos ficam mais enfraquecidos pela depilação e não conseguem quebrar a pele para sair. Isso deixa as portas abertas para que as bactérias se infiltrem no folículo piloso, região onde o pelo nasce. Também pode dar origem à inflamação e ao surgimento das indesejáveis bolinhas na pele.
Por que tenho pelos encravados?
Os pelos tornam-se encravados quando crescem através da região que foi depilada, e não por meio do folículo piloso. Ou seja, os pelos que crescem, mas não conseguem passar pela pele, dão origem a pápulas avermelhadas (pequenas elevações da pele), que são os chamados pelos encravados. Quando os pelos são raspados, depilados ou arrancados de maneira indevida, criam uma porta de entrada para bactérias. Outra razão para o aparecimento dos pelos encravados é falta de hidratação da região ou a própria espessura da pele.
É possível aplicar uma receita caseira antes e depois da depilação, para hidratar e afinar a pele, favorecendo o crescimento correto dos pelos
Sendo assim, o que sempre deve ser feito para minimizar este tipo de problema é a hidratação do local. Além disso, o ideal é que se faça ao menos uma vez ao mês uma esfoliação na pele, com a finalidade de desobstruir os poros. É possível aplicar uma receita caseira antes e depois da depilação, para hidratar e afinar a pele, favorecendo o crescimento correto dos pelos. Basta misturar uma colhe de café de açúcar e a mesma quantidade de óleo de amêndoas. Depois, aplique na região desejada.
Também existem cremes específicos para esta finalidade, o que reduz consideravelmente o aparecimento deste tipo de desconforto, como os antissépticos tópicos e as pomadas. Há também quem retire os pelos com pinças. Mas caso opte por este recurso, aplique no local um gel a base de Aloe Vera, por ter propriedade antisséptica.
Formas de depilação
O ideal é consultar um dermatologista para saber, de forma orientada, a maneira correta de extração dos pelos. Por exemplo, o método de depilação com lâmina é o mais barato de todos. No entanto, somente corta o pelo e não o elimina desde a raiz. A pessoa deve ter o cuidado de não usar a mesma lâmina por muito tempo, pois isso aumenta o risco de infecção.
A cera quente ou fria enfraquece o bulbo e deixa os pelos mais finos. Isso faz com que o pelo tenha dificuldade de “abrir caminho” para crescer e se enrole dentro da pele, dando origem à foliculite. Mas se você não abre mão da depilação, experimente fazer uma esfoliação na pele três dias antes, para deixá-la mais fina. Depois, mantenha a esfoliação durante uma vez por semana.
Já a depilação a laser tem um custo mais oneroso, mas elimina definitivamente o pelo e é a cura para a foliculite crônica. Ele também estimula o colágeno da pele, deixando-a mais lisa e macia. Mas vale lembrar que quem faz uso desta técnica não pode se expor ao sol por 15 dias pelo menos.
Mas vale lembrar que é importante procurar orientação de um dermatologista, pois a região inflamada às vezes requer uso de antibióticos ou outros tratamentos.
Médica dermatologista, participou da equipe da primeira temporada do programa "10 Anos Mais Jovem", do SBT. Co-autora do livro Cosmiatria em Dermatologia, mantém consultório em São Paulo e colabora no Ambulatório de Laser da Faculdade de Medicina do ABC,
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