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Queda de cabelo: mitos e verdades

Conheça causas da calvície, além de formas de tratamento e prevenção

Atualizado em

Um dos mitos mais comuns sobre a calvície é que o problema só acomete homens. Mas mesmo sendo mais comum entre a ala masculina, a calvície – caracterizada pela gradual e progressiva perda dos fios de cabelo – também pode se manifestar em mulheres e até mesmo nas crianças.

De acordo com o tricologista capilar e diretor do Instituto do Cabelo, Drº Luciano Barsanti, também é falsa a ideia de que pessoas com mãe ou pai calvo possuem mais chances de manifestar o problema. Ele ainda afirma que a queda de cabelos pode ser prevenida e tratada, ao contrário do que muitos imaginam.

“Nos dias de hoje, a tricologia – ciência médica direcionada para diagnóstico e tratamento dos problemas dos cabelos e do couro cabeludo – dispõe de recursos de última geração, chamados de não-invasivos, para um diagnóstico precoce e preciso do problema, podendo direcionar o tratamento adequado para cada caso”, explica o tricologista.

Descubra abaixo as causas da calvície em homens e mulheres, formas de tratar o distúrbio e como evitá-lo.

Calvície nos homens pode ser genética

Segundo o tricologista Luciano Barsanti, o motivo para o distúrbio nos homens varia. A genética é a mais ameaçadora e pode se manifestar de duas maneiras diferentes: na primeira, o gene provoca a queda permanente do cabelo e, na outra, ele estimula o excesso de oleosidade no couro cabeludo, que também acaba causando a perda dos fios. Outro fator que agrava a condição é a própria testosterona, hormônio produzido pelo organismo, que influencia na velocidade de multiplicação das células da raiz, responsáveis pelo crescimento dos fios. Consequentemente, o cabelo acaba ficando mais fino e seu crescimento, mais lento.

O sintoma principal da calvície, além da queda excessiva dos fios, é o surgimento das famosas “entradas” na parte da frente da cabeça. Depois, a queda evolui para o centro da cabeça, deixando apenas o cabelo das áreas laterais. Isso acontece porque os fatores relacionados à genética não abrangem esses espaços laterais do couro cabeludo. E é justamente a partir dessa característica que dermatologistas e cirurgiões plásticos fazem a cirurgia de implante capilar. “O cabelo é retirado da parte posterior da cabeça e implantado na área sem os fios. Cerca de 50% dos homens manifestam sintomas da calvície genética por volta dos 15 anos. Depois dos 40 anos, este número sobe para 90%”, pontua o tricologista.

O problema pode se agravar ainda mais nos homens que têm o costume de usar bonés ou chapéus com frequência. Nesses casos, o cabelo fica sufocado e a temperatura no couro cabeludo aumenta, estimulando a oleosidade que, por sua vez, ajuda na queda dos fios.

Estresse pode provocar queda de cabelo em mulheres e crianças

Já nas mulheres, os fatores hormonais – como ovário policístico e alterações na glândula da tireoide – são os maiores vilões. Porém, outro motivo bem comum no dia a dia tem se destacado: o estresse. Mulheres expostas à grande tensão emocional costumam produzir mais oleosidade no couro cabeludo por conta da alteração hormonal que sofrem durante o estresse, favorecendo a queda do cabelo. “Nas mulheres, o número de casos envolvendo a calvície chega a 25%, fazendo com que uma em quatro mulheres desenvolva o problema ao longo da vida. A idade mais frequente para o começo do distúrbio é entre 22 e 26 anos”, explica Luciano.

Outro fator que contribui para a queda de cabelo feminino é o conjunto de hábitos estéticos que muitas praticam frequentemente, como dietas rigorosas e procedimentos químicos para modificar os fios. Sem uma dieta balanceada, a carência nutritiva e a anemia provocam o enfraquecimento da estrutura capilar, acarretando no aumento da queda.

Segundo o tricologista, muitos dos hábitos de beleza que expõem os fios às altas temperaturas também contribuem para o acúmulo de gordura no couro cabeludo, produzido pelo excesso de oleosidade. A escova, por exemplo, pode ser prejudicial para as madeixas se for feita todos os dias. Procedimentos químicos que, além do calor, também abusam de substâncias químicas, como tinturas e alisamentos, são outro risco para a saúde do cabelo, já que podem provocar lesões irreversíveis, tanto nos fios quanto no próprio couro cabeludo.

No caso das crianças, a calvície pode começar a se manifestar por conta de problemas nutricionais, como falta de vitaminas, proteínas e nutrientes essenciais durante o crescimento. Outra causa pode ser a depressão e o mesmo estresse diário que provoca o distúrbio nas mulheres. Porém, a “alopecia reata” – que é caracterizada por áreas isoladas sem cabelo – é a mais comum em crianças e decorre de altas doses de tensão emocional.

Calvície tem cura. E alimentação saudável previne problema

Luciano Barsanti afirma que a melhor maneira de prevenir a calvície, tanto nos homens quanto nas mulheres, é sempre procurar um médico de confiança logo nos primeiros sinais de queda acentuada e anormal, como excesso de fios no ralo do chuveiro, na roupa ou no travesseiro após o sono.

“A tecnologia diagnóstica, como o scanner de couro cabeludo que aumenta em até 8 mil vezes a imagem do couro cabeludo, permite determinar com exatidão a causa do problema e a melhor forma de tratá-lo. A utilização de equipamentos de terapia capilar, como a ionização do couro cabeludo, o estímulo elétrico do bulbo capilar e o laser, também são de extrema eficácia no controle e reversão da maioria dos casos de calvície”, garante o tricologista.

Porém, para prevenir a calvície, é fundamental que a pessoa tenha uma alimentação saudável, com altos índices de proteínas, vitaminas do complexo B e sais minerais como o ferro e o zinco. “Beber água, não fumar, fazer exercícios e adotar procedimentos para aliviar o estresse também são maneiras de manter a queda dos fios controlada”, aconselha o especialista.

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