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Vaporização do útero trata problemas físicos e emocionais

Técnica reduz dores, melhora lubrificação vaginal, aumenta fertilidade e mais

Atualizado em

A vaporização do útero é uma tradição milenar que consiste em expor a vagina a um vapor de água quente, fervida com ervas medicinais. Esta técnica atua com os benefícios fisiológicos do calor, da umidade e, principalmente, das propriedades medicinais de cada erva. Os benefícios são muitos, como você pode encontrar em detalhes abaixo.

Alguns deles são: aumento da fertilidade, melhora da lubrificação vaginal; redução de dores; limpeza de memórias negativas que ficam registradas no útero, como aborto ou traumas sexuais; etc.

O calor emitido pela vaporização também proporciona vasodilatação local, que aumenta a absorção local e hidrata a região da vagina e do útero, o que é ótimo para a saúde íntima feminina. A vaporização tem efeito fisiológico, portanto, basta fazer o vapor subir até a vagina para os efeitos serem sentidos. Como a mucosa vaginal é fina e bem sensível, ela absorve facilmente as propriedades das ervas que caem na corrente sanguínea e atuam em todo corpo.

Benefícios da vaporização do útero

  • Reduz dores, desconfortos e inchaços, causados pela exaustão pós-menstruação, pós-relação sexual, pós-parto ou até cirurgias ginecológicas.
  • Ameniza sintomas da menopausa.
  • Ameniza a secura da vagina, por causa do vapor, revitalizando e nutrindo o tecido desta região. Isso ainda faz com que a glândula vaginal trabalhe melhor, produzindo mais lubrificação.
  • Beneficia o sistema reprodutor, pois o calor faz com que ele trabalhe melhor. Por isso, tende a aumentar a fertilidade.
  • Hidrata toda mucosa, suavizando os tecidos da vagina e do útero, além de aumentar a vitalidade, a nutrição e a vibração do corpo.
  • Aumenta o potencial criativo da mulher.
  • É coadjuvante no tratamento de mioma, cistos de ovário, endometriose, entre outros problemas dessa região.
  • Desintoxica o útero e a vagina.
  • Limpa o desconforto e as memórias ruins vividas pela mulher, como aborto ou traumas sexuais, já que é no útero e no canal vaginal que se instalam essas experiências. Reconecta a mulher com sua essência e a conforta em sua vulnerabilidade.
  • Depois da relação sexual, o vapor relaxa a musculatura pélvica, eliminando qualquer tipo de desconforto, dor ou tensão.
  • Torna o sangue mais claro e fluído. Vale reforçar que nosso sangue não deve ser espesso e com coágulos. Se isso acontece com você, é um indício de má circulação energética local, útero com contrações fracas (pouco tônus muscular) e muitas memórias celulares locais (que sobrecarregam o órgão).
  • Ajuda na cicatrização pós-cirurgia pélvica ou histerectomia, e também funciona como calmante local.

Contraindicações

A vaporização não pode ser feita nas condições abaixo:

  • Durante a menstruação ou qualquer tipo de sangramento.
  • Infecções vaginais ou feridas abertas.
  • Na gestação.
  • Caso haja qualquer outra alteração do corpo específica que contraindique contato com calor ou vapor.

Como fazer a vaporização do útero

Escolha as ervas indicadas para seu caso (veja algumas sugestões de ervas logo abaixo) e jogue-as em um balde. Depois, despeje uma panela de água fervida por cima. Posicione o balde entre suas pernas – é importante que esteja nua da cintura para baixo ou de saia e sem calcinha.

Cubra-se com um cobertor para concentrar o vapor. Se conseguir adaptar o “assento” do balde, de modo que consiga ficar sentada nele, é ainda melhor, pois facilita a chegada do vapor até a vulva. Se não conseguir, mantenha-se em pé mesmo.

Importante: o ideal é usar até cinco ervas diferentes em cada vaporização. Mais do que isso, o tratamento perde a eficácia. Você também pode, em uma mesma vaporização, misturar ervas que oferecem diferentes benefícios, para tratamentos de problemas distintos.

Técnica terapêutica de vaporização

Basta fazer o vapor subir até a vagina para sentir os efeitos da vaporização do útero. No entanto, ensino abaixo uma técnica para tornar esse momento mais terapêutico e eficaz.

Escolha fazer a vaporização em um lugar aconchegante. Acenda um incenso ou utilize um óleo essencial (veja aqui algumas sugestões de Aromaterapia) que favoreça o momento. Você também pode colocar uma música relaxante, velas ou o que sua imaginação mandar. Proporcione o cenário mais apropriado para que consiga relaxar profundamente e se entregar amis ao momento.

Reconecte-se consigo mesma de acordo com suas crenças, concentre-se na sua cura e nos benefícios que pretende alcançar.

Vá meditando enquanto sente o vapor subir, contraia sua vagina como se “sugasse” o calor e depois relaxe. Faça esse movimento sucessivamente, enquanto for confortável para você, sem que fique fatigada. Permita-se encontrar um ritmo perfeito com as contrações da vagina juntamente com sua respiração. Isso proporcionará um nível alterado de consciência, o que facilita a compreensão de alguns aspectos que você pode estar guardando no útero, ou até mesmo proporcionar um nível mais profundo de tratamento.

