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Livre-se do acúmulo de tarefas

Entenda como colocar em prática a arte de delegar

Atualizado em

Desde cedo aprendemos que devemos ser agradáveis, estando disponíveis quando alguém necessita de nós. Porém, muitas vezes acumulamos tantas responsabilidades, muitas das quais nem são nossas, que deixamos nossas vidas pessoais de lado.

Apesar de parece incoerente que alguém faça isso consigo mesmo de livre e espontânea vontade, o fato é que, com o tempo, ficamos tão identificados com as tarefas que exercemos, que elas passam a ser parte de nossa personalidade. E às vezes perdemos o rumo, nos sentindo inúteis quando ficamos sem fazer nada.

Assim, teremos dificuldade em permitir que nos ajude, pelo receio de que o outro não cumprirá a obrigação da melhor forma. Além disso, quando deixamos a outra pessoa assumir algumas tarefas, é provável que surja a vontade de intervir a todo momento para mostrar qual é “o jeito certo de fazer”, fazendo com que as pessoas, gradativamente, desistam de nos auxiliarem.

O pior é que muitas dessas pessoas não percebem que estão sobrecarregadas. Por isso, veja alguns indicativos abaixo. Se responder positivamente a uma boa parte deles, significa que você precisa aprender a delegar suas tarefas. Observe se:

  • Vive reclamando que ninguém lhe ajuda, mas não confia em deixar os outros fazerem tarefas que você considera importantes.
  • Você geralmente vive cansado, porém num estado de grande agitação.
  • Costuma apresentar sinais de desequilíbrio físico constantes como doenças; dores nas costas, no estômago e na cabeça; insônia, etc.
  • Tem crises de raiva por causa de pequenas coisas.
  • Tem dificuldade em relaxar, descansar, sair de férias ou mesmo se divertir em atividades simples.
  • Praticamente não tem hobbies.
  • Desconta sua ansiedade em cima de hábitos não muito saudáveis, entre eles a ingestão de alimentos em excesso ou o sedentarismo.
  • Geralmente toma remédios com frequência.
  • Não tem grandes planos ou sonhos para o futuro.
  • Sente-se culpada quando quer fazer algo só para você e se chateia quando os outros não agradecem seus esforços ou fazem pouco caso deles.
  • Não tem ânimo para fazer coisas que seriam benéficas para você, mas sempre encontra disposição para atender as demandas dos outros.

Este perfil tem a ver com você? Então é preciso se desapegar e começar a delegar sem medo. Por isso, aqui vão algumas dicas de como fazê-lo, sem que isso seja um choque para sua vida ou para aqueles que dependem de você:

  • Você não precisa delegar tudo de uma vez, pois a tendência é que as coisas se desestabilizem e você pegue tudo novamente para si.
  • Faça uma lista de todas as suas atividades diárias, colocando-as em ordem do que menos gosta para as que mais aprecia.
  • Separe, entre as que menos gosta, aquelas que não são imprescindíveis que você faça, como ir ao mercado, pagar uma conta, arrumar algo em casa, cuidar das plantas, fazer telefonemas, etc. Delegue essas tarefas para as pessoas que considera mais capazes de realizá-las.
  • Quando for delegar, não hesite. Deixe bem claro o que quer que o outro faça e se coloque à disposição para esclarecimentos. Mas não ceda, caso a pessoa comece a fugir, dizendo que “você faz melhor e mais rápido”.
  • Utilize o tempo que passará a sobrar no seu dia, resultante dessas transferências de obrigações, e faça algo bom para você. Mesmo que signifique apenas dormir mais, tomar um banho demorado ou ir ao cinema.
  • Não seja exigente, nem crítico demais. Deixe o outro aprender com o tempo e se aperfeiçoar. Afinal, se faltarmos, essas pessoas se virariam sem nós do mesmo jeito. Ninguém é insubstituível.

Por fim, lembre-se sempre que nosso maior dever é conosco. Não acredite que é egoísta quando toma decisões que lhe favorecem. Ser feliz, ter saúde e paz são direitos nossos de nascimento. Além disso, quando impedimos os outros de assumirem as próprias responsabilidades, impedimos que aprendam com seus erros. E, isso sim, pode ser considerado egoísmo.

Vanessa Mazza

Vanessa Mazza

Graduada em Comunicação Multimídia pela UMESP, é taróloga há mais de 15 anos. Estuda as abordagens desta prática, com o fim de decifrar a complexidade humana, abrangendo em suas consultas temas como feng shui, i ching, astrologia e numerologia.

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