Pesquisar
Loading...

Entenda os trânsitos astrológicos durante o ano novo

Saiba o que sugerem os movimentos de Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão

Atualizado em

Todo fim de ano é sempre a mesma rotina: ano novo, vida nova! Queremos mudar, sentimos que o ano novo nos dá anistia para nossos erros anteriores e nos permite recomeçar do zero. Preparamos nossa lista de objetivos: deixar de fumar, fazer dieta, trocar de carro, começar a guardar mais dinheiro, começar a fazer atividade física.

As opções são várias. Muitas vezes buscamos a ajuda dos astros para saber o que nos espera. Mas, uma vez em posse dos trânsitos, muita gente se pergunta: “E agora? O que faço com isso?”

Já falamos sobre o que são os trânsitos astrológicos em nossas vidas:

  • que eles indicam etapas que estão iniciando ou finalizando;
  • que eles indicam circunstâncias que viveremos em um futuro próximo,
  • e que conhece-los nos dá a oportunidade de nos prepararmos antecipadamente para lidar melhor com aquelas circunstâncias;
  • que a experiência de um trânsito pode ser mais fácil ou mais difícil, de acordo com a nossa abertura para o novo e para o desafio que se apresenta.

E como fim de ano está simbolicamente associado a fins e a inícios, é interessante sabermos como a energia de um planeta costuma atuar iniciando ou fechando ciclos em nossas vidas.

Júpiter – É momento de glória

Um ciclo completo de Júpiter dura aproximadamente 12 anos. Esse é o prazo que ele leva para transitar todos os signos em nosso mapa astral.

Sempre que iniciamos um ciclo em nossas vidas sob o comando de Júpiter (um trabalho, um relacionamento), a promessa é de:

  • expansão
  • crescimento
  • desenvolvimento
  • progresso

Temos a expectativa de que aquilo que estamos começando será maior e melhor do que tudo que já fizemos anteriormente.

E muito provavelmente isso é verdade: a etapa que se inicia trará ampliação de horizontes, de visão, o conhecimento de novas culturas, viagens. A sorte está do nosso lado. O mundo está a nosso alcance.

O perigo são os exageros ou desperdícios: há tanta abundância que não nos preocupamos em guardar para amanhã, abusamos da sorte, erramos na medida. Por isso, o exercício da moderação é sempre bem-vindo em trânsitos de Júpiter.

E como Júpiter finaliza ciclos? Sempre com reconhecimento, festa, aplausos, admiração. As pessoas só vêm aquilo que fomos ou fizemos de melhor.

E por quê, então, a gente finaliza um ciclo sob o comando de Júpiter, se estamos em um momento em que o outro ou a situação nos valoriza e estima tanto? Porque aquilo para a gente ficou pequeno.

Necessitamos mais, queremos mais, temos certeza que podemos mais, e que é chegado o momento de sair em busca dos nossos objetivos.

Saturno – O teste do tempo

Nenhuma etapa em nossas vidas começa sob um trânsito de Saturno promete ser fácil. Será longa, duradoura, mas não fácil. Inícios sob a energia deste planeta costumam ser sérios, porém difíceis: há ajustes a fazer entre a gente e a pessoa/situação, há uma falta de sintonia. Dizem que tudo que é novo sempre parece lindo e cor de rosa a princípio, o que pode ser verdade com outros planetas, mas não com Saturno.

Ele nem deixa as ilusões se instalarem. Colocando o pior da situação a mostra, parece que já começamos algo sendo testados em nossa paciência, persistência, perseverança e desejo de conquistar aquele objetivo. E é assim mesmo! Mas aqueles que sobrevivem a um início tortuoso, tem a promessa de durabilidade, estabilidade e confiabilidade.

E os fins sob um trânsito de Saturno? São lentos, difíceis, super pensados, super avaliados, e muito arrastados. Há muito desgaste. A situação termina porque já não dá mais mesmo para continuar.

Mas como com esse trânsito precisamos ter certeza absoluta daquilo que fazemos, esperamos, tentamos, voltamos a tentar, estendemos a situação a níveis quase insuportáveis de dor física, para só então conseguir romper.

Que lição aprendemos de um fim conduzido por Saturno? Amadurecemos. Dificilmente voltaremos a repetir os mesmos erros no futuro, porque Saturno aprende do passado. Estamos mais fortes e sabemos melhor o que queremos.

Conhecemos um pouco mais nossos limites. Sabemos até onde podemos ir, e até onde estamos dispostos a ir por nossos objetivos. Estamos mais maduros. E ainda que o processo não seja um dos mais prazerosos, amadurecer é sempre bom.

