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  • A importância de arriscar nas horas certas

    Ouse explorar o desconhecido e cresça na profissão em 2015

    apiki

    Por apiki

    Atualizado em

    Quer você permaneça no mesmo trabalho no próximo ano, quer esteja em marcha para um novo (que as pessoas gostam de chamar de “um novo desafio”) o que você precisa mesmo é respirar a palavra desafio com vivacidade.

    Precisamos mudar coisas e precisamos manter coisas. Ninguém suporta ficar com a casa em obras, reformando o tempo todo. Uma hora buscamos a estabilidade, o conforto, o que é natural e positivo. O que não é positivo – e nem natural – é a estagnação. Gosto de usar o termo “zona de conforto produtiva”. Por que o conforto seria um pecado, algo indesejado? Estar confortável, mais do que correto, é necessário. Um empreendedor, por exemplo, se sente extremamente confortável se estiver “a mil por hora”, inventando novos caminhos, desenhando modelos, envolvendo pessoas e vendendo ideias. Um pouco no fio da navalha, correndo riscos… Será que vai dar certo? A quem preciso envolver? Como criar um contexto onde isso engrene?

    É o desenvolvimento que rege o crescimento. Há pessoas que ficaram estagnadas, e não confortáveis. É muito incômodo, na verdade, estar estacionado, sem desenvolvimento. Há perfis psíquicos mais tranquilos, pessoas que são especialistas, pesquisadoras, técnicas, professoras, que se baseiam mais na estabilidade e no longo prazo, do que no frisson do empreendedorismo agitado e que tudo quer realizar com torque. Estas também podem estar em desenvolvimento ou estagnadas. Se você parou de se desenvolver, mexa-se.

    Se você parou de se desenvolver, mexa-se.

    Vá ao seu líder, cliente, sócio, negocie. Mas primeiro, de-se-nhe. A habilidade de desenhar o contexto onde queremos estar inseridos é muito requerida para explorar o desconhecido, que pode levar ao seu crescimento e entusiasmo na profissão. Você precisa aprender coisas novas. Qual a última vez que você pagou para ter uma capacitação, curso ou treinamento?

    Mantenha o foco nas suas decisões

    Ao desenhar áreas de atividade que você pode atuar, dentro do seu trabalho hoje mesmo, você exercita a capacidade de melhorar as coisas. As pessoas estão trocando de emprego (e de casamento) por qualquer coisa. Um conjunto de opções imenso se oferece em todo lado. Temos tudo à mão: videos, contatos, acessos gratuitos ou baratos a praticamente tudo. Como disse Ana Dávalos, CEO do Grupo Quantum Assessment, em sua brilhante palestra sobre Engajamento, o desafio é manter o foco nas suas decisões.

    Não banque a vítima, nem reclame quando a situação não parecer estimulante ou aparentemente não houver espaço para sua exploração, inovação crescimento. Esta é uma decisão que, uma vez tomada por você, acredite, abrirá espaços naturalmente, antes mesmo de você precisar negociar.

    Mas se você não fizer sua parte (inovar, caprichar, planejar, declarar intenções, se dedicar realmente com qualidade no momento presente, no seu papel se comunicar), vai culpar a empresa, o mercado, o governo ou a existência. E, assim, não assumirá a responsabilidade pelos seus resultados.

    Abrace o desconhecido

    Ao mudar de emprego, seja ético. Fale a verdade, avise com tempo maior do que os 30 dias legais e obrigatórios, que pretende fazer um novo período em outro lugar. Pessoas íntegras não traem, enganam ou fingem. Elas falam a verdade e criam condições para um “phase out” decente. Você pode se surpreender positivamente com o apoio que as empresas dão para quem e íntegro. Às vezes precisamos mesmo ir para outro ambiente, empresa, núcleo ou até ramo de atividade e cidade/país. Para abraçar o desconhecido com a cabeça no lugar e com chance de realmente crescer, se desenvolver e experimentar a aprendizagem animadora que vem do novo, você precisa estar inteiro, poder dizer o que quer e querer o que disse.

    Para abraçar o desconhecido com a cabeça no lugar e com chance de realmente crescer, se desenvolver e experimentar a aprendizagem animadora que vem do novo, você precisa estar inteiro, poder dizer o que quer e querer o que disse.

    As pessoas respeitam quem tem respeito por si mesmo, ao mesmo tempo que tem respeito pelos outros.

    A ecologia para romper com o velho e se abrir ao novo é própria das pessoas felizes. Se para romper com o velho o profissional pula de galho em galho, deixa os outros desamparados ou se torna crítico com tudo no presente, na verdade, não há crescimento e nem respeito algum. Há fantasias de perfeição e falta de responsabilidade com a vida: com a sua vida, com a vida dos outros. Credo, corro desta gente.

    Dito isso, há uma hora certa de arriscar e fazer algo novo. Quando decidi ir a Bali, levar empreendedores brasileiros para estudar global management fora do país, do outro lado do planeta, sabia que era uma inovação – e um risco. Não foram só flores, o projeto não deu lucro algum,mas era a hora de avançar para um tipo de experiência nova. Por que? Somos uma empresa de projetos, e hoje tudo é internacional. Temos acesso ao mundo e o mundo a nós. Daqui a 5 anos, quem não for fluente em inglês, para o mercado profissional certificado, será analfabeto. O conceito de lidar com pessoas de culturas, idioma, religião e estratégias inconscientes diferentes me pareceu necessário e nos fez crescer muito, no entendimento destas relações.

    Hora de arriscar

    O empreendedorismo e a liderança de grandes empreendedores é que tem feito nossa vida na terra melhorar. É a tecnologia e a integração entre povos que nos permitiu obter comida o suficiente. Estamos super integrados. Não podemos viver sem muitas coisas que vem de longe, como matéria-prima ou bem acabado de nosso consumo e vice versa. Então, com visão de consequência, era, sim, a hora de seguir com programas internacionais. Trouxemos estudantes emirados, com patrocínio de uma empresa de Dubai, e lecionamos “business plans” para eles junto com estudantes brasileiros. Trouxemos sócios do México e profissionais para treinamento. Levamos empreendedores brasileiros a Bali, Indonésia.

    Quais perguntas você deve responder para saber se está “na hora certa”de arriscar?

    1. De que desenvolvimento preciso para estar crescendo e ter perspectivas?
    2. Quanto de investimento no amanhã e no hoje preciso equilibrar?
    3. O que posso fazer aqui e agora, sem grandes inovações, para que possa estar em conforto produtivo?

    Eduque primeiro o coração, depois o cérebro, escrevi parafraseando o Dalai Lama no meu último artigo, quando da visita do líder espiritual. Então, tome decisões baseadas no amor e na verdade. Estes dois sempre serão éticos. E se você está vivo, precisa se arriscar um pouquinho, nem que seja para ir aprender inglês tarde na vida. Tarde? Hoje. O que a gente faz aqui ecoa na eternidade. O que você melhorar hoje é bastante. Um pouquinho por dia, com visão de perspectivas melhores e oportunidades para você e para os outros. Eu não mudo de emprego há 22 anos. Mas me demito todo ano e me contrato no dia seguinte de novo. Melhorar é uma decisão interna antes de mais nada.