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Histórias de amor sem lugar comum

Casais contam como mantém relacionamentos felizes sem seguir padrões

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O amor não é óbvio. Cada relacionamento afetivo tem seu diferencial, o tempero especial que o faz único. Se é assim, por que tentar seguir uma fórmula, um padrão? As histórias de amor não precisam ser lineares e muito menos repetir modelos já conhecidos. Você não precisa cumprir à risca um check list pré-determinado para ter sucesso nessa área da vida. Pode descobrir o amor numa antiga amizade ou se permitir descobrir uma nova forma de amar. Ou, quem sabe, optar por viver o sentimento um dia após o outro, sem se preocupar com formalidades.Por isso, a Revista Personare convidou leitoras para compartilhar suas histórias. Cada uma ao seu jeito, todas servem de inspiração para que outras pessoas decidam investir no amor que sentem – diferente e especial como ele é.

“Eu e o Leandro namoramos por sete meses e passamos a morar juntos, porém, sempre nos consideramos casados desde o primeiro dia sob o mesmo teto. Nunca usamos aliança de compromisso, pois não sentimos a necessidade de ter um símbolo para nos lembrar de que estamos juntos. Também não planejamos um casamento oficial, com igreja e etc, nem cartório. Não pensamos que um contrato ou evento irá tornar nossa relação mais duradoura ou verdadeira.

Depois de um ano casados, mudamos de cidade e pretendemos continuar a fazer estas mudanças periódicas, sem fixar residência em algum lugar para sempre. Tampouco temos planos de aposentadoria (risos)”.

Vanessa Mazza Furquim, paulista, escreve sobre Tarot no Personare.

“Fiquei amiga de um casal, Natalia e Marian, num curso de produção de vídeo ofertado pela prefeitura de Madrid. Uma noite, num jantar, conheci a Elena, irmã da Marian. Ninguém tinha me falado que ela era tão bonitinha! Na ocasião, eu ainda nem tinha claro se ia ser lésbica, não tinha pressa em descobrir, mas gostei da menina. Na Espanha, quando você conhece alguém, é normal em lugar de falar “Muito prazer” falar “Encantada”. Eu fiz questão de deixar claro que estava realmente “encantada” em conhecê-la!

Uns dias depois foi meu aniversário, no mesmo dia do Orgulho Gay, que aqui é bem grande. Uma cervejinha pra lá, uma cervejinha pra cá e eu vejo as coisas mais claras, Elena era um anjinho! Nesse momento a gente se apaixonou!

Aos três meses de relação estávamos morando juntas e assim continuamos há 8 anos. Temos um cachorro chamado Otto que é o rei da casa e estamos bem felizes os três juntos!”

Daniela Brazil, 39 anos, é produtora e mora em Madrid.

“Namoro há 14 anos com o Alexandre, e do nosso relacionamento nasceu nosso filho Leonardo, que hoje tem 10 anos. Este ano vamos casar e já estamos mobiliando nosso apartamento e deixando com nossa cara. O que me deixa mais feliz é ter minha família unida, com saúde e muita felicidade.

Por que tanto tempo assim para casar? Ninguém enrolou ninguém, foi tudo uma questão de traçar um objetivo e ter muita paciência para alcançá-lo. Quando eu fiquei grávida do Leo, o Ale estava no meio da faculdade de Direto e eu tinha apenas 19 anos. Pensamos bem e decidimos que ele deveria terminar os estudos para que um de nós tivéssemos uma profissão. Tive o Leo, o Ale se formou e logo estava empregado numa multinacional. Mas, almejando o melhor para minha família, decidi que eu iria estudar para que ambos tivessem um padrão bom de vida e pudéssemos oferecer isso a nosso filho também. Terminei a faculdade e consegui um emprego em uma instituição financeira.

Com parte do sonho conquistado, foi aí que começamos a colocar nossos planos em ação, em buscar de um cantinho só nosso, onde pudéssemos desfrutar depois de tantos anos de batalha. Assim que o apartamento estiver pronto, marcaremos o casamento:será em setembro ou outubro. Será tudo bem simples, para que possamos economizar para a lua-de-mel – com direito a levar aquele que é a razão do nosso viver, o nosso filho!”.

Danielle Nunes, 30 anos, é bancária e mora em São Paulo

“Nós estudamos na mesma escola. Fui melhor amiga da irmã do Túlio. Perdemos o contato na adolescência e, no ano passado, nos reencontramos. Eu estava namorando e ele conhecia o rapaz. Pensei: “Uau, ele está um gato, seria um bom partido pra minha irmã”. Quando terminei meu relacionamento, fui buscar no Túlio um amigo. Em semanas de muitas saídas e confissões a amizade se transformou num namoro.

Ter certeza da família especial que ele possui, conhecer sua história de vida, tudo isso é mágico e transformador numa relação. Nunca pensei em namorar um amigo, mas é maravilhoso sentir como se ele me conhecesse por inteiro. Em junho completamos seis meses de relacionamento e vamos para Brasília comemorar com amigos em comum. Ficaremos na casa de um casal que também estudou conosco”.

Renata Francisco, 31 anos, é carioca e jornalista.

“Conheci o Murillo numa época crítica da minha vida: havia me separado de maneira abrupta e estava tão desolada que não conseguia aceitar os convites dos amigos para sair.

A internet foi o meu refúgio, comecei a navegar em salas de bate papo. Algo me dizia que, se eu estava ali com a intenção de conhecer alguém legal, que estivesse a procura de um papo sério sobre a vida e os relacionamentos, certamente haveria alguém na rede, com o mesmo propósito.

Na primeira vez que falei com ele, percebi, pelo tom irônico, que ali estava uma pessoa também desiludida com o ambiente virtual mas, solitário como eu. Falamos durante dois meses na net,depois por telefone e uma semana antes de eu viajar de férias, para a Argentina, fomos nos conhecer pessoalmente.Foram tantas as recomendações dos amigos para eu me proteger, que marquei perto de casa,num restaurante bastante movimentado.

Quando cheguei e ele levantou com aquele sorriso lindo, percebi que não poderia me fazer mal algum. Conversamos muito, rimos a valer e a noite nem pareceu passar.Ao voltar da Argentina convidei-o a vir a minha casa e estamos juntos há 14 meses.

Sou descasada, tenho dois filhos adultos morando comigo e 13 anos a mais que o Murillo. A gente se diverte muito aqui em Fortaleza, ele me fez enxergar a vida por outras lentes. A coisa mais bonita que ele já me falou para acalmar minhas neuras, quanto a diferença de idade foi “A única diferença entre nós, é que você é muito “espilicute”* e resolveu nascer antes de mim”. Eu adorei isso!”.

*Gíria cearense. Refere-se a pessoas avançadas no tempo, apressadas, mais adultas na idade mental que na cronológica.

Verônica Oliveira é educadora e mora em Fortaleza.

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