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Habilidades para enfrentar o desemprego

Descubra quais qualidades fazem você se destacar e ainda confira dicas para empreender

Atualizado em

O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2016 com taxa de desemprego de 10,9%. Já são 11,1

milhões de desempregados. A renda em baixa é resultado da recessão econômica e da crise política. Em tempos como esse, quais são as habilidades que podem favorecer um profissional? Existe alguma forma de “segurar” seu emprego? E para quem não está empregado? Como encontrar uma atividade que garanta a subsistência própria e da família em tempos de redução nas contratações?

O primeiro fator que deve ser levado em consideração é que alguns setores não pararam de contratar. São eles:

  • Informática/ Tecnologia/ Infraestrutura/ Telecomunicações, Suporte e Data Center
  • Compliance
  • Marketing Digital
  • Financeira/ Tesouraria/ Tributária
  • Análise de Crédito e Risco

Vale a pena avaliar se não chegou a hora de dar aquela guinada profissional e voltar a estudar para ter acesso ao recrutamento dessas vagas. Caso você já tenha tido alguma experiência nesses setores no passado, reflita se gostaria de voltar a atuar no ramo e, dessa forma, aumentar sua experiência e garantir sua empregabilidade.

No caso de quem está empregado, tornar-se “curinga” a cada dia e mostrar-se indispensável às lideranças pode ser o diferencial que evita a demissão por cortes de pessoal. As habilidades de flexibilidade, olhar crítico para as melhorias e para reduzir o desperdício podem fazer você se destacar. Veja como empregá-las:

  • Pesquisar em quais atividades ou áreas podem ser reduzidos os custos sem afetar a qualidade.
  • Agregar mais valor ao negócio, ajudando a aumentar sua eficiência, reduzindo tempo de entrega ou enxugando etapas dos processos.
  • Oferecer-se para dar apoio às outras áreas da empresa também é muito bem visto.
  • Absorver uma outra função (aquela que “ninguém quer pegar”), tornando-a mais eficiente e alterando sua fatia de contribuição no resultado do negócio.

O crescimento demográfico urbano somado à crise e à elevada carga tributária do país joga muitas pessoas no mercado informal. Quem está buscando uma atividade dentro das “franjas” do mercado, deve pesquisar demandas e necessidades existentes nas proximidades de onde vive. De que seus vizinhos de bairro ou de rua mais se queixam ou sentem falta? O que lhes atenderia de uma nova forma, mais satisfatória? Tentar cruzar seus talentos com essas demandas pode ser a chave para essa fase. Veja a afirmação do filósofo Aristóteles: “onde os seus talentos e as necessidades do mundo se cruzam: aí está a sua vocação”.

Dicas para quem deseja empreender

Há pesquisas brasileiras que mostram que pequenos negócios bem-sucedidos começaram quando o profissional experimentou dar uma solução a um problema real da sua comunidade de entorno.

Anote:

  • Existe alguma necessidade ou demanda atual do bairro onde eu vivo (ou nos próximos) que pode ser resolvida através de alguma habilidade que eu já possuo?
  • Quanto essas pessoas aceitariam pagar por esse serviço ou produto?
  • Quantas pessoas consumiriam ou contratariam?
  • Quantas vezes por dia/ semana ou mês elas estariam aptas a recomprar ou reutilizar o serviço?
  • Eu posso oferecer esse serviço ou criar esse produto sozinho?
  • Caso não, quantas pessoas eu precisaria convidar para me auxiliar?
  • Como irei remunerá-las?
  • Eu preciso de espaço próprio ou posso fazer esse serviço no local do cliente?
  • Eu preciso comprar alguma máquina específica? Quanto custa?
  • Existe algum outro custo de capacitação ou matéria-prima que irei precisar?
  • Onde obterei essa quantia?
  • Em quanto tempo estarei pronto para começar?
  • O quanto posso entregar por dia/ semana/ mês? Qual renda isso me gera após retirados os custos?

Desenvolver uma atividade como essa pode ser a forma mais rápida e mais barata de gerar renda para você e seus dependentes. Veja no Portal do Empreendedor o que você deve fazer para ser um microempreendedor individual e formalizar essa iniciativa com baixo custo mensal. O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria, só que legalizado, com direito à aposentadoria e licença-maternidade.

Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até 60 mil reais por ano e não ser sócio de outra empresa. O “MEI” também pode ter um empregado contratado, que receba um salário mínimo ou o piso da sua categoria. Quem sabe se logo você não estará faturando tanto que passe de microempreendedor individual a empresário? Aposte! É na crise que surgem as oportunidades que irão mudar a nossa vida.

Carla Panisset

Carla Panisset

Especialista em Aumento de Performance Profissional e transição de carreira. Treinadora, Comunicóloga e Relações Públicas. Já treinou mais de 1.000 líderes e profissionais brasileiros, tendo 25 anos de carreira. Facilitadora de Biodanza® Sistema Rolando Toro (em formação).

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