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Scrapbooking – hobby ou terapia?

Fazer arte usando fotos estimula a criatividade e o autoconhecimento

Atualizado em

Quem não gosta de guardar recordações dos momentos preciosos da vida? Pode ser o nascimento de um filho, o casamento tão planejado, o encontro com amigas queridas, as férias tão sonhadas… Não importa. As memórias podem ser eternizadas em álbuns de fotografia personalizados. Trata-se da arte do scrapbooking, que virou febre no Brasil.

Scrapbooking é um projeto artesanal para montagem de álbuns de fotos, com materiais como papéis decorados, arames, desenhos, colagens, adesivos, etiquetas e o que mais a imaginação permitir! A graça é brincar com materiais, criando mecanismos que liberem a imaginação e a criatividade.

Além de agregar prazer na vida dos praticantes do scrapbooking, a arte também é considerada um mecanismo terapêutico por muitos psicólogos. Isso ocorre porque durante o processo criativo, muitas memórias vêm à tona, o que gera uma análise das questões envolvendo aquela lembrança. Embasada na medicina e nas artes, a arteterapia é uma ciência que visa analisar e elaborar meios de cura ou diminuição de sintomas através do uso da arte como forma de expressão de conflitos, traumas, medos, entre outros. Para a psicológa, psicopedagoga e arteterapeuta, Daniele Dornelles, o mais importante na arterapia é o processo de criação em si e não propriamente a sua produção. O scrapbooking, se utilizado em arteterapia, estimula a criatividade e o autoconhecimento, proporcionando a cada sujeito a oportunidade de criar seu álbum de memórias, indo de encontro a sua subjetividade.

“O desenvolvimento da criatividade é especialmente benéfico para os indivíduos, pois vem carregado de autorrealização e iniciativa. É no processo criativo que conseguimos dar forma ao que imaginamos e pensamos, fazendo com que nossas potencialidades e capacidades sejam descobertas”, afirma Daniele.

Outra forma de desenvolvimento do potencial criativo também ocorre por causa dos “Crops”, encontros para pessoas interessadas no assunto. Trata-se de uma reunião informal entre amigos que apreciam a arte, com direito a lanchinhos, papos divertidos e muita troca de papel, tesoura e enfeites para os projetos!

Desta forma, o scrapbooking une a criatividade com o desenvolvimento do ser, trazendo inúmeros benefícios para quem o pratica. O que você está esperando para começar?

Dicas para quem quer começar

Sugestões da scrapper Ana Lemos, responsável pela empresa de scrapbooking “Scrap By Ana” ( http://www.scrapbyana.com.br ):

A melhor maneira de começar seu primeiro álbum de scrapbook é com o seu último filme de fotos; sua memória ainda está bem fresca sobre os eventos dessas fotos. A medida em que você for criando mais intimidade com scrapbooking, você vai poder trabalhar na preservação de fotos e memórias mais antigas.

Confira a seguir as ferramentas necessárias para começar a fazer suas primeiras páginas de álbuns decorados:

  • Estilete (ou X-Acto Knife) – muito usado para cortar o papel sobre a placa de corte.
  • Régua de Metal – essencial para ser usada com o estilete, de forma a conseguir um corte preciso. As com cortiça embaixo são melhores, evitam o deslize da régua sobre o papel.
  • Placa de corte (cutting mat) – protege sua mesa de trabalho, assim como seu material e ferramentas (principalmente o estilete). As placas de corte possuem marcações para facilitar nas medições. Uma opção mais econômica (e temporária) para quem está começando pode ser uma “tábua de carne” de plástico(nova).
  • Lápis – de ponta macia, de preferência no. 2 (que não “raspa” o papel), para traçar linhas guias ou grades para o corte ou posicionamento.
  • Borracha macia – para apagar as linhas guias sem deixar manchas no papel.
  • Caneta (tinta de pigmento, tipo nanquin, acid-free, archival-quality) – para escrever histórias e curiosidades por trás das fotos e ocasiões. Além de servir para escrever, você poderá usá-la para retocar os enfeites de sua página.
  • Tesoura regular – usada para cortar o papel em formatos simples. A melhor forma de usar a tesoura é manter a mão que segura a tesoura parada, enquanto que a outra mão move o papel, para conseguir cortes mais suaves.
  • Tesoura pequena (ou de ponta fina) – usada para cortar papel em formatos com muitas curvas e pontas. Use a ponta desta tesoura para retocar pequenos detalhes.
  • Cola adesiva – desde que seja sem acidez (archival-quality), qualquer opção serve.
  • Papel sem acidez e lígnia (acid/lignin-free) – para não estragar suas fotos com o passar do tempo.
Rachel Lopes

Rachel Lopes

Rachel Lopes é chef de cozinha e possui descendência céltica portuguesa. Atua como terapeuta em Homeopatia, Cura Céltica, Sistemas Florais, Reiki, Frequências e Sistema Arcturiano de Cura Multidimensional, no Rio de Janeiro e em consultas online. Agendamentos por e-mail. Saiba mais: www.cozinhadojardim.com

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