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Crenças nocivas limitam sua capacidade de realização

Aprenda a identificar e mudar pensamentos e comportamentos repetitivos

Atualizado em

“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”, Henry Ford.

Em algum nível, sempre teremos crenças. Afinal, elas sustentam diretrizes de pensamento e o próprio entendimento da realidade. Nossa cultura é um conjunto de crenças e a sociedade se organiza a partir delas, enquanto os indivíduos comportam-se seguindo a bússola das suas crenças pessoais. É importante deixar claro que crença é qualquer verdade que eu confio, qualquer ponto de vista que assumo como verdade.

Então, os ideais, as filosofias, as medicinas, as religiões, ou seja, todo o conjunto de criações humanas é manifestado a partir de crenças.

Por exemplo: dizer que o DNA influencia na minha saúde é uma crença – Altamente verificável, com muito sentido para um grande número de pessoas e mensurável pela ciência. Então, acreditamos nesta afirmação. E isso passa a ser culturalmente uma verdade (culturalmente, eu digo, porque as verdades são parciais). Muitos mestres e líderes espirituais conseguem de certa forma “burlar” estas “verdades”, estas crenças estabilizadas. E quando isso acontece, fala-se do poder da fé – que, entre outras interpretações, é quando resolvemos assumir uma crença, mesmo sem ter argumentos para ela. Eu resolvo acreditar que algo é possível, mesmo que para os céticos esta mesa coisa pareça estar distante do aceitável. A própria ciência é uma usina de reciclagem de crenças, com as verdades novas substituindo as antigas e por aí vai.

Por trás de um comportamento que se repete há sempre uma crença limitante

É interessante dizer que a energia segue a intenção de cada um. Por esse motivo, atente para o direcionamento das suas crenças, para onde deposita sua energia, pois o que fortalecemos, fortalecido será. E é aí que entram os perigos das crenças limitantes, as quais todos nós temos, isso é mais que natural. Mas quando alguma delas começa a atrapalhar individual ou coletivamente, pode gerar sofrimento. É quando o racismo fortalece a crença de que uma raça é melhor que a outra, ou quando se acredita que uma pessoa nunca poderá ganhar dinheiro se não tiver terminado a escola ou a faculdade. Mesmo que sintamos o sofrimento a partir de alguma situação (sinal de que há desarmonia interna ou externa), muitas vezes não conseguimos mudar com facilidade nosso comportamento. Afinal, por trás de um comportamento que se repete, sempre existe uma crença limitante enraizada.

Conscientemente queremos mudar o resultado das nossas ações e comportamentos ou aliviar nossa pressão emocional ou crítica. Até tentamos fazer isso com vontade, mas sentimos dificuldades. É aí que agem as crenças limitantes. Elas conversam com nossas “sombras”, que são materiais psíquicos mal resolvidos que atuam nas nossas escolhas e formas de ver o mundo. Assim como nossa “sombra”, as tais crenças limitantes, por assumirem o posto de verdade, podem limitar nossas possibilidades de realização.

E algumas crenças até identificamos com certa facilidade, não é? Mas mesmo tendo consciência de sua existência, nem sempre conseguimos abandoná-la rapidamente. As crenças são como programas instalados em nós, rodando automaticamente, atuando especialmente no nosso cérebro reptiliano – nossa parte encefálica mais primitiva, que é responsável pelas funções básicas de sobrevivência, luta e fuga. É a nossa parte responsável pelo medo, sentimento de escassez e aquela sem ou quase nenhuma energia criativa.

Maior parte de nossas crenças nocivas vem dos outros

A maioria dessas crenças que tendem ser nocivas em algum ponto da vida são adquiridas, em sua maioria, por terceiros – pais, professores, amigos, cultura. Elas são transformadas em verdades inconscientemente, por não questionarmos as informações que nos foram dadas desde pequenos, mas também por uma necessidade emocional de certeza e segurança.

Nossos jargões populares são exemplos de crenças bem difundidas, por exemplo: “dinheiro que vem fácil, vai fácil”. Assim, de forma inconsciente, criamos uma limitação que interfere na nossa capacidade de fazer dinheiro sem esforço. Vamos criando nosso universo segundo as nossas convicções.

Então, mesmo parecendo desafiador reperguntarmo-nos sobre nossas verdades enraizadas, é necessária a observação do que acreditamos e nos parece seguro, para que consigamos pegar nossas crenças no flagra na hora que aparecerem. Assim, podemos parar de retroalimentar e repetir as questões das quais queremos nos livrar, enfraquecendo a matriz da crença. Por exemplo, perceba se fala ou alimenta pensamentos do tipo: “Não consigo fazer isso nunca” ou “Você sempre está de mau-humor”, e assim por diante! Observe para não semear o que não quer colher.

Como identificar e mudar suas crenças limitantes

  • Perceba todas as vezes que você diz que algo não é possível. Observe e pergunte a si mesmo: “a quem pertence essa crença”?. Em geral “compramos” crenças culturais dos nossos grupos (família, sociedade, amigos). Então vale refletir: como seria se eu não acreditasse nisso? Meu mundo seria mais expandido?
  • Perceba sempre a forma que adjetiva algo. Exemplo: ganhar dinheiro é difícil, homens são egoístas, tempo chuvoso é ruim, mulher sempre se dá mal, etc. Sempre que tiver esses pensamentos, acrescente: este é um ponto de vista e não a verdade absoluta.
  • Busque desenvolver um olhar neutro sobre as coisas e situações, suspendendo seus valores e opiniões por um instante. Olhe com frescor e veja o que se apresenta se você não tivesse conceitos pré-concebidos a respeito de algo ou alguém.
  • Troque a crença limitante por uma afirmação poderosa (por mais impossível que ela possa parecer no momento). Busque formar frases positivas e no presente, que apresentem a possibilidade de ser livres da limitação. Por exemplo: Ganhar dinheiro neste país é difícil. Substitua por algo como: Minha natureza é abundante em qualquer lugar. O dinheiro vem fácil para mim.

É isso. Podemos, sim, recuperar nosso livre arbítrio e escolhermos diferente. Podemos abrir mão de verdades que nem são nossas. Podemos expandir nossa visão sobre o mundo e sobre nosso próprio poder. Podemos ser cada dia mais felizes. Eis aqui uma crença nada limitante!

Mari Mel Ostermann

Mari Mel Ostermann

Formada em Naturologia pela UNISUL, faz leitura de aura, é mestre em Reiki Essencial e co-fundadora do curso Integral Way (http://cursointegralway.com/). Trabalha em prol da liberdade das pessoas, combinando técnicas estudadas com suas vivências pessoais.

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