Urano – E de repente…

Sim, começar uma etapa em nossas vidas com Urano é assim: não esperávamos que aquilo ia acontecer, nem naquele lugar, nem daquela forma, e de repente, aconteceu.

Na verdade, estávamos esperando outra coisa, estávamos olhando em outra direção, e aí tudo mudou no último minuto e se deu de outra forma. Com Urano, o inesperado está em jogo.

Entra em jogo a nossa capacidade de adaptação rápida, a nossa criatividade e inventividade (para adaptar nosso plano inicial ao que acaba de se apresentar), nossa flexibilidade sem perda de foco.

Com Urano, nada está garantido até o último minuto. E o bom disso é que tudo sempre pode mudar, nada está dado, nem o que está bom, nem o que está ruim.

Finais de ciclos sob o comando de Urano são libertadores: aquilo já não nos serve mais e temos certeza disso.

Não deixamos porque queremos mais, como fazemos com Júpiter, nem nos sentimos culpados por deixar aquilo para trás, ou inseguros, como acontece com Saturno. Simplesmente aquilo já não encaixa na nossa realidade atual.

Vamos embora sem olhar pra trás, sem um rastro mínimo de culpa. Mudou o cenário, mudou a pessoa, a gente mudou. E aquilo que era, de repente, deixa de ser. Porque a vida é assim: as coisas mudam, terminam. A vida funciona em ciclos. E sabemos disso.

Netuno – Nossos sonhos se realizam

Um ciclo iniciado sob um trânsito de Netuno geralmente começa ma-ra-vi-lho-so. Tudo é tão perfeito, como sempre sonhamos. Alguém escutou nossos desejos mais íntimos e os transformou em realidade.

O problema é que com Netuno não estamos vendo as coisas claramente. Estamos usando óculos cor de rosa para olhar o mundo. E geralmente vestimos aquela pessoa ou situação com a roupa que queremos, sem levar em conta a realidade.

Aliás, a realidade é o que menos importa para a gente. Só nos interessa o perfeito daquilo que vemos, e que queremos ver. O interessante de Netuno é que ele mesmo se encarrega de desfazer qualquer ilusão que criamos no início do trânsito: após dois ou três anos, as coisas começam a se mostrar como são, e geralmente nos sentimos traídos.

Sentimos que nos iludiram, que a princípio nos mostraram algo totalmente diferente. Será mesmo? Será que nos mostraram outra coisa, ou aquilo foi o que decidimos que íamos ver?

E como Netuno termina um ciclo? Como água quando se infiltra pela parede de uma casa: aos poucos, vai amolecendo as estruturas, vai dissolvendo, vai desfazendo.

É uma finalização que não ocorre bruscamente, como com Urano. Ela é gradual, paulatina, e muito sutil. E, quando nos damos conta, já não há nada mais ali para salvar.

Plutão – Sem meio termo

Geralmente não começamos um ciclo sob um trânsito de Plutão: é o ciclo que “começa a gente”. Deixe-me explicar: como planeta mais distante do Sol (consciência), a energia de Plutão no mapa natal costuma ser uma das mais difíceis de administrar. Pelo menos, a princípio.

Então, geralmente, os inícios que se dão sob este trânsito parecem ter vontade própria, parecem acontecer independente da nossa vontade. São situações que nunca se apresentam claramente desde o início, o que nos deixa desconfiados e inseguros. Não nos sentimos cômodos, porque sabemos que muita coisa não está sendo revelada.

Diferentemente de Netuno, onde não temos a menor ideia do nosso desconhecimento, com Plutão, sabemos, sentimos que as cartas não estão todas na mesa e, por isso, somos cautelosos no início.

Os finais conduzidos por Plutão costumam ser muito dolorosos, intensos, e costumam despir-nos de toda mentira, ilusão, falsidade. Sem meio termo, é um final mesmo, absoluto, radical. O bom com Plutão é que também há a possibilidade de resgate: muitas vezes ele finaliza uma situação (profissional, pessoal) em determinadas condições, para no futuro permitir-nos reinicia-la, porém, em outras bases, como algo totalmente diferente do vivido antes.

Temos que aceitar perder para poder ganhar. Plutão exige o novo, um corte radical com o passado, mas se as partes estiverem dispostas a fazerem tudo de uma maneira radicalmente diferente, Plutão não se opõe.

Agora que você já sabe a melhor forma de lidar com cada inicio e cada fim, vai lá, prepara a sua lista, e mãos a obra.

Marcia Fervienza

Marcia Fervienza

Astróloga e terapeuta há mais de 20 anos. Associa sua experiência com aconselhamentos analíticos ao trabalho com Astrologia para facilitar o autoconhecimento, o empoderamento e a transformação pessoal.

Saiba mais sobre mim