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Cinematerapia para a vida

Alguns filmes podem ser inspiradores e amenizar o cotidiano

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Não, o termo cinematerapia utilizado aqui não diz respeito a nenhuma nova opção terapêutica, entre as muitas alternativas oferecidas atualmente. Na verdade, reuniram-se aqui as palavras “cinema” e “terapia” como um incentivo a enxergar a chamada “sétima arte” com outros olhos, observando os benefícios que ela pode nos trazer. Existem filmes que nos ajudam a lavar a alma, outros que nos inspiram, filmes que nos fazer chorar de rir, alguns que nos fazem identificar nossas questões mal resolvidas, outros que nos ajudam a levantar o astral…

Na Grécia Antiga os dramas humanos eram encenados, tanto nas tragédias como nas comédias, proporcionando às plateias a possibilidade de catarse. Ver situações cotidianas sendo encenadas diante de nós, nos permite ir além do corriqueiro e observar lados que antes nos passavam despercebidos. Então podemos chorar nossas angústias ali desveladas, bem como rir de nossas posturas estereotipadas. Enfim, a arte dramática tem esse poder de nos transportar para outro ponto de vista e de nos devolver a nossa humanidade.

A riqueza da arte

Em se tratando de cinema, poderíamos fazer uma lista extensíssima e ainda assim ficariam de fora uma série de obras importantes e expressivas. Para isso, não faltam livros e manuais, do tipo “trocentos mil filmes dos últimos séculos”, não é verdade? Mas farei um compartilhar de obras que me tocaram de alguma forma. Como isso é algo pessoal, talvez ao ver o mesmo filme você possa perceber coisas completamente diferentes. Essa é a riqueza da arte: ela amplia, sempre amplia.

Por exemplo, o filme francês “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” me ajudou a enxergar a beleza que há em se abrir a novas perspectivas e entrar em contato com os pequenos e grandes prazeres da vida. A personagem nos inspira a ir vencendo medos e barreiras. A trilha sonora é do músico Yann Tiersen e é uma delícia que já vale por si só!

Outro filme inspirador? A biografia de Frida Kahlo, o filme denominado “Frida”, mostra como essa mulher de garra superou diversas dores e continuou cheia de vida, expondo a alma em suas obras artísticas. Mais da série “inspiradores”? A luta de um pai para encontrar meios dignos de sobreviver e viver: “À procura da Felicidade”. Uma curiosidade é que o ator principal é Will Smtih e o seu filho na trama é interpretado por seu filho da vida real. Talvez essa pitada de realidade incremente ainda mais a emoção dessa jornada.

Mas existem muitas outras inspirações em diferentes estilos: desenhos animados e comédias, por exemplo, podem também nos levar a outro nível de experiência. Eu, particularmente, acho que desenho animado hoje em dia não é mesmo coisa só pra criança! “Procurando Nemo”, por exemplo, traz tantos elementos: repensar a relação pais e filhos, enfrentar desafios, ir além dos nossos medos, a riqueza da amizade e do amor que liberta. Além disso, existem personagens cativantes como a “peixinha” Dori: esquecida, engraçada, perseverante, amiga.

Despertando sentimentos adormecidos

Outra animação linda é “Irmão Urso”, tanto pela beleza cultural que apresenta numa história que fala de totens, animais de poder e a relação com a divindade, quanto pela linda mensagem de amor, amizade e quebra de preconceitos. Outra animação que aborda temas de amizade, amor e incentiva a viver o presente é “Up – Altas Aventuras”. Ao assistir, preste atenção à trilha sonora, que é um primor. Claro que não faltam também momentos divertidos e leves ao assistir desenhos animados. O mágico, o lúdico, a imaginação e o mundo repleto de cores nos transportam para um lado criança que anda adormecido dentro de nós.

No quesito comédia, o filme “Patch Adams – O amor é contagioso” tem seu lugar. Aliás, é um filme de comédia e drama, do tipo para rir e chorar, que nos mostra o quanto o amor pode nos dar asas e transformar tudo ao redor. Outro mais atual é o filme de Adam Sandler, chamado “Click” (foto). Ele traz no tom da comédia uma reflexão sobre nossos automatismos da vida moderna. Um filme estrelado por Jim Carrey, que é bastante interessante é o “Sim, senhor!” (Yes Man). O personagem que sempre diz não a todas as oportunidades e convites é incentivado a dizer sim e aí a história se desenrola, com todos os encontros e desencontros esperados em uma comédia!

Quer descobrir outros filmes interessantes e que podem acrescentar novos elementos em sua vida? Então, se abra a novos estilos, veja a programação dos cinemas ou alugue na locadora mais próxima. Abra-se à possibilidade de conhecer mais sobre você, a tornar mais leve a carga do dia-a-dia e encontre tempo para esse saboroso momento de participar de novas histórias.

Juliana Garcia

Juliana Garcia

Escritora, criadora, consultora, psicóloga, psicodramatista. Seu trabalho gira em torno da Autenticidade e da Criatividade. Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pós-graduada em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno. Cursou formações em Coaching pela Abracoaching e Condor Blanco Internacional. Foi professora do curso de pós-graduação em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno. Criadora de diversos cursos livres e conteúdos mais livres ainda. Contato: contato@julianaggarcia.com.br

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