- Por Equipe Personare
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O que está por trás da mente de um abusador sexual infantil
Segundo especialistas, agressor possui criança interior machucada e sociedade pouco colabora para fim dos abusos
Segundo especialistas, agressor possui criança interior machucada e sociedade pouco colabora para fim dos abusos

Qualquer tipo de abuso sexual já é alarmante por si só. Contudo, assusta ainda mais saber que 70% das vítimas de estupro no Brasil são menores de idade, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Nesses casos, a indignação é consenso entre a maioria das pessoas e todas as medidas são focadas na proteção da vítima. Alguém, no entanto, já se perguntou como ajudar a diminuir o número de casos de abuso, levando em consideração a figura do agressor?
Orientar as crianças e os adolescentes para que eles não permitam que ninguém (além das figuras de cuidado) toque em seu corpo, incentivá-los a contar sempre o que fizeram durante o dia, não duvidar de seus relatos e procurar conhecer ou estabelecer contato com todos os adultos que convivem com os pequenos são conselhos básicos aos pais e responsáveis. No entanto, será que isso é o suficiente para colaborar com a mudança desse cenário?
O perfil do abusador
Para o agressor falta conexão: com a vítima e, principalmente, consigo mesmo
Abusador de menores possui uma criança interior machucada
O mundo é vítima e algoz ao mesmo tempo
Como acabar com os abusos?
Os caminhos do tratamento para vítima e agressor
É fundamental que tanto a vítima quanto o agressor recebam algum tipo de apoio profissional. A psicoterapeuta holística Celia Lima aconselha que ambos participem de sessões de psicoterapia individualmente ou em grupo. No caso do abusador, com portadores da mesma compulsão. E, no caso das vítimas, com pessoas que sofreram as mesmas agressões. Segundo ela, o apoio psiquiátrico ao agente do abuso também se faz necessário, pois alguns medicamentos podem ajudar, e recomenda o mesmo às vítimas, caso comecem a apresentar um quadro depressivo, ansioso ou desenvolver síndrome do pânico, por exemplo, em função da experiência traumática.
“A escolha do profissional em ambos os casos deve ser criteriosa, este precisa ser especializado no assunto e, usualmente, a família da vítima precisa se envolver no processo, tanto para amparar a vítima como para ser orientada sobre como proceder na dinâmica familiar”, alerta a psicoterapeuta.
Celia Lima também lembra que algumas delegacias de mulher podem indicar centros especializados no assunto, bem como entidades religiosas que já tratam de outros temas como alcoolismo, dependência química, compulsão alimentar, compulsão sexual. O acolhimento é tanto para os abusadores que desejam se tratar quanto para as vítimas. “Entidades Religiosas cedem o espaço para esses encontros, especialmente igrejas católicas, no programa dos 12 passos. Os integrantes responsáveis são geralmente compulsivos em recuperação e contam com o apoio de profissionais em psicologia e assistência social”.
Meditação para o perdão
Se ao ler este texto você se percebeu imerso em um sentimento de desconforto, como raiva, medo ou angústia, Ceci Akamatsu sugere que experimente começar a trabalhar a energia do perdão, por meio da Meditação Guiada que ela disponibiliza abaixo.
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