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O que há por trás da traição

Conheça a história de Mara, do livro "Para que o amor aconteça"

Atualizado em

Quem nunca viveu uma traição ou conhece alguém que já passou por isso? Para Mara, de 38 anos, lidar com a infidelidade do marido não foi tarefa fácil. Na entrevista abaixo ela abre o coração e fala sobre a dor de ser traída. A autora da história “Um amor que não foi para sempre…” reconhece que precisou mergulhar no sofrimento para encontrar seu próprio caminho, rumo à felicidade.

Personare: Quando você percebeu que seu relacionamento tinha acabado e não valia mais a pena investir nele?

Mara – Com o passar do tempo, não encontrava mais o mesmo homem de antes, não era o homem que eu amava que estava ali. As mudanças não eram compatíveis a um relacionamento saudável. Insistir na relação seria privá-lo de viver algo que o faria feliz naquele momento. E a confiança entre nós foi quebrada e não teria mais volta. Além disso, o amor dele por mim não existia mais, ou seja, nada mais era suficiente para manter o relacionamento.

O que você faria de diferente na sua história de amor?

M – Nada. Eu pensava diferente e era feliz com o amor que vivia. Pode ser que eu talvez fosse impaciente e criasse expectativas de algumas possíveis mudanças, mas amava minha relação, mesmo que estas mudanças não acontecessem.

Como você conseguiu lidar com a dor de ser traída?

M – Quando penso no que aconteceu e lembro da dor que senti, comparo com uma sensação de morte. Descobrir que tudo que eu acreditava não tinha sido de verdade o tempo todo me obrigou a reavaliar questões definidas, por mim, como sólidas. Precisei mergulhar na dor de saber que não era mais amada, enfrentar meu ego e procurar entender que o amor com meu ex-marido acabou e que ele tinha o direito de ser feliz com a pessoa que estava amando no momento. A principio, para suportar a dor, usei a esperança de uma possível volta e acreditei que o amor estava apenas ausente. Depois comecei a trabalhar meu ego ferido.

Você diz que todo amor que não foi vivido é sempre o que pensamos ser o maior e verdadeiro amor de nossas vidas. Você ainda acredita que é possível encontrar a felicidade no amor, mesmo depois de um término doloroso?

M – Hoje penso um pouco diferente. O amor anda junto com a felicidade, quando o casal tem consciência que a rotina naturalmente chega com o tempo de convivência. Existe uma euforia física nos primeiros anos de relacionamento, mas acho que isso tende a diminuir. Acredito na felicidade de um relacionamento vivido por amor e que tudo pode se transformar, inclusive esse amor. Felicidade é saber viver todas as fases deste sentimento.

É comum, quando a gente vive uma situação difícil, ter dificuldades para falar sobre aquela situação. Isso também acontecia com você? Explique melhor.

M – Não tenho dificuldade de falar sobre as situações difíceis. Normalmente evito falar enquanto estou vivendo tais situações, para não escutar conselhos e cobranças baseadas nas experiências que cada um vive ou viveu em um determinado momento. Embora algumas histórias sejam parecidas, o final delas depende da escolha de cada um. Posso não quer o mesmo resultado que o meu ouvinte considera ideal, então preciso saber o que eu quero, as consequências de cada decisão e depois assumi-las sem culpa. Depois das decisões tomadas, falo das situações sem medos e segura que não serei mais influenciada.

Você acha que compartilhar sua história no Fórum a ajudou a entender melhor ou até superar os momentos difíceis que viveu? Fale sobre os benefícios que o Fórum trouxe.

M – Escrever no Fórum foi um presente inesperado, que recebi quando tudo já tinha chegado ao fim. O significado de participar contando minha história foi o de compartilhar que, depois todo sofrimento vivido, entendi que o amor não seria para sempre como antes acreditava ser. Ler os comentários na minha história me emocionam ao perceber que muitas pessoas ainda sofrem porque não acreditam que também conseguem se libertar e ser feliz como eu consegui.

Psicólogos acreditam que escrever ajuda as pessoas a se conhecerem melhor. Quais descobertas valiosas sobre si mesma a escrita proporcionou?

M – Escrevo depois de pensar muito sobre determinados assuntos e chegar a conclusões que me fizeram sentir segurança. Com a escrita descobri o quanto sou capaz de mudar e de me abrir para o novo. Gosto de escrever para registrar o que aprendo com as reflexões das experiências vividas por mim ou por outras pessoas.

Eu consegui superar entre dúvidas, lágrimas, medo, reflexão e depois certezas, que a vida é uma história para ser vivida em capítulos e que cada personagem precisa fazer o seu melhor para alcançar o caminho da felicidade. Muitas vezes pode ser preciso confiar que enquanto houver vida haverá chance de novos acontecimentos, sejam eles de resultados felizes para sempre ou não.

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