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Bloqueios que diminuem o apetite sexual

Fatores físicos e psicológicos prejudicam a libido e exigem tratamento

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Casa para organizar, estudos, trabalho excessivo, cuidados com o marido, filhos – ou qualquer outra atividade urgente que faz parte da demanda de uma mulher moderna – podem gerar queda na libido feminina. Isso acontece porque o cérebro tem importante papel no processo de excitação. Ou seja, todas as sensações, estímulos e desejos passam por ele, que depois manda sinais para outras partes do corpo.

Por este motivo, os problemas e o excesso de pensamentos acabam por se tornar um grande vilão da libido de mulheres, especialmente daquelas que não se desligam dessas questões para dar abertura aos prazeres da vida, assim como o sexo.

Estimular a concentração para tentar se desligar dos pensamentos excessivos é um ótimo começo para combater este mal. Na hora da relação sexual, procure relaxar e se concentrar em cada gesto, voz, cheiro e movimento que seu parceiro produz. Somente deixe fluir pensamentos proporcionados por esta sensação. Deixe-se envolver, se solte, procure neste momento sentir amor por você mesma.

As possíveis causas desse mal

Os fatores psicológicos que desencadeiam a diminuição da libido podem ser derivados de problemas simples, como o início do casamento – época na qual algumas mulheres sentem muita responsabilidade ou medo – ou ainda as cobranças do parceiro, traições ou a vivência de um parto mal sucedido, por exemplo. Outra possibilidade é que a diminuição da libido seja causada por um fator mais forte, derivado de um trauma em algum momento da vida, como presenciar uma cena mais forte ou viver uma relação sexual com um parceiro mais agressivo.

Cada mulher poderá ter um motivo diferente que a incomodará. Esse causador poderá ser consciente ou inconsciente, podendo até mesmo causar modificações físicas na vagina, que vai desde uma tensão muscular até mesmo uma anorgasmia ou vaginismo – disfunções sexuais de causas psicológicas. Anorgasmia é o nome dado para a disfunção que causa a incapacidade de ter orgasmo. Já o vaginismo se trata de contração involuntária dos músculos da vagina, impossibilitando a penetração e causando dor na tentativa.

Ainda existem as vulvovaginites, como a candidíase, por exemplo, que podem ser responsáveis pela dor durante o ato sexual. Geralmente são causadas pela proliferação de fungos ou bactérias na flora vaginal, que deixam a vagina muito sensível, podendo gerar dor durante a penetração, ou ainda causar a diminuição da lubrificação e a consequente diminuição do prazer.

Doenças Sexualmente Transmissíveis e qualquer interferência no trato urinário também podem gerar desconforto e ardência durante e após a relação sexual. Segundo o Instituto Paulistano de Sexualidade, só na região da Grande São Paulo cerca de 360 mil mulheres não conseguem fazer sexo, por algum motivo psicológico ou disfunção física.

Sexo não combina com dor

A sensação de dor durante o sexo é um indício de que há algo errado com sua saúde física e/ou mental. O sexo traz uma descarga de energia, que promove sensação de prazer, bem-estar e em um relacionamento é peça fundamental para uma união feliz. Portanto, é necessário descobrir a causa e cuidar deste desconforto.

As dores durante o sexo são chamadas de dispareunia, e podem ser causadas por uma variedade de fatores, tais como candidíase, tumores vaginais, inflamação por bactérias e fatores psicológicos. Muitas mulheres, com medo do diagnóstico ou vergonha do parceiro, deixam de procurar ajuda e prolongam o sofrimento.

Tratamento costuma ser rápido e eficaz

O Instituto Paulistano de Sexualidade afirma que a diminuição da libido, assim como a dor durante a relação sexual, é um problema muito comum entre as mulheres, mas não é necessário temê-lo. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, no caso de infecções, inflamações e fatores que afetam o corpo de uma forma geral.

Outra possibilidade é fazer um acompanhamento com um fisioterapeuta ginecológico para tratar as tensões musculares e dores, através de aparelhos específicos e com manobras de relaxamento muscular, feitas diretamente na musculatura vaginal. Dependendo de cada caso, o resultado costuma ser muito rápido, variando cerca de um mês a seis meses, e a libido retorna gradativamente.

Sendo assim, a diminuição da libido é uma disfunção e a pessoa deve procurar um médico para o diagnóstico, assim como um psicólogo e um fisioterapeuta ginecológico. A perda da sensibilidade na hora de fazer sexo, quando não é devidamente cuidada, poderá gerar baixa autoestima e até levar a pessoa à depressão.

Para continuar refletindo sobre o tema

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Terapeuta especializada em sexualidade e saúde ginecológica. Realiza atendimentos presenciais e online focados no autoconhecimento, na elevação da autoestima e na saúde do aparelho reprodutor feminino. Sua principal ferramenta de trabalho é o Pompoarismo.

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