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Não gosto do Natal, e agora?

Dicas para se permitir experimentar esse dia de forma diferente

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Natal é uma delícia para muitos, mas existem pessoas que não ficam confortáveis durante essa festividade ou mesmo por causa dela. E as razões para não gostar são inúmeras.

Para muitos o Natal deixou de ser uma data feliz porque é carregado de recordações indigestas, tristes, ou porque algumas pessoas queridas não estão mais presentes. Para outras só representa consumo, trânsito intenso, cidade caótica. Para outros reflete hipocrisia e falsidade, sorrisos forçados e comilança sem fim.

Tanto faz o motivo para não apreciar essa data. O fato é que muita gente não gosta mesmo do Natal e acaba se forçando a comemorar como se não tivesse permissão para deixar “passar batido”.

O fato é que muita gente não gosta mesmo do Natal e acaba se forçando a comemorar como se não tivesse permissão para deixar “passar batido”.

Ao invés de curtir a reunião em família, o Natal pode representar um tormento: na casa de quem vamos para a ceia? E o almoço do dia vinte e cinco, onde será? Quem vai levar o que? Vai ter brincadeira de amigo oculto ou vamos comprar presentes para todo mundo?

Vovós já idosas insistem em ir para o fogão, netos adolescentes acham tudo um “mico”. Sempre tem alguém que fica chateado porque “a ceia este ano poderia ter sido em casa” e, no fim das contas, a data serve também para que as mágoas aflorem e as cobranças e indiretas se misturem às nozes e ao peru assado.

Como fazer para não participar dessas comemorações sem culpa?

A culpa existe porque podemos desapontar a família, a mesma que faz com que ano após ano o Natal se torne quase insuportável… e, ainda assim, “inevitável”. Em certos casos não adianta querer tapar o sol com a peneira: você pode ser aquele peixe fora d?água que não compactua com coisas que não brotam do coração mas deixa que aconteçam apenas para não fugir à regra, não é?

Em primeiro lugar, pense que você tem o direito de não gostar do Natal. E tem o direito de viver esse dia da forma como lhe for mais confortável. Você pode fazer isso de forma branda e aqui vão algumas sugestões:

  1. Fale com a pessoa mais importante para você sobre seus sentimentos com relação a essa data. Pode ser sua mãe, pai, um irmão, avó ou um tio.
  2. Diga calmamente o quanto seria libertador para você poder se desvincular dessa “obrigação” cultural e familiar.
  3. Declare o quanto foi difícil tocar nesse assunto por receio de ser mal interpretado, afirme que é uma questão pessoal.
  4. Peça o apoio e compreensão dessa pessoa especial.
  5. E, finalmente, comunique ao resto da família que você precisa experimentar passar o Natal de um jeito diferente.

Permita-se renovar

Claro que cada família tem sua dinâmica própria e seu jeito de lidar com novidades. Você pode não ser acolhido em sua decisão, mas também pode se surpreender.

Num ou noutro caso, o que importa é que você se permita renovar. Renovação, afinal de contas, é também parte do espírito de Natal!

Na verdade você pode se sentir movido a passar esse dia de forma diferente apenas porque deseja experimentar. Não é preciso não gostar do Natal para querer vivê-lo ao seu estilo, ainda que seja agradável comemorar em família.

Aproveite sua decisão para olhar para você mesmo e ver como se sente quebrando um padrão, uma rotina de vida inteira. E poderá perceber que pode fazer o mesmo em muitos outros setores de sua vida.

Não tem tanta importância assim não gostar do Natal, se for esse o seu caso. O que importa é que você descubra e assuma as coisas de que não gosta – e as que gosta em sua vida.

Celia Lima

Celia Lima

Psicoterapeuta Holística, utiliza florais e técnicas da psicossíntese como apoio ao processo terapêutico. Presta atendimento também por meio de terapia breve com encontros semanais, propondo uma análise lúcida e realista de questões pontuais propostas pelo cliente objetivando resultados de curto/médio prazo.

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