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  • Dia da Igualdade Feminina

    Mulheres buscam superar modelos e simplesmente ser quem são

    Atualizado em

    Em pleno século XXI, com crescentes tecnologias que interligam diversos pontos do planeta e até fora dele, que descobrem códigos da vida, que promovem cada vez mais avanços, ainda é preciso avançar muito em alguns quesitos ligados às relações humanas. Um desses pontos, em que temos muito o que discutir e refletir para avançar, diz respeito às relações de gênero, visto que a situação de mulheres no mundo inteiro ainda é de extrema desigualdade e desrespeito à vida humana.

    Muitos passos já foram dados, é verdade. Hoje, em nossa sociedade, a mulher tem direito a voto, tem direito de ir e vir, tem espaço de expressão e proteção, pode se dizer dona do próprio nariz e do próprio corpo, tem galgado degraus cada vez maiores na formação educacional e sido vista mais atuante no mercado de trabalho. À custa de tantas lutas, muitas delas silenciosas, vamos ganhando o espaço que é nosso por direito.

    Disputa por poder

    Numa sociedade patriarcal o avanço feminino é visto com receio, pois estamos todos acostumados com um clima de disputa por poder. Temos a tendência em pensar em dicotomias, onde a única forma de superação da ordem vigente seria a tomada do poder pelas mulheres. Será esse o modelo ideal de sociedade: o poder nas mãos de um só senhor que sujeita os demais? Isso me lembra um ditado (que, se não me engano, é de origem oriental): “Na luta contra o monstro, toma cuidado para não te tornares igual a ele”. Precisaremos empunhar as armas do patriarcado para superá-lo?

    Muitas conquistas políticas, sociais, civis e culturais ainda precisam ser alcançadas pela e para a mulher, mas a conquista mais almejada nos tempos modernos é a possibilidade de ser humana. Suplantar os modelos preestabelecidos e simplesmente sermos quem somos. Não tomar o lugar de ninguém, mas sim ocuparmos o nosso. Recorrer às potencialidades do Feminino para construção de uma sociedade mais justa e para uma vida mais inteira. Resgatar os valores de amor, de comunhão, de união, de cuidado.

    As mulheres ganharam jornadas duplas, triplas… e perderam contato com a riqueza da própria alma. Para fazer parte do mundo patriarcal, adotaram o terninho reto e a postura rígida, esquecendo as ondulações de suas formas naturais. Esqueceram o contato com as coisas que lhe eram sagradas e que com o tempo ficaram banalizadas e esquecidas. Não é à toa que tantas de nós encontram-se adoecidas, desgastadas, tristes, sem energia. Assim como o mundo tem apontado os sintomas de que não suporta mais tanta exploração de suas riquezas, as mulheres (seres intimamente ligados à matéria da natureza) também dão sinais de que já basta.

    Diferenças e complementaridades

    É hora de reconhecermos o que de fato nos pertence. Reconhecermos as saudáveis diferenças entre homens e mulheres, que podem surtir lindas ligações e complementaridades, bem como é hora de reconhecermos a nossa natureza única de seres humanos, plenos de direitos e merecedores de felicidade, bem-estar e dignidade. Nos pequenos e nos grandes atos, que sejamos todos partícipes de um movimento pró-igualdade, pró-amor, pró-respeito a todo ser, ao feminino e ao masculino em harmonia.

    Juliana Garcia

    Juliana Garcia

    Escritora, criadora, consultora, psicóloga, psicodramatista. Seu trabalho gira em torno da Autenticidade e da Criatividade. Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-graduada em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno. Cursou formações em Coaching pela Abracoaching e Condor Blanco Internacional. Foi professora do curso de pós-graduação em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno. Criadora de diversos cursos livres e conteúdos mais livres ainda. Contato: contato@julianaggarcia.com.br

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