Frequência de uso

Após fazer a vaporização uma única vez já é possível observar algumas respostas do corpo.

Após fazer a vaporização uma única vez já é possível observar algumas respostas do corpo.

No entanto, quanto maior a frequência de uso, maiores os resultados obtidos. Alguns casos, por exemplo, exigem uma frequência maior do que outros, ou até mesmo como medida de prevenção. Abaixo, sugiro algumas frequências de uso, dependendo do problema. Mas o ideal é que consulte um especialista em saúde íntima feminina para avaliar o número ideal de vezes para que você realize a técnica.

Grande parte das minhas pacientes faz a vaporização uma vez por semana, quando vêm ao meu consultório. Já em alguns casos eu indico que deem continuidade em casa, além de fazer na consulta. Em suma, algumas fazem a vaporização cinco vezes por semana durante um mês inteiro, outras três vezes na semana, e ainda há aquelas que fazem apenas de uma a três vezes no mês na fase pré-menstruação.

O que costuma acontecer com quem experimenta a vaporização é que, após observar os resultados e experimentar a sensação trazida pela vaporização, a mulher adote essa técnica para o resto da vida.

Quais ervas usar?

Para problemas menstruais

faça de uma a três vaporizações no período pré-menstrual, todo mês, até regularizar os sintomas que está querendo tratar. Ervas indicadas: agripalma, artemisia, manjericão, alecrim, calêndula e camomila.

Para TPM

faça de uma a três vaporizações no período pré-menstrual, todo mês, até regularizar os sintomas que está querendo se tratar. Ervas indicadas: artemisia, orégano, folhas de framboesa e pétalas de rosa vermelha.

Para amenizar sintomas da menopausa

faça a vaporização de acordo com sua necessidade. Ervas indicadas: manjericão, folhas de framboesa, malva branca, sálvia e camomila.

Para aumentar a fertilidade

faça a vaporização na fase pré-ovular e ovular (aprenda aqui a perceber essas fases, por meio de seu corrimento vaginal). Ervas indicadas: alecrim, artemisia, calêndula, camomila, pétalas de rosa vermelha e lavanda.

Pós-aborto

a vaporização só deve ser feita após sanar o sangramento provocado pelo aborto. A frequência pode ser de acordo com os sintomas, sejam eles físicos ou emocionais, enquanto houver alívio com o uso da técnica, usando cerca de uma a três vezes por semana. Ervas indicadas: artemisia, orégano, calêndula e lavanda.

Pós-parto

no caso de cesárea, a vaporização só pode ser feita após sanar o sangramento provocado pela cirurgia. Em caso de parto normal ou natural, pode-se iniciar imediatamente. Ervas indicadas: orégano, alecrim, mil- folhas, confrei, calêndula e mil- folhas.

Propriedades das ervas

Agripalma

Ótimo para cólicas menstruais e fadiga da musculatura vaginal e do útero. Também ajuda em todo relaxamento vaginal.

Artemisia

Auxilia na normalização do fluxo menstrual, além de ser antifúngica e antibacteriana.

Alecrim

Aumenta a circulação sanguínea para os órgãos reprodutores, facilitando a fertilidade.

Manjericão

É um estimulante uterino, o que pode acelerar a menstruação atrasada e estimular a atividade uterina em casos que a menstruação é desregulada, ajudando-a a vir mais próxima do ciclo normal.

Calêndula

Tem propriedades de limpeza, cicatrização e é anti-inflamatória.

Camomila

Funciona como calmante para os tecidos vaginais.

Orégano

É calmante e ativa circulação

Folhas de framboesa

Fortalece, tonifica e relaxa o útero e os músculos pélvicos.

Pétalas de Rosa Vermelha

Proporciona amor, gentileza e resfriamento quando existe uma inflamação ou qualquer processo agudo que precise ser amenizado.

Também atua como tranquilizante emocional para o útero e é adstringente dos tecidos e órgãos genitais, ou seja, além de deixar a vagina mais “apertadinha” para aumentar o prazer, também ajuda a fechar qualquer ferida nesta região.

Malva branca

Melhora a secura vaginal, deixando o local mais lubrificado.

Sálvia

É adstringente e também proporciona uma limpeza espiritual.

Lavanda

É antisséptica, antiespasmódica, sedativa e relaxante.

Mil folhas

Possui propriedade adstringente, antibacteriana e de limpeza.

Teste: A saúde de sua musculatura vaginal

A vaporização do útero também pode ser usada em conjunto com o pompoarismo, como técnica de relaxamento, caso sua musculatura do assoalho pélvico se encontre tensa e precise relaxar. Avalie, neste teste, a saúde de sua musculatura vaginal.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica. Realiza atendimentos presenciais e online focados no autoconhecimento, na elevação da autoestima e na saúde do aparelho reprodutor feminino. Sua principal ferramenta de trabalho é o Pompoarismo.

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