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O que fazer quando o relacionamento esfria?

Acabe com a monotonia reaprendendo a compartilhar seus sentimentos

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Quando nos apaixonamos, nos sentimos adentrando um mundo novo, cheio de novidades. Queremos experimentar tudo, aproveitando cada novidade, cada momento ao lado daquele outro ser humano.

Pois, misteriosos e imprevisíveis, estes novos parceiros vão sendo descobertos, analisados, catalogados em nossa mente e nossa vida começa a se ajustar de forma que nossas individualidades convivam harmoniosamente.

Desse modo, concessões são feitas, assim como acordos, discussões e planejamentos. É assim que aquela maré de emoção e paixão passa, deixando a suavidade do amor, da confiança e do respeito mútuos.

Isso é muito bom até certo ponto, porque, curiosamente, acontece uma coisa estranha com grande parte dos casais: eles começam a perder energia, a se tornar monótonos, previsíveis e sem graça. Parece que chega um momento em que não há mais nada a falar.

Parece que chega um momento em que não há mais nada a falar.

Esta situação se dá quando começamos a nos acostumar tanto com a outra pessoa, que caímos no costumeiro erro de acreditar que a entendemos completamente, que sabemos exatamente como ela é, o que pensa, o que sente.

Assim, munidos desta sensação, não a observamos mais com atenção, não percebemos suas nuances, suas mudanças e o que está de fato nos dizendo. Simplesmente paramos de nos comunicar com ela.

Isso decorre porque, pela força da convivência e, como consequência de nossa entrega inicial, acabamos perdendo muito da nossa individualidade, com o fim de nos ajustarmos à relação.

Paramos de fazer certas coisas que eram nosso costume quando estávamos sozinhos, deixamos de ver algumas pessoas queridas.

Nosso tempo livre acaba sendo direcionado para as atividades do casal, que no momento é nossa prioridade. Enfim, paramos de pensar em termos de “eu” para pensar em “nós”.

E este “nós” pode se tornar extremamente nocivo, pois perdemos a noção de como é bom estarmos sozinhos, de que no nosso silêncio e nas nossas atividades individuais, crescemos como pessoas.

Sem isso, vamos morrendo por dentro até chegar ao instante em que nada mais temos a acrescentar ao outro. Afinal, ele vê tudo, sabe de tudo. O mistério se foi. Mesmo que você mude, a tendência é que seu companheiro projete em você julgamentos que podiam ser verdade antes, mas que não fazem mais sentido hoje.

Desta forma, o sentimento de mágoa e incompreensão começa a minar o relacionamento, antes tão feliz, levando-os muitas vezes à separação.

Não existe amor sem compartilhar

O pensador indiano Osho diz que “a alegria do amor só é possível se você tiver conhecido a alegria de estar sozinho, porque só então você terá algo para compartilhar”.

Isso é verdade, porque se você estiver num relacionamento esperando que o outro lhe traga felicidade, que o outro faça você se sentir especial, enfim, que o outro lhe complete, então é muito provável que você nunca seja feliz e que nunca faça seu parceiro feliz. Pois, obviamente, se você espera isso dele é porque não tem nada para oferecer.

Tristemente ele também está esperando algo de você que nunca vem. São, portanto, duas pessoas tristes, sem nada, perdidas, esperando ser salvas. Mas como duas pessoas vazias podem completar uma à outra?

A alegria do amor só é possível se você tiver conhecido a alegria de estar sozinho, porque só então você terá algo para compartilhar

Bote salva-vidas: O que fazer para evitar este desfecho

  • Permita que seu companheiro tenha atividades individuais, como hobbies, passeios, viagens e saídas com amigos sem você;
  • Não fique monitorando o outro como se fosse uma mãe ou pai desesperados atrás do filho. Lembre-se que seu companheiro é um adulto e que, até que seja provado o contrário, é fiel e ama você;
  • Tenha você também atividades fora do relacionamento, assim não ficará tão focado no outro;
  • Cuide mais de si mesmo para fortalecer a auto-estima e a confiança em si mesmo, além disso, companheiro bonito se torna difícil de largar;
  • Não conte tudo sobre você, espere que o outro pergunte;
  • Tente renovar seu cotidiano vestindo roupas diferentes, fazendo programas juntos que sejam inusitados, experimentando lugares e comidas alternativas;
  • Volte a estudar, retome ou crie algum hobby para você.
Vanessa Mazza

Vanessa Mazza

Graduada em Comunicação Multimídia pela UMESP, é taróloga há mais de 15 anos. Estuda as abordagens desta prática, com o fim de decifrar a complexidade humana, abrangendo em suas consultas temas como feng shui, i ching, astrologia e numerologia.

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